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POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES DO USO DA MANIÇOBA COMO FORRAGEM: REVISÃO DE LITERATURA

Capítulo de livro publicado no livro do II Congresso Brasileiro de Produção Animal e Vegetal: “Produção Animal e Vegetal: Inovações e Atualidades – Vol. 2. Para acessá-lo clique aqui.

DOI: https://doi.org/10.53934/9786585062039-20

Este trabalho foi escrito por:

Antônio Daniel Lima do Nascimento1*; Rafael Mateus Alves 2; Rossana Herculano Clementino3

1Graduando em zootecnia, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada-PE, UFRPE/UAST

Email: [email protected]

2Doutorando em Fitotecnia pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo (ESALQ/USP)

3Zootecnista e Docente do curso de zootecnia, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada-PE, UFRPE/UAST

Resumo: O desenvolvimento de estratégias alimentares a partir da utilização de espécies vegetais adaptadas às condições edafoclimáticas do semiárido é uma forma de amenizar o impacto da escassez de alimentos durante o longo período de seca. Só assim, seria possível a manutenção e expansão da atividade pecuária nesta região. Pensando-se principalmente no cenário ao qual a região semiárida e o produtor rural estão inseridos, de muitas incertezas, devido ao regime de chuvas irregulares e mal distribuídas ao longo do ano, objetivou-se com esta revisão de literatura reunir informações sobre as potencialidades e limitações do uso da maniçoba na alimentação animal. Concluiu-se que a maniçoba é uma espécie nativa de grande potencial para utilização de forma estratégica na alimentação animal, especialmente na forma de feno ou silagem, nos períodos de baixa oferta e qualidade de forragem. Esta, possui composição bromatológica suficiente para suprir as exigências nutricionais dos animais, adaptação às condições edafoclimáticas das regiões áridas e semiáridas, baixos teores de substâncias nocivas, quando submetida a tratamento correto, além de possibilitar a redução significativa dos custos de produção. Porém, apresenta a limitação quando é ofertada e consumida in natura, devido a presença do ácido cianídrico que, a depender da quantidade ingerida, pode provocar intoxicação e morte.

Palavras-chave: Alimento alternativo; Caatinga; Espécie nativa; Produção animal; Semiárido.

Abstract: The development of food strategies based on the use of plant species adapted to the edaphoclimatic conditions of the semiarid region is a way of mitigating the impact of food shortages during the long period of drought. Only in this way would it be possible to maintain and expand livestock activity in this region. Thinking mainly about the scenario in which the semi-arid region and the rural producer are inserted, with many uncertainties, due to the irregular and poorly distributed rainfall regime throughout the year, the objective of this literature review was to gather information about the potential and limitations of the use of maniçoba in animal feed. It was concluded that maniçoba is a native species with great potential for strategic use in animal feed, especially in the form of hay or silage, in periods of low forage supply and quality. This has sufficient chemical composition to meet the nutritional requirements of animals, adaptation to the soil and climate conditions of arid and semi-arid regions, low levels of harmful substances, when subjected to correct treatment, in addition to allowing a significant reduction in production costs. However, it presents a limitation when it is offered and consumed in natura, due to the presence of hydrocyanic acid which, depending on the amount ingested, can cause intoxication and death.

Key Words: Alternative food; Caatinga; Native species; Animal production; semiarid.

INTRODUÇÃO

No semiárido do Nordeste brasileiro, a atividade pecuária representa 31% do produto interno bruto do agronegócio do país e compreende uma alternativa de mitigação à vulnerabilidade socioeconômica da região, sendo mais estável ao longo do ano do que a agricultura (1,2,3). Entretanto, as características climáticas desta região como longos períodos de estiagem, chuvas irregulares e mal distribuídas (4) aliadas a fatores edáficos, incluindo a baixa concentração de nutrientes do solo, dificultam uma boa produção de forragem destinada à alimentação animal, além de contribuir para a produção de forragem com baixo valor nutritivo (5).

A Caatinga, vegetação assim chamada desde o período colonial, abrange uma área que se estende por nove estados e se caracteriza por apresentar espécies caducifólias, xerófilas, com variações acentuadas na fisionomia e composição florística (6). Tais características inerentes às espécies vegetais da Caatinga as permitem, ao final do curto período chuvoso, como parte do mecanismo de preservação, perder as folhas, de modo que a disponibilidade de forragem se aproxime de zero. Portanto, faz-se necessário encontrar fontes alternativas de alimento para a criação de animais, assim como fazer planejamento direcionado à redução das dificuldades advindas dos longos períodos de estiagem.

