RESUMO: O presente trabalho trata-se de um relato de experiência, vivenciado por estudantes do curso de nutrição de um centro universitário da região, através de um projeto de extensão voltado para a alimentação saudável das crianças desta localidade. Como propósito desta prática, buscou-se aprimorar os estudantes com esta experiência, servindo para a aprendizagem profissional com o público infantil. O presente relato apresenta as atividades desenvolvidas por meio da educação alimentar e nutricional de crianças em situação de vulnerabilidade social, localizado em um bairro do município de Caruaru – Pernambuco, Brasil. Como objetivo, o propósito foi o de apresentar as informações relativas à alimentação saudável para as crianças menores de seis anos, assim como os de seus familiares, além de demonstrar a importância do papel do nutricionista para esta fase da vida, tendo como propósito, a busca da qualidade de vida e da segurança alimentar, que são bases para um futuro saudável, prevenindo e minimizando danos futuros, como as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Foram analisados parâmetros relacionados aos gostos alimentares destas crianças, realizando um diagnóstico primário, através de métodos qualitativos.
Resumo: O consumo alimentar de escolares vem sendo estudado nas diversas áreas da saúde, devido às implicações que os hábitos alimentares inadequados trazem para a saúde, tornando-se essencial a realização de ações que visem modificá-los. Neste sentido, foi realizada uma pesquisa com escolares de 6 a 10 anos, de uma Escola Municipal de Ensino Fundamental I, localizada no município de Bananeiras-PB, a fim de traçar um perfil das crianças quanto ao consumo saudável e não saudável. Utilizou-se um questionário adaptado do Ministério da Saúde, contemplando questões sociodemográficas (idade, sexo, escolaridade dos pais, local de residência), de consumo alimentar e do hábito de fazer as refeições assistindo televisão. Para a ação educativa, foi desenvolvido o jogo “Pescaria nutritiva”, que abordava o impacto da alimentação na saúde e no bem-estar físico e mental. Percebeu-se a necessidade de enfatizar práticas alimentares saudáveis no ambiente escolar, com vistas a inverter o quadro de escolares propícios ao excesso de peso, obesidade e demais doenças crônicas não transmissíveis.
Iasmin Katarina Mouzinho de Lima1; Alef Ribeiro Do Santos2; João Pedro Cesário Félix 3; Geíza Alves Azeredo4. 1Técnica em Nutrição e Dietética do Colégio Agrícola Vidal de Negreiros–CAVN; E-mail: [email protected], 2Estudante do Curso de Bacharelado em Agroindústria-CCHSA–UFPB; E-mail: [email protected], 3Estudante do Curso Técnico em Nutrição e Dietética -CAVN–UFPB; E-mail: [email protected], …
A alimentação vem sendo estudada e relacionada ao processo saúde e doença e, com a expansão da indústria de alimentos, as práticas alimentares têm se tornado motivo de preocupação para os profissionais da nutrição, uma vez que essas escolhas têm sido fortemente influenciadas pela família, pela mídia, pela oferta e por todo um contexto social no qual o indivíduo está inserido. Estes fatores, isolados ou não, podem influenciar em escolhas inadequadas e acarretar doenças não transmissíveis desde o período da infância. Diante disso, o objetivo do estudo foi realizar uma revisão de literatura sobre o consumo alimentar de escolares, a fim de verificar quais são os determinantes que mais influenciam no seu consumo, discutir as consequências desse consumo no estabelecimento de relações socioafetivas e de aprendizado e registrar que estratégias estão sendo tomadas à luz da legislação e da ciência. Para isto, fez-se uma busca de artigos científicos nas bases de dados Google acadêmico e Scielo, publicados nos anos de 2011 a 2021. Nesse contexto, o consumo alimentar de escolares aponta para um cenário preocupante, visto que esses resultados podem repercutir nas demais fases da vida.
A literatura recente tem apontado para a recorrência de uma transição nutricional no Brasil atual. Mas esta transição não é homogênea nem linear, sendo permeada por disputas e conexões diversas. Assim, o objetivo deste trabalho é apresentar o contexto da transição nutricional no Brasil, destacando suas duas vertentes, uma alinhada aos sistemas agroalimentares convencionais e outra conectada aos sistemas agroalimentares sustentáveis. Nesta perspectiva, a transição nutricional pautada nos sistemas agroalimentares convencionais se ancora no cultivo de monoculturas que fornecem matérias-primas para a industrialização de produtos alimentares ultraprocessados e rações usadas na criação intensiva de animais, com base na utilização de grandes extensões de terra, uso intensivo de mecanização, água, combustíveis, fertilizantes químicos, sementes transgênicas, agrotóxicos, antibióticos, aditivos químicos e cadeias longas de comercialização e consumo. Esta abordagem acaba por promover uma má alimentação e contribui para todo um contexto de deterioração da saúde humana e ambiental. Por isso, é importante que Nutricionistas, Técnicos em Nutrição e Dietética e profissionais de áreas conexas conheçam e atuem no âmbito da transição nutricional promovida a partir dos sistemas agroalimentares sustentáveis, visto sua relevância para o fomento de uma alimentação saudável, consumo político, consciente e responsável, redução de doenças, melhorias na qualidade de vida e bem-estar da população, menores custos aos sistemas de saúde e, por fim, efetivação da saúde humana e ambiental.
