Back

MATRIZES VEGETAIS: UMA ALTERNATIVA PARA CARREAR MICRORGANISMOS PROBIÓTICOS

Capítulo de livro publicado no livro da III Semana Nacional da Microbiologia de Alimentos na Indústria. Para acessa-lo  clique aqui.

DOI: https://doi.org/10.53934/IIISEMICRO-10

Este trabalho foi escrito por:

Nataly de Almeida Costa *; Maria José do Amaral e Paiva ; Daniele de Almeida Paula ; Jean Victor dos Santos Emiliano ; Vanessa Caroline de Oliveira ; Nicole Marina Almeida Maia ; Érica Nascif Rufino Vieira

*Autor correspondente (Corresponding author) – Email: [email protected]

Resumo: Os alimentos probióticos disponíveis no mercado são em sua maioria de base láctea. Entretanto, devido ao público com intolerância a lactose, alergia a proteína do leite ou adeptas do vegetarianismo, novas matrizes estão sendo investigadas para carrear microrganismos probióticos. Particularmente, as matrizes à base de vegetais são substratos elegíveis para hospedar e distribuir populações microbianas devido à sua riqueza em nutrientes, fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos bioativos dietéticos.A viabilidade de microrganismos probióticos é influenciado pelo alimento transportador e seus componentes funcionais que, enquanto tamponam o probiótico através do trato gastrointestinal, contribuem para uma implantação eficiente de células bacterianas e regulam as características probióticas. Os dados disponíveis indicam que as propriedades intrínsecas de promoção da saúde de diversas matrizes vegetais podem ser exploradas e melhoradas com sucesso, desenvolvendo uma associação efetiva com probióticos, cuja atividade benéfica pode, por sua vez, ser melhorada e modulada por componentes do carreador vegetal. Com isso, a presente revisão evidencia o importante papel que a matriz vegetal representa para carrear microrganismo probióticos possibilitando o desenvolvimento de diferentes produtos vegetais funcionais.

Palavras–chave: alimento funcional; composição; frutas; saudabilidade

Abstract: The probiotic foods available on the market are mostly dairy-based. However, due to the public with lactose intolerance, allergies to milk protein or vegetarianism supporters, new matrices are being investigated to carry probiotic microorganisms. Particularly, vegetable-based matrices are eligible substrates to host and distribute microbials due to their richness in nutrients, fibers, vitamins, minerals and dietary bioactive phytochemicals. The viability of probiotic microorganisms is influenced by the food transporter and its surviving components which, while buffering the probiotic through the gastrointestinal tract, create for efficient implantation of bacterial cells and regulate probiotic traits. Available data show that the intrinsic health-promoting properties of various plant matrices can be successfully explored and improved by developing an effective association with probiotics, whose rewarded activity can, in turn, be enhanced and modulated by plant carrier components. Thus, the present review highlights the important role that the plant matrix plays in carrying probiotic microorganisms, allowing the development of different healthy plant products.

Keywords: functional food; composition; fruits; healthiness

INTRODUÇÃO

A preferência por produtos mais saudáveis e práticos ocasionou uma crescente demanda dos consumidores por alimentos capazes de proporcionar benefícios à saúde, prontos para o consumo e com características sensoriais agradáveis. Essa demanda impulsionou o desenvolvimento de novos produtos com apelo funcional que podem contribuir com a saúde e com o bem-estar do consumidor.

Os alimentos funcionais, além de proporcionarem a nutrição básica, possuem componentes bioativos, como por exemplo, a fibra alimentar e compostos com capacidade antioxidante. Um dos grandes segmentos destes alimentos funcionais compreende aqueles que contêm probióticos, prebióticos e simbióticos. Os probióticos são microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro (1). Esses microrganismos são empregados devido ao seu papel contra a invasão de patógenos intestinais, manutenção do equilíbrio e composição da microbiota intestinal. Já os prebióticos são ingredientes alimentares, não digeríveis, que afetam beneficamente o hospedeiro ao estimular o crescimento e/ou atividade de bactérias no cólon (2). A associação de prebióticos e probióticos origina o produto simbiótico.

As características que a matriz alimentar na qual os microrganismos probióticos serão adicionados, assim como, as etapas de processamento e as condições de armazenamento afetam a sua suscetibilidade a condições gastrointestinal como acidez, presença de bile e enzimas, bem como a sua funcionalidade no corpo (3).