Produtores rurais do semiárido utilizam a pastagem nativa como única fonte de alimentação dos rebanhos (7), pois é uma forma de reduzir custos no sistema de produção, tendo em vista que a alimentação dos animais é um dos fatores mais onerosos e que dificultam a otimização do desempenho zootécnico e obtenção de produtos de qualidade. Neste sentido, a produção de alimentos de qualidade e em quantidade suficiente durante todo o ano constitui-se como um fator limitante da produção pecuária (8). Por isso, nessa região, é necessário traçar estratégias para equilibrar a oferta e demanda de forragem, que pode ser pelo uso de forrageiras nativas na forma conservada ou pelo cultivo de forrageiras adaptadas às condições edafoclimáticas do semiárido (9).

A utilização de forrageiras nativas na forma de fenos, produzidos durante o curto período de maior disponibilidade de forragem, apresenta-se como uma alternativa capaz de amenizar a estacionalidade da produção ovina (8). Porém, os processos de conservação de forragem como fenação e ensilagem estão sujeitos a perdas mecânicas, por respiração celular e lixiviação, devido à ocorrência de sereno e de chuvas (10). Desta forma, alimentos conservados na forma de fenos ou silagens, em seus processos de conservação, podem ter sua composição química alterada e, a depender da intensidade destas modificações, podem acarretar na diminuição da qualidade e do valor nutritivo da forragem produzida (11).

Dentre as centenas de espécies de plantas da Caatinga, algumas apresentam características forrageiras que viabilizam o seu uso na alimentação animal, a exemplo das do gênero Manihot. Algumas espécies deste grupo possuem alta resistência à seca, tolerância a solos pobres e ácidos (9), elevado teor de proteína e maior teor de carboidratos não fibrosos quando comparadas às gramíneas tropicais (12,13,14). Assim, a maniçoba, planta nativa da Caatinga (9) e que é encontrada em quase todo o semiárido brasileiro (15), torna-se uma espécie importante para a manutenção da atividade pecuária nesta região, pois apresenta grande resistência à seca (15), além de adequada composição bromatológica (16).

Apesar das características positivas citadas, é comum o receio dos agricultores pelo uso desta planta na alimentação animal, pois, quando consumida in natura, pode provocar intoxicação (16). Isso ocorre devido a maniçoba, assim como as demais plantas de gênero Manihot, apresentar em sua composição quantidades variáveis de determinadas substâncias que ao se hidrolisarem e mediante a ação de uma enzima, a linamarase, dão origem ao ácido cianídrico (HCN) (15). Porém, quando fenada ou ensilada, perde sua toxicidade e não apresenta riscos aos animais que a consomem. Com isto, objetivou-se reunir informações sobre as potencialidades e limitações do uso da maniçoba na alimentação animal.

ASPECTOS QUE VIABILIZAM O USO DA MANIÇOBA COMO FORRAGEIRA

As plantas euforbiáceas do gênero Manihot, como a maniçoba, têm demonstrado elevado potencial forrageiro para alimentar rebanhos caprinos, ovinos e bovinos da região semiárida, principalmente quando conservada na forma de feno ou silagem. De acordo com Silva e Medeiros (17), as características nutritivas da maniçoba têm permitido seu emprego, geralmente na forma de feno, no arraçoamento de caprinos e ovinos durante o período de estiagem. Somado a isso, a existência de atributos como sistema de raízes tubulares (reservas nutritivas) (16), tolerância a solos pobres e ácidos (9) e capacidade de desenvolver-se na maioria dos solos possibilitam o seu uso como forrageira não só no período de escassez, mas durante todo o ano. 

Graças a boa adaptabilidade, tolerância e composição bromatológica, a maniçoba torna-se um recurso de suma importância para a produção de baixo custo, especialmente para agricultores familiares, os quais, geralmente, possuem pouco capital para iniciar e manter a atividade pecuária. Pode ser empregada na alimentação dos animais, não apenas nos períodos de menor oferta de alimento, desde que utilizada de forma estratégica e racional. Acredita-se que essa forma de produzir alimento pode proporcionar maior fixação do homem no campo, contribuindo para a redução do êxodo rural, o que representa um grande impacto do ponto de vista sociocultural (18), socioeconômico e socioambiental.