Os hábitos alimentares infantis tem sido foco de grande preocupação, inclusive no ambiente escolar, por ter grande influência na saúde e qualidade de vida das crianças. A partir disso, o presente estudo teve como objetivo comparar o consumo alimentar de crianças da zona rural e urbana da cidade de Bananeiras – PB. Inicialmente, foi realizado a coleta de dados sobre consumo alimentar e hábitos alimentares com 200 escolares na faixa etária de 6 a 12 anos. Após foi elaborado uma ação educativa como forma de intervenção. Os dados encontrados sobre o consumo alimentar dos escolares evidenciaram um consumo significativo de alimentos ultraprocessados. Observou-se que escolares residentes na zona rural consomem mais refrigerante, biscoitos doces e embutidos e menos hortaliças do que os escolares que residem na zona urbana. A ação educativa realizada mostrou resultados satisfatórios, agregando conhecimentos às crianças sobre a importância de hábitos alimentares saudáveis, ressaltando a importância da educação nutricional desde os primeiros anos de vida, com o objetivo de promover saúde.
A obesidade é uma doença crônica não transmissível, multifatorial, sendo considerada um problema de saúde pública que está associada a diversos agravos a saúde. Para a busca dos artigos utilizou-se os termos Atenção “Primária em saúde” AND/ OR “Obesidade”, indexado nas bases de dados, CAPES, LILACS, MEDLINE e Google Acadêmico, entre os anos de 2008 e 2018. Critérios de Inclusão: Integralmente disponível no idioma português. Critérios de exclusão: Relatos de experiência, reflexões e editoriais de jornais sem caráter científico. Obteve-se um total de 537 artigos, destes, 14 correspondiam aos critérios deste estudo. Verificou-se deficiências nas ações desenvolvidas pela Atenção primária, dentre essas ações desenvolvidas destacam-se: diretrizes nacionais para a alimentação saudável, repasse de recursos federais para o financiamento de determinadas ações para promoção da alimentação saudável e de atividade física e a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Programa Bolsa Família, capacitação dos profissionais da Atenção Primária à Saúde, ações locais como, aconselhamento individualizado e em grupo, dentre outros. Considera-se essencial o desenvolvimento de ações continuadas, aliado a capacitações da equipe multiprofissional no âmbito da atenção primária. Assim, este estudo teve como finalidade revisar sistematicamente as ações da Atenção Primária em Saúde no enfrentamento da obesidade.
A questão nutricional ocupa hoje um lugar de destaque no contexto mundial, em que deficiências alimentares trazem muitos prejuízos provocando desequilíbrios nutricionais. A identificação do perfil de consumo alimentar, bem como a do estado nutricional, é muito importante, pois é nessa fase da vida que se formam os hábitos alimentares saudáveis, os quais contribuem para uma vida saudável até a fase adulta. Foi aplicado um protocolo de avaliação do consumo alimentar para maiores de 2 (dois) anos ou mais, com o objetivo de identificar padrões de alimentação e comportamento saudáveis ou não saudáveis. A pesquisa analisou os hábitos alimentares através dos marcadores de consumo alimentar de 26 crianças com idade entre 8 e 12 anos incompletos, de ambos os sexos, matriculados em uma Escola Municipal do Estado da Paraíba. Ao final foram entregues brindes -lápis enrolados com fitas coloridas, indicando que quanto mais colorida a alimentação, com destaque para alimentos in natura, mais saudável ela é. Foi visto que o padrão alimentar das crianças necessita de ajustes, particularmente no consumo de doces e guloseimas, macarrão instantâneo, hambúrguer ou embutidos.
A amamentação é uma prática essencial que traz benefícios para o filho e para a mãe. O conhecimento da nutriz pode favorecer o direcionamento das estratégias de apoio bem como interfere no sucesso do aleitamento. Nesse contexto, objetivou-se avaliar o conhecimento sobre aleitamento materno na perspectiva de nutrizes atendidas em Unidades Básicas de Saúde do município de Belém – PB, para identificar fatores que possam interferir na realização da prática de amamentação. Foi aplicado um questionário contendo 7 perguntas relacionadas a dúvidas frequentes sobre amamentação. Observou-se que a maioria das nutrizes concordaram que o bebê deve ser amamentado exclusivamente até o sexto mês, que possível extrair leite e oferecê-lo na mamadeira para o bebê, que a amamentação deve ser livre demanda, que não se deve oferecer água para o bebê durante amamentação exclusiva. No entanto, 53,3% das 53,3% das participantes da pesquisa responderam que pode ser oferecido outro tipo de alimento além do leite materno durante a amamentação exclusiva. A prática do aleitamento materno continua sendo um grande desafio para as nutrizes, e para melhorar o conhecimento do tema, as mães necessitam de uma rede de apoio, que inclui a família, os profissionais de saúde e as políticas públicas voltadas para o incentivo à amamentação.
Sabe-se que a alimentação é uma necessidade básica do ser humano e o ato de se alimentar pode parecer comum, mas envolve uma série de aspectos que se relaciona com a manutenção, prevenção ou recuperação do indivíduo e assim influencia diretamente na qualidade de vida e as Boas Práticas de Fabricação (BPF) representam uma importante ferramenta da qualidade para o alcance de níveis adequados de segurança dos alimentos. O presente relato, aborda as ações educacionais voltadas para as Boas Práticas de Fabricação no ambiente escolar que foram realizadas na escola comunitária Nossa Senhora do Carmo. O objetivo principal do projeto foi promover as BPF´s com o foco no controle higiênico sanitário levando a educação nutricional na modalidade EAD. Para isto contou-se com a ajuda dos recursos digitais como aplicativos de mensagens e YouTube. A estratégia da utilização de recursos digitais remotos para promover incentivos aos atores envolvidos no projeto, visando as boas práticas de fabricação de alimentos, foi de suma importância, pois este processo permitiu estabelecer novas perspectivas para os envolvidos, implicando em uma nova visão sobre as Boas Práticas de Fabricação no ambiente escolar.