Os alimentos probióticos mais encontrados são os de base láctea que carreiam com

sucesso estirpes específicas de bactérias probióticas em iogurtes, queijos, sobremesas e sorvetes (4,5). O mercado de sobremesas prontas para o consumo tem apresentado um crescimento significativo nos últimos anos, principalmente de sobremesas que apresentam formulações contendo bactérias benéficas à saúde. Além disso, na última década, houve um aumento na demanda por produtos não lácteos devido ao crescente número de veganos, intolerantes à lactose e alérgicos à caseína (6).

No entanto, devido ao crescente vegetarianismo, intolerância à lactose e alergia a proteínas do leite, novas matrizes de alimentos têm sido estudadas para a adição de microrganismos probióticos, e dentre elas, as matrizes vegetais apresentam características favoráveis ao seu desenvolvimento. Os vegetais como as frutas, tubérculos e suas combinações, oferecem amplas possibilidades para o desenvolvimento de alimentos funcionais, pois apresentam nutrientes que são facilmente assimilados por bactérias probióticas.

Dentre as diferentes opções, a matriz vegetal tem apresentado resultados satisfatórios para veicular microrganismos probióticos (7, 8, 9). Os produtos de origem vegetal apresentam características favoráveis ​​ao desenvolvimento de produtos probióticos, podendo, portanto, ser considerados como uma nova possibilidade de aplicação dessas bactérias (10). Algumas características dos vegetais como à presença de minerais, vitaminas, fibras alimentares e antioxidantes em sua composição torna-os alternativas promissoras para adição desses microrganismos (11).

Dessa forma, a presente revisão bibliográfica teve como objetivo evidenciar a importância dos alimentos funcionais, as principais características da matriz vegetal para veicular esses microrganismos probióticos, os principais desafios encontrados e as alternativas necessárias para manter a estabilidade e sobrevivência dos probióticos.

ALIMENTOS FUNCIONAIS

O termo alimento funcional foi introduzido em 1980 no Japão, sendo o primeiro país a declarar um processo específico de aprovação regulatória para alimentos funcionais, conhecido como “Foods for Specified Health Use” (FOSHU) (12). Uma das definições mais aceitas por sua completude descreve o alimento funcional como sendo aquele capaz de produzir efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e benéficos à saúde, além da nutrição básica devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica e fazer parte de uma dieta regular (13).

Um alimento funcional consiste em compostos biologicamente e fisiologicamente ativos, que fornecem benefícios à saúde além das capacidades nutricionais básicas (14). Esses alimentos fazem parte da dieta e são reconhecidos por fornecerem benefícios à saúde do consumidor diminuindo os riscos de doenças. Destacam-se por contribuir com a reestruturação e com a manutenção da microbiota intestinal auxiliando no funcionamento e desenvolvimento de uma fisiologia corporal adequada (15). A crescente procura por produtos funcionais iniciou-se devido ao aumento da sua ingestão em todo o mundo devido a conscientização dos consumidores em relação à dieta e saúde. Esses alimentos vão além da nutrição básica, pois oferecem benefícios ao organismo e podem reduzir o risco de certas doenças (16, 17).

O alimento funcional pode ser composto por um macronutriente detentor de efeitos fisiológicos específicos, um micronutriente essencial, consumido acima da sua recomendação diária, ou um componente que, apesar de algum valor nutritivo, não é essencial (por exemplo, alguns oligossacarídeos), ou até mesmo de nenhum valor nutritivo (por exemplo, microrganismos vivos) (18).

Desta forma, a conscientização por parte dos consumidores de que os produtos alimentícios contribuem diretamente com a saúde, impulsionou o desenvolvimento da indústria de alimentos. Assim, o mercado vem apresentando uma gama crescente de alimentos que, além de satisfazer o consumidor e fornecer os nutrientes necessários para o organismo, possuem a capacidade de reduzir o risco do desenvolvimento de doenças e melhorar o bem-estar físico e mental. Diante dessas novas demandas, inovar e reformular os produtos com o objetivo de melhorar a sua funcionalidade fisiológica torna-se uma prioridade.

