As especiarias contêm, geralmente, elevado número de microrganismos, podendo resultar em problemas de saúde aos consumidores e deterioração dos produtos. A avaliação microbiológica dos alimentos é importante, pois visa proteger a saúde pública. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a qualidade microbiológica do açafrão e pimenta-do-reino comercializadas em feiras livres das cidades de Barra do Garças (MT) e Aragarças (GO). As amostras foram avaliadas empregando-se a técnica do número mais provável (NMP) para a contagem de coliformes termotolerantes e plaqueamento para detecção de Salmonella sp., Staphylococcus aureus, Enterobacteriacea, bem como fungos e leveduras, segundo a recomendação da legislação. Observou-se que as amostras de açafrão não apresentaram crescimento significativo de fungos e leveduras, mas, as amostras 1 e 2 de pimenta-do-reino apresentaram crescimento. Todos os condimentos apresentaram crescimento de coliformes termotolerantes, mas apenas as amostras 1 e 2 de pimenta-do-reino confirmaram presença de E. coli acima do estabelecido, estando imprópria para uso. Observou-se também a presença de Salmonella na amostra 2 de pimenta-do-reino e na amostra 4 de açafrão. 60% das amostras de pimenta-do-reino apresentaram contagem de Staphylococcus aureus e 66,67% para o açafrão. Notou-se também contagens das bactérias da Família Enterobacteriacea em todas as amostras de pimenta-do-reino, mas no açafrão, apenas na amostra 1. A presença de microrganismos potencialmente patogênicos e deterioradores é indicativo de procedimentos higiênico-sanitários inadequados, logo, é preciso orientar os produtores rurais à adotarem as Boas Práticas Agropecuárias e as Boas Práticas de Fabricação, visando a obtenção de um produto seguro e de qualidade.
Face ao crescente consumo de pescado no país e a necessidade de disponibilizar informações sobre os níveis de contaminantes ambientais na porção muscular dos recursos pesqueiros de importância comercial, foi realizado levantamento bibliográfico em várias bases de dados, bem como, os principais documentos legais, que resultou em 319 artigos científicos, sendo apenas 64 desenvolvidos na Região Metropolitana da Baixada Santista, SP. A análise crítica das pesquisas realizadas entre 2015 e 2022 indicou que apenas 6% dos 64 artigos elencados no levantamento bibliográfico enquadraram-se na abordagem da segurança alimentar e da qualidade do alimento pescado, relacionadas à porção muscular destinada ao consumo humano, e não apontou evidencias para o risco de contaminação considerando as normas vigentes para alimentos. Revelou ainda que 48% das pesquisas abordaram os contaminantes inorgânicos (As, Hg, Cd, Pb), 16% os poluentes orgânicos (PCBs, PBDEs e pesticidas), 22% poluentes emergentes (13% para fármacos e drogas ilícitas e 9% envolvendo microplásticos), 5% estudos etnoecológicos e, 3% estudos microbiológicos. As espécies estudadas foram: corvina, pescada, sardinha, pescadinha, betara, tainha-cinzenta, maria-luiza, lírio, bagre-amarelo, mexilhões e bicuda. O arcabouço legal é amplo e vem avançando; porém, inúmeros contaminantes ambientais ainda não possuem limites legislados, sendo premente maior atenção a este fato para garantir a segurança alimentar e nutricional associada ao pescado. As evidências obtidas indicam que os benefícios à saúde humana oriundos da ingestão de pescado superam os potenciais riscos associados ao seu consumo face aos seus nutrientes, e é uma escolha acertada para promover a saúde da população.
Foram analisados 94 pareceres técnicos, referente a aprovação dos Manuais de Autocontrole, das empresas estabelecidas no Amazonas com Serviço de Inspeção Estadual – SIE implantado ou em fase de implantação, foram analisados 94 (noventa e quatro) Pareceres Técnicos no período o de março de 2022 a abril de 2023. Verificou-se que a responsabilização da confecção do Manual de autocontrole é do Responsável Legal e/ou Responsável Técnico da empresa. O levantamento dos dados foi realizado na Gerência de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas– ADAF/AM, utilizando a Portaria nº 156/2021-ADAF/AM. Tal legislação contempla os 16 elementos de controle, a serem seguidos dependendo da empresa que estiver utilizando. O resultado é preocupante, visto que 77,70% dos pareceres técnicos, foram reprovados em todo ou em partes. Observou-se a necessidade de capacitação e sensibilização dos responsáveis técnicos. Nesse sentido a fiscalização do autocontrole ficará comprometido se deixar a responsabilidade com a empresa.
