A alimentação adequada é um direito social previsto na Constituição Federal que deve ser assegurado e promovido pelo Estado para garantir a segurança alimentar e nutricional, porém nota-se que na realidade, esse direito é violado, podendo ser piorado em casos de crises, como a atual situação da COVID-19, com aumento do desemprego, dificuldade no acesso e consumos de alimentos da população, principalmente nos grupos mais vulneráveis. O objetivo desse trabalho é realizar uma revisão bibliográfica sobre a segurança e insegurança alimentar e nutricional e a situação socioeconômica dos brasileiros nesse atual contexto de pandemia. Os achados relataram uma baixa no número de trabalhadores em 50% durante esse período, além do decréscimo na renda familiar em 55%. Na pesquisa da UNICEF, 21% dos participantes apresentaram insegurança alimentar moderada e 6% grave e esses percentuais são maiores em família que recebem até um salário mínimo. Conclui-se que o atual cenário possibilitou o aumento de insegurança alimentar ocasionado pelo aumento de desemprego e diminuição da renda e por isso nota-se a importância de mais estudos sobre esse tema além de intervenções governamentais para amenizar os problemas da população.
Resumo: No início do ano de 2020 a pandemia causada pelo coronavírus modificou o cotidiano da população, desde as interferências nos trabalhos, até o consumo de alimentos. Com essa modificação da rotina social, as práticas alimentares podem gerar níveis de estresse e ansiedade mais altos, acarretando a um descontrole alimentar, podendo causar o surgimento de alguns transtornos alimentares (TA’S). Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo analisar o comportamento alimentar de jovens durante a pandemia e os possíveis riscos de desenvolvimento de TA’s. A pesquisa foi feita com 110 participantes, delimitando para homens e mulheres com idade de 18 a 25 anos, no que resultou na análise de 85 voluntários. Dando ênfase a relação com a comida 44,7% relataram ter boa relação e 3,5% consideraram ruim. Além disso, quanto as alterações na pandemia 35,5% tiveram piora na relação com a comida e 34,1% não apresentou mudanças na relação. Percebeu-se que o isolamento social causa alterações na relação entre as pessoas e a alimentação e assim influenciar nos desencadeamentos de transtornos alimentares.