PROBIÓTICOS EM MATRIZES VEGETAIS

De acordo com a Food and Agriculture Organization of the United Nations e World Health Organization (19), os probióticos são microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro. Dentre as várias funções dos alimentos com adição de probióticos, destacam-se a capacidade de prevenir infecções intestinais, diminuir o nível de colesterol, melhorar o sistema imunológico, auxiliar no metabolismo da lactose, contribuir com a absorção de cálcio e vitaminas, e neutralizar os efeitos de microrganismos patogênicos (20).

Os probióticos têm sido utilizados pela indústria há décadas (1) e dentre os microrganismos probióticos adicionados aos alimentos, os mais comuns comercialmente disponíveis, pertencem aos gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium. Para adição em alimentos, no grupo de bactérias láticas encontra-se várias cepas potencialmente probióticas e estirpes comprovadamente benéficas dentre elas Lactobacillus acidophilus LA-14, Lactobacillus casei Lc-11 e Bifidobacterium lactis BL-04 (10).

Os microrganismos para serem incorporados aos alimentos e proporcionar benefícios ao organismo, devem manter sua viabilidade durante a passagem pelo trato gastrintestinal humano e alcançar o cólon (21). A sobrevivência desses microrganismos pode ser afetada pela exposição a condições tecnológicas como temperatura elevadas durante o tratamento térmico, condições de armazenamento, condições do trato gastrointestinal como baixo pH do estômago, secreções biliares e suco pancreático excretados na região duodenal (22), além da baixa tolerância a características intrínsecas dos alimentos, como acidez, concentração de sólidos e concentração de oxigênio (23).

Portanto, os gêneros de bactérias láticas utilizados para adição em vegetais como Lactobacillus spp., Leuconostoc spp. e Bifidobacterium spp., Streptococus e Enterococcus, para promover benefícios à saúde humana devem conter no produto final o mínimo de células probióticas entre 106 e 107 UFC/mL ou g de produto, porém em quantidades menores os microrganismos probióticos podem conferir benefícios à saúde do hospedeiro, desde que comprovado cientificamente (19). Sendo assim, é necessário que as culturas probióticas sobrevivam ao trato gastrointestinal chegando até o cólon, onde irão colonizar o epitélio intestinal (24, 25).

Devido à busca dos consumidores por uma alimentação equilibrada nota-se um aumento na procura por alimentos com a capacidade de proporcionar benefícios metabólicos, fisiológicos e de saúde. Tradicionalmente, os alimentos probióticos comercializados são lácteos. Porém, outras matrizes vêm sendo avaliadas como alternativa para veicular microrganismos probióticos e, assim, atender aos consumidores intolerantes à lactose, alérgicos as proteínas do leite ou com hábitos alimentares como o veganismo (26, 27). Assim, o desenvolvimento de produtos não lácteos com adição de microrganismos probióticos está se expandindo e, dentre os estudos realizados, a matriz vegetal demonstrou resultados satisfatórios.

Segundo Martins et al. (10), os produtos de origem vegetal apresentam características favoráveis para o desenvolvimento de microrganismos probióticos e, assim, podem ser considerados como uma nova possibilidade para o emprego dessas bactérias. Eles são uma alternativa promissora devido à presença de fibras, minerais e compostos bioativos como as vitaminas, antioxidantes, carotenoides, flavonoides e outros componentes, as frutas e hortaliças promovem benefícios à saúde humana, prevenindo várias doenças, como diabetes, cardiopatias, demência, declínio cognitivo, obesidade, acidente vascular cerebral e alguns tipos de câncer (28).

Além disso, a estrutura do tecido vegetal favorece a alocação e sobrevivência dos microrganismos probióticos devido ao entrelaçamento das células, espaços intercelulares, poros e capilares. Essas características do tecido vegetal o tornam local apropriado para a adesão de células dos microrganismos pois representam uma proteção contra fatores externos como temperatura, acidez, motilidade intestinal e agitação (10). As microestruturas facilitam a sobrevivência dos microrganismos probióticos pois, eles conseguem aderir à epiderme por pequenos agregados de material amorfo ou simplesmente formar aglomerados na superfície cujo revestimento por ceras epicuticulares facilitam a alocação e adesão destes microrganismos (29).