De acordo com Cruz et al. (19), a maniçoba apresenta teor de proteína acima de 16% do total de matéria seca, baixas concentrações de FDN e NIDA, baixos valores de lignina quando comparada às demais espécies nativas e baixa concentração de taninos condensados, indicando alto potencial de utilização para o atendimento das exigências nutricionais de pequenos ruminantes. Esta afirmação corrobora com os resultados obtidos por Araújo (20), constatando que a maniçoba, além de boa palatabilidade, possui razoável teor de proteína e boa digestibilidade. Sendo assim, a composição desta espécie a torna uma forrageira considerada de qualidade superior, quando comparada a outras espécies vegetais tropicais (21). Na tabela abaixo, encontra-se a composição química da maniçoba fresca e conservada na forma de silagem e feno, respectivamente, de modo que é possível visualizar a concentração, em percentual, dos principais nutrientes.

Quanto à utilização das técnicas de conservação de forragem, o feno de maniçoba tem mostrado resultados atrativos para a otimização do desempenho de animais que o consomem. Em estudo sobre o valor nutritivo do mesmo, observou-se um consumo diário de MS em torno de 97,6 g/kg PV0,75 em ovinos alimentados exclusivamente com este volumoso (22). Para reforçar, Soares (21) afirma que novilhos alimentados unicamente com feno de capim Buffel mantiveram o peso, no entanto, quando suplementados com feno de maniçoba apresentaram ganhos de peso superiores a 700 g/cabeça/dia. Os estudos de Salviano e Nunes (23) corroboram com os achados por Soares (21).

Além das características de composição bromatológica que possibilitam o uso quase integral da maniçoba na alimentação de ruminantes sem comprometer o desempenho dos mesmos, esta forrageira nativa também se mostra viável economicamente. Souza Neto et al. (24) notaram que a substituição parcial do concentrado por feno de forrageiras nativas pode possibilitar a redução dos custos de produção, uma vez que tem-se uma menor inclusão de grãos na dieta. Para reforçar, a análise econômica feita por Castro et al. (8) mostrou que, para cada R$ 1,00 do custo total da dieta com 80% de feno de maniçoba, houve retorno de R$ 1,84 apesar do menor ganho de peso diário obtido com esta dieta, destacando-se como melhor opção de lucro.

Como evidenciado na tabela 2, todas as dietas apresentaram valores positivos para margem bruta, de modo que é revelada a existência de uma relação diretamente proporcional entre o nível de inclusão de feno na dieta e lucro. À medida que aumentou a inclusão de feno na alimentação, houve acréscimo do retorno financeiro (margem bruta), como reflexo do menor custo do feno em comparação ao do concentrado (8). Deste modo, todos os níveis de inclusão apresentaram-se viáveis economicamente, porém, a utilização de 80% de feno de maniçoba na dieta resultou em melhor relação custo/benefício e portanto, torna-se a opção mais vantajosa e atrativa para os produtores rurais.

A seguir, a tabela mostra a viabilidade econômica da inclusão do feno de maniçoba na dieta de cordeiros Santa Inês na fase de engorda. 

FATORES ANTINUTRICIONAIS INERENTES À MANIÇOBA

É comum, na maioria das espécies vegetais, a presença de fatores antinutricionais, substâncias que muitas vezes impossibilitam o consumo da forragem in natura não só devido ao sabor, mas também em função do princípio tóxico e desta forma. Constitui-se como sendo um importante mecanismo de defesa desenvolvido pelas plantas a fim de garantir o sucesso reprodutivo e perpetuação da espécie. De acordo com Júnior et al. (25), a defesa química é uma das formas de proteção das plantas contra a herbivoria a partir da elaboração e acúmulo de substâncias que, quando ingeridas, inibem o consumo. Dentre estas, podem-se mencionar os compostos polifenólicos, cianogênicos e inibidores enzimáticos.