Os programas de autocontrole (PACs) são essenciais na indústria de alimentos para garantir a segurança e qualidade dos produtos fabricados, cumprindo as regulamentações governamentais e protegendo a saúde dos consumidores. Esses programas abrangem todos os setores da fábrica, desde a recepção da matéria-prima até a saída do produto final, e são baseados em ferramentas de qualidade como as Boas Práticas de Fabricação (BPF), os Procedimentos Padrão de Higiene Operacional (PPHO) e o Programa de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). Os PACs exigem monitoramento contínuo para garantir a conformidade legal com a adoção de boas práticas de fabricação. A implementação desses programas de autocontrole é fundamental para a indústria de alimentos, uma vez que eles asseguram a qualidade, integridade e segurança dos produtos. Eles envolvem inspeções regulares, controle de matérias-primas, higienização, análises laboratoriais e outras atividades para evitar falhas no processo e garantir a conformidade. O sucesso do programa de autocontrole depende da colaboração de todos os colaboradores da empresa, buscando aprimorar a qualidade, reduzir erros de processo e desperdícios e produzir alimentos seguros de acordo com os requisitos de qualidade para atingir a excelência. Através deste trabalho, com o objetivo de realizar um levantamento bibliográfico sobre o assunto, concluiu-se que a gestão da qualidade é de extrema importância na indústria de produtos lácteos, mas a qualidade vai além disso, envolvendo aspectos como atingir parâmetros legais, aprimoramento de processos tecnológicos e satisfação do cliente, membros da empresa e sociedade.
Capítulo de livro publicado no livro: Ciência e tecnologia de alimentos: Pesquisas e avanços. Para acessa-lo clique aqui. DOI: https://doi.org/10.53934/9786585062060-28 Este trabalho foi escrito por: Dhafyne Nawendgy de Moura Silva *; Lívia Vitória Oliveira Moura ; Dyego da Costa Santos *Autor correspondente (Corresponding author) – Email: [email protected] Resumo: O Equus …
Resultados podem ajudar a melhorar a segurança e vida útil do produto. Antes de falar sobre o estudo, vamos responder uma dúvida, o que é irradiação gama? Segundo Luis Spencer Lima (2014); Os raios γ (gama) são um tipo de radiação electromagnética produzida em processos de decaimento nuclear. É utilizada …
Não perca a oportunidade de participar da III Semana Nacional de Microbiologia de Alimentos na Indústria! Venha apresentar seus trabalhos e conhecer os avanços na área. Mais detalhes sobre as regras e informações sobre o evento estão disponíveis no site: agronfoodacademy.com/semicro
Resumo: O objetivo deste estudo foi compilar e analisar publicações entre os anos de 2016 e 2021 que aplicaram o plasma frio no processamento de sucos de frutas. A revisão bibliográfica de literatura foi do tipo sistemática, aplicando os termos: “cold plasma” + “juice” na base de dados Periódicos CAPES: …
Resumo: Em função do crescimento da produção, comercialização de polpas de frutas congeladas, e considerando a necessidade da disponibilidade de um produto elaborado em boas condições sanitárias, baixo custo e ao alcance da população é que neste estudo foram avaliados alguns parâmetros físico-químicos tais como: pH, sólidos solúveis, índice de …
A nanoemulsão à base de óleo essencial de tomilho melhorou a atividade antibacteriana. O controle de contaminações de origem alimentar continua sendo um desafio de segurança alimentar e vários desafios ainda não foram vencidos. Embora os peixes sejam um dos alimentos de origem animal mais saudáveis e contenham valiosos ácidos …