Entretanto, a viabilidade e estabilidade das culturas probióticas quando adicionadas a matrizes vegetais depende de algumas características da matriz como pH, presença de compostos antimicrobianos e composição nutricional, de fatores ambientais, como nível de oxigênio e temperatura, assim como das etapas de processamento do alimento e suas condições de armazenamento (26, 30).

Estudos recentes sobre a utilização de matrizes vegetais para veiculação de microrganismos probióticos são apresentados na Tabela 1.

ALTERNATIVAS PARA MANTER A VIABILIDADE DOS PROBIÓTICOS

No desenvolvimento de alimentos probióticos, etapas como a formulação, o processamento e o armazenamento dos produtos são fatores que influenciam diretamente na sobrevivência e estabilidade dos microrganismos probióticos. Dessa forma, algumas alternativas são necessárias para proteger as células contra fatores de estresse externos, mantendo a viabilidade das culturas tem sido cada vez mais estudadas, como a adição de prebióticos e a técnica de microencapsulação.

A International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics (ISAPP) define prebiótico como “um substrato que é usado seletivamente por microrganismos hospedeiros que conferem benefícios à saúde” (41) devido a alterações desejáveis na composição e na atividade da microbiota gastrointestinal (42). Além disso, o valor nutricional e a possibilidade de melhorar as características sensoriais como sabor e textura dos produtos, tornam vantajosa a sua adição na elaboração dos alimentos (43).

Os produtos que contêm prebióticos compreendem grande parte dos alimentos funcionais e entre os estudos mais recentes encontram-se sobremesas lácteas (43, 44), requeijão cremoso (45), bebidas à base de soro (46), sucos de frutas (47), chocolates (48), pães (49) e produtos cárneos (50). Para a incorporação de prebióticos em produtos alimentícios, estes devem permanecer estáveis durante as etapas de processamento, principalmente quando submetidos a elevadas temperaturas e baixo pH, a fim de diminuir possíveis alterações nas propriedades sensoriais do produto e atingir o cólon de forma intacta (51).

Um dos grandes segmentos de produtos funcionais no mercado compreende aqueles que contêm probióticos, prebióticos e simbióticos. O termo simbiótico refere-se ao efeito sinérgico entre os ingredientes prebióticos e os microrganismos probióticos (52, 53) proporcionando mais benefícios para a saúde do consumidor (54). A interação entre eles contribui para a adaptação do probiótico, aumentando a sua sobrevivência durante a passagem no trato gastrointestinal, e consequentemente, favorecendo sua funcionalidade no organismo (54, 55, 56).

Dentre os diversos prebióticos, na indústria de alimentos, os frutooligossacarídeos (FOS) e a inulina são amplamente utilizados (45) e estão naturalmente presentes em uma grande diversidade de plantas na forma de carboidratos de armazenamento, sendo obtidos industrialmente a partir de chicória e alcachofra de Jerusalém (49).

Os frutooligossacarídeos (FOS) são considerados como “adoçantes funcionais” devido a capacidade de proporcionar benefícios à saúde (57). Apesar dos FOS não serem absorvidos no intestino delgado humano, eles contribuem com o organismo, pois promovem a multiplicação de bactérias benéficas, reduzem os microrganismos patogênicos e regulam os níveis de glicose, colesterol e triglicerídeos (58).

A inulina consiste em um polissacarídeo linear não digerível que atua como fibra, uma vez que o sistema digestivo humano não consegue realizar a quebra desse polissacarídeo, dessa forma, atinge o intestino grosso onde pode ser fermentado pela microbiota presente. Além de atuar como prebiótico no organismo humano, frutanos do tipo inulina podem ser empregados como modificadores de textura e substitutos de gordura (44). De acordo com essas propriedades, estudos foram desenvolvidos utilizando inulina em alimentos como sorvetes (59) e pães (60).

A técnica de microencapsulação consiste em uma estratégia amplamente conhecida por melhorar a proteção física e a estabilidade dos probióticos nos alimentos. Além disso, a indústria de alimentos utiliza a microencapsulação como uma opção capaz de estabilizar os compostos sensíveis adicionados durante as etapas de processamento, sendo uma forma de agregar valor aos seus produtos e se diferenciar no mercado (61).

Diferentes técnicas são abordadas para a microencapsulação de probióticos e podem ser classificadas em três categorias principais: extrusão, emulsão e desidratação (62). Além da técnica utilizada, o tipo de material de parede empregado também influencia na viabilidade do microrganismo probiótico. A grande maioria dos materiais de parede são carboidratos, proteínas ou polissacarídeos de baixo peso molecular (63).