A maniçoba, espécie da família Euforbiaceae(20), é considerada uma forrageira cianogênica, pois, quando ocorre o rompimento dos tecidos vegetais, há formação de ácido cianídrico (HCN) devido à hidrólise dos glicosídeos cianogênicos, compostos secundários presentes nos vacúolos celulares (25). A concentração destes é variável nas diferentes espécies de plantas. E, em uma mesma espécie, varia de acordo com o clima e outras condições que interferem no crescimento da mesma, como adubação nitrogenada, deficiência de água e idade da planta. De modo que, quanto mais nova e de rápido crescimento, maior o conteúdo de glicosídeos cianogênicos em função da intensa atividade celular (26).      

 A planta verde, em início de brotação, apresenta um teor médio de 1000 mg de HCN/kg de MS (27), apontando alta probabilidade de intoxicação e morte. Os estudos de Canella et al. (28) indicam que, realmente, a brotação da maniçobaseja responsável pelas mortandades que ocorrem na região de Campo Maior após as primeiras chuvas e ressaltam que a fome é a principal condição para que os bovinos consumam plantas tóxicas. Tal afirmação corrobora com o que foi exposto por Chew (29), o qual cita que a intoxicação por Manihot, em bovinos, ocorre mais comumente no início da estação chuvosa. Como a planta brota rapidamente, torna-se uma das poucas fontes de alimento no momento, ou, quando bovinos famintos invadem plantações em busca de alimento.

Apesar dos estudos com intoxicação experimental para determinar níveis tóxicos de ingestão da maniçoba, os resultados obtidos diferem entre si. Segundo Araújo et al. (30), citados por Souza et al. (16), a quantidade de planta ingerida que resulte em consumo acima de 2,4 mg de HCN/kg de peso corporal pode provocar intoxicação e até a morte do animal. Já Canella et al. (28) conseguiram reproduzir intoxicação em bovinos com doses a partir de 2,5g/kg/peso vivo. A afirmação de Tokarnia et al. (31) aproxima-se da dos pesquisadores Araújo et al. (30), citados por Souza et al. (16), em que dizem que a dose tóxica de HCN varia de 2 a 4 mg de HCN por kg/peso vivo por hora.

 O teor de ácido cianídrico (HCN) presente na maniçoba e em outras espécies do gênero Manihot pode ser atenuado a níveis que não provocam intoxicação nos animais que consomem a planta, desde que submetida a tratamento correto. Neste sentido, quando a planta é triturada mecanicamente e submetida à desidratação natural pela ação dos raios solares e vento. Ou, segundo Matos et al. (32), quando se utiliza o processo de ensilagem, reduz-se consideravelmente os teores de HCN. Nestas condições, a concentração deste composto é facilmente reduzida (33) e, desta forma, este recurso forrageiro pode ter sua utilização potencializada a partir da viabilização dos processos de fenação e ensilagem (16), tornando-se os meios mais recomendados para a utilização da maniçoba como forragem.

Nas tabelas 3 e 4, encontram-se ilustradas a toxidade das folhas de maniçoba após serem trituradas e conservadas dentro e fora de sacos plásticos, respectivamente. Para as amostras conservadas dentro e fora de sacos plásticos, os testes para a determinação das suas toxidades foram feitos em intervalos de tempo maiores, a fim de verificar a influência do maior tempo de exposição a ação dos ventos e raios solares sobre a redução da intensidade de toxidade do ácido cianídrico (HCN) presente nas folhas de maniçoba.

Os resultados expressos nas tabelas 3 e 4 revelam que a maniçoba, mesmo triturada, permanece tóxica por até 72 horas após a colheita, independentemente de ser conservada dentro ou fora de saco plástico, de modo que apresentam nível de toxidade semelhantes (34). Este fato revela a limitação em ofertar a forrageira imediatamente após a colheita, independentemente do tipo de processamento ao qual foi submetida. Desta forma, é sugerível que, após triturada, seja guardada fora de sacos plásticos, e somente 96 horas deste procedimento seja administrada aos animais (34). Isso porque os processos de trituração e desidratação ao ar livre em tempo hábil mostram-se bastante eficientes na maior redução da concentração de HCN e, consequentemente, menor risco de intoxicação aos animais.