CONCLUSÃO

Com isso, verifica-se que a matriz vegetal representa uma alternativa importante para o desenvolvimento de alimentos funcionais probióticos, sendo um veículo eficiente para entrega desses microrganismos e, assim, diversificar a oferta de produtos com propriedades funcionais no mercado. Além disso, possibilita novas opções de alimentos probióticos capazes de satisfazer o mercado consumidor preocupados com a saúde, atender àqueles que não consomem produtos de base láctea, promover bem estar físico e mental quando consumido regularmente e em quantidades adequadas.

REFERÊNCIAS

  1. Hill C, Guarner F, Reid G, Gibson GR, Merenstein DJ, Pot B, et al. Expert consensus document: The International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics consensus statement on the scope and appropriate use of the term probiotic. Nature reviews Gastroenterology & hepatology. 2014.
  2. Gibson GR, Hutkins R, Sanders ME, Prescott SL, Reimer RA, Salminen SJ, Scott K, Stanton C, Swanson KS, Cani PD, Verbeke K, et al. Expert consensus document: The International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics (ISAPP) consensus statement on the definition and scope of prebiotics. Nature reviews Gastroenterology & hepatology.2017; 14: 491-502.
  3. Terpou A, Papadaki A, Bosnea L, Kanellaki M, Kopsahelis N. Novel frozen yogurt production fortified with sea buckthorn berries and probiotics. LWT-Food Science and Technology. 2019; 105:242-249.
  4. da Cruz Rodrigues VC, Duque ALRF, de Carvalho Fino L, Simabuco FM, Sartoratto A, Cabral L, Noronha MF, Sivieri K, Antunes AEC. Modulation of the intestinal microbiota and the metabolites produced by the administration of ice cream and a dietary supplement containing the same probiotics. British Journal of Nutrition. 2020; 124:57-68.
  5. Turkmen N, Akal C, Özer B. Probiotic dairy-based beverages: A review. Journal of Functional Foods.2019;53:62-75.
  6. Bocker R, Silva EK. Innovative technologies for manufacturing plant-based non-dairy alternative milk and their impact on nutritional, sensory and safety aspects. Future Foods.2022;5.
  7. Battistini C, Gullón B, Ichimura ES, Gomes AMP, Ribeiro EP, Kunigk L, Moreira JUV, Jurkiewicz C. Development and characterization of an innovative synbiotic fermented beverage based on vegetable soybean. Brazilian Journal of Microbiology. 2018; 49:303-309.
  8. Koh WY, Uthumporn U, Rosma A, Irfan AR, Park YH. Optimization of a fermented pumpkin-based beverage to improve Lactobacillus mali survival and α-glucosidase inhibitory activity: A response surface methodology approach. Food Science and Human Wellness. 2018; 7:57-70.
  9. Costa NA, de Almeida Paula D, Brêda JD, Vieira ÉNR, Martins EMF, Ramos AM. A symbiotic dessert composed of yam (Dioscorea sp.) and Ubá mango pulp (Mangifera indica L.). LWT-Food Science and Technology. 2020;133.
  10. Martins EMF, Ramos AM, Vanzela ESL, Stringheta PC, de Oliveira Pinto CL, Martins JM. Products of vegetable origin: A new alternative for the consumption of probiotic bacteria. Food Research International. 2013; 51:764-770.
  11. Pakbin B, Razavi SH, Mahmoudi R, Gajarbeygi P. Producing probiotic peach juice. Biotechnology and health sciences.2014.
  12. Perricone M, Corbo MR, Sinigaglia M, Speranza B, Bevilacqua A. Viability of Lactobacillues reuteri in fruit juices. Journal of Functional Foods.2014;10:421-426.
  13. Di Bartolomeo F, Startek JB, Van Den Ende, W. Prebiotics to fightdiseases: Reality or fiction? Phytotherapy Research.2013;27:1457-1473.
  14. Ramakrishna R, Sarkar D, Shetty K. Functional bioactives from barley for human health benefits. Functional foods and biotechnology: sources of functional foods and ingredients.2019:61-85.
  15. Oliveira JL, Almeida C, Bomfim NS. A importância do uso de probióticos na saúde humana. Unoesc & Ciência-ACBS.2017;8:7-12.
  16. Aboulfazli F, Shori AB, Baba AS. Effects of the replacement of cow milk with vegetable milk on probiotics and nutritional profile of fermented ice cream. LWT- Food Science and Technology.2016;70:261–270.
  17. Santos DI, Saraiva JMA, Vicente AA, Moldão-Martins M. Methods for determining bioavailability and bioaccessibility of bioactive compounds and nutrients. In Innovative thermal and non-thermal processing, bioaccessibility and bioavailability of nutrients and bioactive compounds.2019:23-54.
  18. Roberfroid MB. Concepts and strategy of functional food science: the European perspective. American Journal of Clinical Nutrition.2000;71:1660-1664.
  19. FAO. Food and Agriculture Organization of United Nations, (FAO)/World Health Organization (WHO). Evaluation of health and nutritional properties of probiotics in food including powder milk with live lactic acid bacteria. Report of a Joint FAO/WHO Expert Consultation, Córdoba, Argentina, 2001.
  20. Panghal A, Janghu S, Virkar K, Gat Y, Kumar V, Chhikara N. Potencial non-dairy probiotic products-A healthy approach. Food Bioscience.2018;21:80-89.
  21. Koh WY, Uthumporn U, Rosma A, Irfan AR, Park Y H. Optimization of a fermented pumpkin-based beverage to improve Lactobacillus mali survival and α-glucosidase inhibitory activity: A response surface methodology approach. Food Science and Human Wellness.2018;7:57-70.
  22. Terpou A, Papadaki IK, Lappa V, Kachrimanidou LA, Bosnea N, KOPSAHELIS. Probiotics in food systems: Significance and emerging strategies towards improved viability and delivery of enhanced beneficial value. Nutrients.2019;11:1591.
  23. Bisson G, Marino M, Poletti D, Innocente N, Maifreni M. Turbidimetric definition of growth limits in probiotic Lactobacillus strains from the perspective of an adaptation strategy. Journal of Dairy Science.2021;104:12236–12248.
  24. Montanari SR.; Leite Júnior, BRC, Martins ML, Ramos AM, Binoti ML, Campos RCAB, Campos, ANR, Martins, EMF. In vitro gastrointestinal digestion of a peanut, soybean, guava and beet beverage supplemented with Lactobacillus rhamnosus GG. Food Bioscience.2020;36:100623.
  25. Roobab U, Batool Z, Manzoor MF, Shabbir MA, Khan MR, Aadil RM. Sources, formulations, advanced delivery and health benefits of probiotics. Current Opinion in Food Science.2020:32:17–28.
  26. Costa NA, Paula DA, Brêda JD, Vieira ÉNR., Martins EMF, Ramos AM. A symbiotic dessert composed of yam (Dioscorea sp.) and Ubá mango pulp (Mangifera indica L.). LWT-Food Science and Technology.2020;133:110074.
  27. Pimentel TC, Costa WKA, Barão CE, Rosset M, Magnani M. Vegan probiotic products: A modern tendency or the newest challenge in functional foods. Food Research International.2021;140:110033.
  28. De Leon A, Jahns L, Casperson SL. Barriers and facilitators to following the dietary guidelines for vegetable intake: Follow-up of an intervention to increase vegetable intake. Food Quality and Preference.2020;83:103903.
  29. Perpetuini G, Prete R, Garcia-Gonzalezn N, Alam MK, Corsetti A. Table Olives More than a Fermented Food. Foods.2020;9:1–16.
  30. Lillo-Pérez S, Guerra-Valle M, Orellana-Palma P, Petzold G. Probiotics in fruit and vegetable matrices: Opportunities for nondairy consumers. LWT – Food Science and Technology.2021;151:112106.
  31. Pimentel TC, Madrona GS, Garcia S, Prudencio SH. Probiotic viability, physicochemical characteristics and acceptability during refrigerated storage of clarified apple juice supplemented with Lactobacillus paracasei ssp. paracasei and oligofructose in different package type. LWT-Food Science Technology.2015;63:415-422.
  32. Mosso AL, Jimenez ME, Vignolo G, Leblanc JG, Samman NC. Increasing the folate content of tuber-based foods using potentially probiotic lactic acid bactéria. Food Research International.2018;109:168-174.