Outro fator antinutricional encontrado na maniçoba são os taninos, compostos que podem provocar efeitos positivos ou negativos ao desempenho dos animais a depender do nível. Segundo Nozella (35), os taninos podem afetar o aproveitamento dos nutrientes pelo animal quando em alta concentração, com efeito direto sobre a inibição da fermentação no rúmen pela formação de complexos com as proteínas e fibras, tornando-as resistentes à digestão e, ainda, indiretamente, ligando-se às enzimas digestivas e inibindo sua ação catalítica. Entretanto, quando em pequena concentração, promoveram o aumento da produção de proteína in vitro em relação a tratamentos com ausência ou alta concentração de taninos (36).

Vale ressaltar que os estudos para a determinação da concentração de taninos presentes na maniçoba revelaram baixas, nulas e moderadas quantidades deste composto nesta espécie. Sendo assim, o seu consumo provavelmente não acarretaria problemas de ordem nutricional para ruminantes (19). Isso se deve ao fato dos micro-organismos presentes no rúmen serem capazes de degradar diversos fatores antinutricionais em compostos mais simples e não tóxicos, tornando os ruminantes mais tolerantes aos taninos (37). No entanto, em animais não ruminantes os seus efeitos são mais proeminentes e teores na dieta acima de 1% podem afetar o consumo e a digestibilidade da proteína e aminoácidos essenciais (38).

FORMAS DE CONSERVAÇÃO DA MANIÇOBA PARA UTILIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL

O semiárido brasileiro possui características edafoclimáticas consideradas desfavoráveis ao desenvolvimento de atividades agropecuárias. Seu índice pluviométrico, segundo o INSA (39), varia de 200 a 800 mm anuais, além de contar com períodos secos prolongados e chuvas ocasionais concentradas em poucos meses do ano (40). Isso limita a produção e disponibilidade de alimentos em quantidade e qualidade suficiente para nutrir os rebanhos. Por outro lado, 90% das espécies vegetais da Caatinga servem como fonte de forragem para pequenos ruminantes, principalmente na época seca (41), no entanto, os animais possuem baixos índices zootécnicos devido à forte dependência da vegetação nativa como fonte básica de alimento (42).

Apesar de ser uma importante fonte de alimento de baixo custo, as espécies vegetais da Caatinga não conseguem suprir a demanda alimentar dos animais durante todo o ano. Os valores de proteína bruta e digestível decrescem ao passo que os teores de lignina e fibras aumentam à medida que a estação seca progride, mostrando, assim, que a Caatinga, de fato, é insuficiente para fornecer os requisitos energéticos e proteicos aos animais durante todo ano (43). De acordo com Guimarães-filho e Soares (44), bovinos sob sistema tradicional de Caatinga possuem índice de parição em torno de 40%, taxas de mortalidade de bezerros acima de 15% e peso vivo médio ao abate de 340 kg, aos 4-5 anos de idade.

Os fatos citados reforçam a necessidade de se desenvolver estratégias para contornar o desabastecimento de alimentos e baixo desempenho dos animais, especialmente na estação seca. Esta se estende, segundo Araújo et al. (20), por 6 a 8 meses. Portanto, a utilização de pastagens nativas e adaptadas ao clima semiárido, além da conservação das mesmas, seja na forma de feno ou silagem, no período das chuvas, mostra-se como uma opção (40) para a redução das dificuldades advindas da sazonalidade. Desta forma, a maniçoba tem sido apontada como uma das principais leguminosas estudadas e utilizadas na alimentação animal no semiárido (45).

O feno de maniçoba apresenta-se como uma alternativa viável na alimentação de ovinos na fase de engorda, podendo compor até 80% da dieta destes animais garantindo-lhes desempenho satisfatório (8). Todavia, Silva et al. (46) verificaram que houve redução da digestibilidade da dieta e do consumo de NDT (nutrientes digestíveis totais) ao passo que aumentaram os níveis de inclusão de feno na alimentação de cordeiros. Isto pode ser explicado pelos teores elevados de FDN, os quais foram encontrados por Souza et al. (16) na maniçoba conservada na forma de feno em fase de plena frutificação. O envelhecimento da planta promove aumento no conteúdo de FDN e FDA que, aliados à lignificação, reduzem a qualidade do volumoso (47).