  33. Rodríguez-Verástegui LL, Martínez-Hernández GB, Castillejo N, Gómez PA, Artés F, Artés-Hernández, F. Bioactive compounds and enzymatic activity of red vegetables smoothies during storage. Food and Bioprocess Technology.2016;9:137–146.
  34. Emser K, Barbosa J, Teixeira P, Morais AMMB. Lactobacillus plantarum survival during the osmotic dehydration and storage of probiotic cut apple. Journal of Functional Foods.2017;38:519-528.
  35. Battistini C, Gullónb B, Ichimuraa ES, Gomes AMP, Ribeiro EP, Kunigka L, Moreira JUV, Jurkiewicza C. Development and characterization of an innovative synbiotic fermented beverage based on vegetable soybean. Brazilian Journal of Microbiology.2018;49:303-309.
  36. Martins EMF, Ramos AM, Martins ML, Leite Júnior BRC. Fruit salad as a new vehicle for probiotic bacteria. Food Science and Technology.2016;36:540-548.
  37. Koh WY, Uthumporn U, Rosma A, Irfan AR, Park YH. Optimization of a fermented pumpkin-based beverage to improve Lactobacillus mali survival and α-glucosidase inhibitory activity: A response surface methodology approach. Food Science and Human Wellness.2018;7:57-70.
  38. Valerio F, Volpe MG, Santagata G, Boscaino F, Barbarisi C, Di Biase M, Bavaro AR, Lonigro SL, Lavermicocca P. The viability of probiotic Lactobacillus paracasei IMPC2. 1 coating on apple slices during dehydration and simulated gastro-intestinal digestion. Food Bioscience.2020;34:100533.
  39. Miranda JS, Costa BV, de Oliveira IV, de Lima DCN, Martins EMF, Júnior BRDCL, Benevenuto WCAN, Queiroz IC, Silva RR, Martins ML. Probiotic jelly candies enriched with native Atlantic Forest fruits and Bacillus coagulans GBI-30 6086. Lwt.2020;126:109275.
  40. La Cava E, Gerbino E, Sgroppo S, Gomez-Zavaglia A. Baked mango slices coated with Lactiplantibacillus plantarum immobilized in pectic extracts. Applied Food Research.2022;2:100236.
  41. Gibson GR, Hutkins R, Sanders ME, Prescott SL, Reimer RA, Salminem SJ, Scott K, Stanton C, Swanson KS, Cani PD, Verbeke K, Reid G. Expert consensus document: The International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics (ISAPP) consensus statement on the definition and scope of prebiotics. Nature Reviews: Gastroenterology & Hepatology.2017;14:491-502.
  42. Roberfroid M, Gibson GR, Hoyles L, McCartney AL, Rastall R, Rowland I, Wolvers D, Watzl B, Szajewska H, Stahl B. Prebiotic effects: metabolic and health benefits. British Journal of Nutrition.2010;104:1-63.
  43. Morais EC, Lima GC, Morais AR, Bolini HMA. Prebiotic and diet/light chocolate dairy dessert: Chemical composition, sensory profiling and relationship with consumer expectation. LWT- Food Science and Technology.2015;62:424-430.
  44. Furlán LTR, Campderrós ME. The combined effects of Stevia and sucralose as sugar substitute and inulin as fat mimetic on the physicochemical properties of sugar-free reduced-fat dairy dessert. International Journal of Gastronomy and Food Science.2017;10:16-23.
  45. Speranza B, Campaniello D, Monacis N, Bevilacqua A, Sinigaglia M, Corbo MR. Functional cream cheese supplemented with Bifidobacterium animalis subsp. lactis DSM 10140 and Lactobacillus reuteri DSM 20016 and prebiotics. Food Microbiology.2018;72:16-22.
  46. Guimarães JT, Silva EK, Costa ALR, Cunha RL, Freitas MQ, Meireles MAA, Cruz AG. Manufacturing a prebiotic whey beverage exploring the influence ofdegree of inulin polymerization. Food Hydrocolloids.2018;77:787-795.
  47. Valero-Cases E, Frutos MJ. Development of prebiotic nectars and juices as potential substrates for Lactobacillus acidophilus: special reference to physicochemical characterization and consumer acceptability during storage. LWT- Food Science and Technology.2017;81:136-143.
  48. Konar N, Palabiyik I, Toker OS, Polat DG, Kelleci E, Pirouzian HR, Akcicekc A, Sagdic O. Conventional and sugar-free probiotic white chocolate: Effect of inulin DP on various quality properties and viability of probiotics. Journal of Functional Foods.2018;43:206-213.
  49. Sirbu A, Arghire C. Functional bread: Effect of inulin-type products addition on dough rheology and bread quality. Journal of Cereal Science.2017;75:220-227.
  50. Han M, Bertram HC. Designing healthier comminuted meat products: Effect of dietary fibers onwater distribution and texture of a fat-reduced meat model system. Meat Science.2017;133:159-165.
  51. Charalampopoulos D, Rastall RA. Prebiotics in foods. Current Opinion in Biotechnology.2012;23:187-191.
  52. Cencic A, Chingwaru W. The role of functional foods, nutraceuticals, and food supplements in intestinal health. Nutrients.2010;2:611-625.
  53. Krumbeck JA, Maldonado-Gomez MX, Remer-Tait AE, Hutkins RW. Prebiotics and synbiotics: Dietary strategies for improving gut health. Current Opinion in Gastroenterology.2016;32:110-119.
  54. Al-Sheraji SH, Ismail A, Manap MY, Mustafa S, Yusof RM, Hassan FA. Prebiotics as functional foods: a review. Journal of Functional Foods.2013;5:1542-1553.
  55. Mookiah S, Sieo CC, Ramasamy K, Abdullah N, Ho YW. Effects of dietary prebiotics, probiotic and synbiotics on performance, caecal bacterial populations and caecal fermentation concentrations of broiler chickens. Journal of the Science of Food and Agriculture.2014;94:341-348.
  56. Miremadi F, Sherkat F, Stojanovska L. Hypocholesterolaemic effect and antihypertensive properties of probiotics and prebiotics: A review. Journal of Functional Foods.2016;25:497-510.
  57. Jitonnoma J, Ketudat-Cairns JR, Hannongbua S. QM/MM modeling of the hydrolysis and transfructosylation reactionsof fructosyltransferase from Aspergillus japonicas, an enzyme thatproduces prebiotic fructooligosaccharide. Journal of Molecular Graphics and Modelling.2017;79:175-184.
  58. Kaprasob R, Kerdchoechuen O, Laohakunjit N, Somboonpanyakul P. B vitamins and prebiotic fructooligosaccharides of cashew apple fermented with probiotic strains Lactobacillus spp., Leuconostoc mesenteroides and Bifidobacterium longum. Process Biochemistry.2017;70:9-19.
  59. Balthazar CF, Silva HLA, Esmerino EA, Rocha RS, Moraes J, et al. The addition of inulin and Lactobacillus casei 01 in sheep milk ice cream. Food Chesmistry.2018;246:464-472.
  60. Sirbu A, Arghire C. Functional bread: Effect of inulin-type products addition on dough rheology and bread quality. Journal of Cereal Science.2017;75:220-227.
  61. Da Silva TM, De Deus C, Fonseca BS, Lopes EJ, Cichoski AJ, et al. The effect of enzymatic crosslinking on the viability of probiotic bacteria (Lactobacillus acidophilus) encapsulated by complex coacervation. Food Research International.2019;125:108577.
  62. Cassani L, Gomez-Zavaglia A, Simal-Gandara J. Technological strategies ensuring the safe arrival of beneficial microorganisms to the gut: From food processing and storage to their passage through the gastrointestinal tract. Food Research International.2020;129:108852.
  63. Vanden Braber NL, Vergara LID, Rossi YE, Aminahuel CA, Mauri AN, et al. Effect of microencapsulation in whey protein and water-soluble chitosan derivative on the viability of the probiotic Kluyveromyces marxianus VM004 during storage and in simulated gastrointestinal conditions. LWT – Food Science and Technology.2020;118:108844.

Fundada em 2020, a Agron tem como missão ajudar profissionais a terem experiências imersivas em ciência e tecnologia dos alimentos por meio de cursos e eventos, além das barreiras geográficas e sociais.

Leave A Reply

//
//
Jaelyson Max
Atendimento Agron

Me envie sua dúvida ou problema, estou aqui para te ajudar!

Atendimento 100% humanizado!