De acordo com a análise dos dados de Castro et al. (8), verifica-se que os piores índices de conversão (CA), eficiência alimentar (EA) e, consequentemente, ganho de peso diário (GPD), foram obtidos a partir de dietas compostas por maiores proporções de feno de maniçoba (60% e 80%). Corroborando, desta forma, com a afirmação de Peixoto (48) e Silveira e Domingues (49), de que a eficiência alimentar tende a melhorar com o aumento do nível de concentrado da dieta, pois o teor de carboidratos não estruturais presentes neste alimento é maior que em volumosos. Estes, por sua vez, possuem maior quantidade de carboidratos estruturais, os quais são menos digestíveis (46). Mas, apesar disto, Castro et al. (8) afirmam que o menor ganho de peso diário (GPD), 208 g, obtido com a dieta composta por 80% de feno de maniçoba foi suficiente para garantir bom desempenho aos animais.

Além de utilizada na alimentação de ruminantes, a maniçoba fenada também tem sido incluída em dietas de não ruminantes com o propósito de reduzir custos com alimentação, tendo em vista que 70% das despesas totais do sistema de criação provém da ração (45). No entanto, a porcentagem de substituição da dieta basal por feno de maniçoba para não ruminantes não tem sido possível em níveis superiores a 15%, pois a fibra bruta é um componente limitante na digestão dos alimentos (50) e o aumento do seu teor diminui a digestibilidade dos nutrientes. Isso eleva a taxa de passagem e provoca perdas endógenas de nutrientes e diluição da dieta, atuando como barreira que impede a penetração das enzimas na digestão (51), além de reduzir a concentração de energia das rações (52).

No experimento de Costa et al. (45), foi revelado que, em qualquer situação, houve redução da MBR (margem bruta relativa) quando se utilizou 15% de substituição da ração por feno de maniçoba. O aumento do percentual deste na dieta diminui a densidade energética da ração, resultando em maior ingestão de alimento pelos animais, pois as aves ajustam o consumo a fim de satisfazer suas necessidades energéticas, porém a inclusão de até 10% de feno na alimentação de frangos caipiras torna-se uma alternativa viável, principalmente quando os preços dos insumos para a formulação das rações estiverem elevados ou o preço de mercado do frango caipira estiver baixo, visto que nesta condição a margem bruta relativa das rações é igual ou superior ao controle.

Outra estratégia de conservação da maniçoba bastante usada e que se mostra favorável principalmente para as regiões áridas e semiáridas é a ensilagem. Esta técnica, além de manter a composição bromatológica da forragem, possibilita preservar a água nela contida (53). Portanto, torna-se uma alternativa fundamental para contornar os efeitos da escassez durante o longo período de estiagem e, assim, suprir a demanda de água dos animais. De acordo com Souza et al. (16), animais alimentados com silagem de maniçoba apresentaram menor consumo voluntário de água em virtude do maior teor de umidade contido neste alimento, visto que, quando consomem alimentos suculentos, a ingestão de água pelos animais pode ser muito reduzida ou nula.

Nos estudos de Matos et al. (32), a silagem de maniçoba teve uma série de fatores positivos como teor de carboidratos solúveis dentro da faixa, baixa variação nos níveis de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA), quando comparada à maniçoba in natura. Coeficientes de digestibilidade acima de 60 p.100 para as frações estudadas, originando NDT (nutrientes digestíveis totais) de 70,49 p.100, valor considerado bastante significativo. Além disso, houve diminuição significativa do teor de ácido cianídrico (HCN), visto que Soares (54) afirma que a concentração de HCN diminui para menos de 100 mg/kg na matéria seca com o processo de ensilagem.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A maniçoba, apesar de não poder ser consumida em grande quantidade in naturae em início de brotação, devido aos elevados teores de ácido cianídrico (HCN), é uma espécie nativa de grande potencial para utilização de forma estratégica na alimentação animal, especialmente na forma de feno ou silagem, nos períodos de baixa oferta e qualidade de forragem. Possui composição bromatológica suficiente para suprir as exigências nutricionais dos animais, adaptação às condições edafoclimáticas das regiões áridas e semiáridas, baixos teores de substâncias nocivas, quando submetida a tratamento correto, além de possibilitar a redução significativa dos custos de produção, oriundos em grande maioria da ração.

Quanto ao método de conservação da maniçoba, a ensilagem mostra-se como a técnica mais favorável de ser utilizada no período de estiagem, uma vez que, maior parte da exigência de água dos animais será suprida pelo alimento, em virtude do maior teor de umidade da forragem.

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