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Trabalhos publicados como capítulo de livro pela editora Agron Food Academy

HORTAS NO QUINTAL DE CASA

Janiele Ferreira da Silva1; Géssica Alexandre de Barros 2; Larissa Querino da Silva Duarte; Layane Rosa da Silva 4; Gabriela Paes Barreto de Andrade 5; Maria Rosimere Miguel da Silva6

1, 2Estudante do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Agroalimentar CCHSA/UFPB, E-mail: [email protected], [email protected], 3Estudante do Curso de Licenciatura em Ciências Agrárias CCHSA/UFPB, E-mail: [email protected], 4Estudante do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Alimentos-UFCG, E-mail: [email protected], 5Bacharelado em Agroindústria CCHSA/UFPB, E-mail: [email protected], 6Mestre em Agronomia CCA/UFPB, E-mail: [email protected]

Resumo: A maioria dos agricultores rurais tem em seu quintal uma pequena horta para o consumo, principalmente da família, na maioria das vezes essas hortas são construídas em pequenos espaços de terra, em garrafas pet, vasos e pneus, desde que o local seja arejado e com boa luminosidade. O objetivo deste trabalho foi conhecer como são desenvolvidas as hortaliças que são cultivadas por uma família agricultora residente na comunidade São Luiz – Solânea, Paraíba, Brasil. A comunidade é constituída por cerca de 70 famílias agricultoras que vivem do cultivo de espécies anuais como milho, o feijão, e a fava, para seu próprio consumo. As hortas cultivadas no quintal das casas são uma alternativa para se pensar de que maneira deve-se produzir o alimento que futuramente será consumido, além de promover uma união entre a comunidade e auxiliar no processo de renda extra a ser gerada por moradores naquela região. Por fim conclui-se que esta atividade é de grande importância econômica e social na vida dos moradores da comunidade de São Luís, Solânea-PB.

Palavras–chave: Agricultura Familiar; Comunidade rural; Hortaliças.

INTRODUÇÃO

Segunda a Lei de Nº 11.326 de 2006 que estabelece como, a agricultura familiar toda atividade predominante que utiliza a mão-de-obra familiar para o desenvolvimento de suas atividades agrícolas e administrativas voltadas para geração de renda para a família (BRASIL, 2006). A maiorias dos agricultores rurais tem em seu quintal uma pequena horta para o consumo, principalmente da família, na maioria das vezes essas hortas são construídas em pequenos espaços de terra, em garrafas pet, vasos e pneus, desde que o local seja arejado e com boa luminosidade (FARIAS, 2016).

A produção de hortaliças é uma atividade rural com grande impacto, pois elas fazem parte das refeições diárias da maioria da população, além de ser uma importante fonte de vitaminas e fibras. O cultivo na maioria das vezes acontece próximo a zona rural das cidades para que não haja tanta perecibilidade dos produtos, dessa forma quanto mais rápido a comercialização, menores perdas serão evitadas, fazendo com que ocorra um aumento de produtos com uma melhor qualidade nas feiras livres e nos supermercados (BRASIL, 2015).

Para a produção desses vegetais utiliza-se, pouca quantidade insumos, contudo o principal problema enfrentado pelos agricultores é o período de estiagem, onde a escassez hídrica aumenta. O cultivo dessas hortas no quintal de casa é uma alternativa que os agricultores promovem no intuito de ter alimento saudável em casa e uma forma de auxiliar na renda das famílias agricultoras, onde dependendo da produção o excedente é comercializado na vizinhança (CLEMENTE; HABER, 2015), dessa forma o objetivo deste trabalho foi conhecer como são desenvolvidas as hortaliças que são cultivadas por uma família agricultora residente na comunidade São Luiz – Solânea, Paraíba, Brasil.

MATERIAL E MÉTODOS

O estudo ocorreu através de visitas na comunidade rural São Luiz-PB, localizada na cidade de Solânea-Paraíba (Figura 1), que fica a cerca de 140 km da capital João Pessoa. A Comunidade é constituída por cerca de 70 famílias agricultoras que vivem do cultivo de espécies anuais como milho, feijão e a fava, além do cultivo de pequenas hortas no quintal, com o principal objetivo de ter acesso a algum tipo de leguminosa e hortaliça para consumo doméstico.

Figura 1- (A) localidade onde foi realizada o relato, (B) comunidade onde foi realizado o relato.

Fonte: Google Maps (2021).

RELATO DE EXPERIÊNCIA

O cultivo de horta no quintal ou no terreno é uma prática comum na comunidade de São Luiz, todas as famílias visitadas tinham uma pequena horta escavada no chão ou plantadas em recipientes. Podemos observar na Figura-2 (A, B, C e D) algumas espécies cultivadas na propriedade visitada.

Figura 2 – Hortaliças e leguminosa cultiva na comunidade visitada.

Fonte: Pesquisa de campo (2021).

Durante o relato o seu Antônio Miguel, agricultor, residente naquela comunidade desde que nasceu, falou da importância do cultivo das hortaliças no seu quintal.

Às vezes a gente não tem o dinheiro moça para comprar na cidade, cultivamos as nossas verduras aqui mesmo no quintal, é tudo fresquinha e na hora que a gente quiser é só pegar”.

Outra espécie muito cultivada na comunidade é o coentro (Cloriandrum sativum) o mesmo além de ser utilizado na culinária para a preparação de vários pratos típicos regionais, também apresenta propriedades medicinais como (combate a insônia, fonte de vitamina C, diminui a pressão arterial, dentre outras funcionalidades). O Senhor Antônio tinha um pequeno cultivo de coentro no seu quintal e dependendo da época e da produção o mesmo consegue comercializar entre os vizinhos e moradores da comunidade, fazendo com que a venda dessa hortaliça se torne o meio de geração de renda para o mesmo. Na

Figura 3 podemos observar o pequeno cultivo de coentro no quintal do Sr. Antônio.

Figura 3 – Os diferentes estágios do cultivo de coentro em quintal rural na comunidade São Luís, Solânea-PB.

Fonte: Pesquisa de Campo (2021).

O senhor Antônio ainda relata que a principal dificuldade no cultivo da sua pequena horta é a falta de chuva e o período de seca que é bastante comum na comunidade, mesmo pertencendo ao município de Solânea -PB que é considerada uma cidade chuvosa e fria, mesmo assim a comunidade está localizada em uma área de transição entre de microrregiões, Curimataú e Semiárido, apresentando escassez de água em tempos de estiagem. Como alternativa durante o período da seca, o agricultor planta as hortaliças embaixo de estruturas do tipo cabana, usando madeiras e coberturas vegetais secas, com intuito de diminuir a insolação e perda da umidade do solo, dessa forma é possível manter as hortaliças sempre verde e saudável durante o processo de plantio até a colheita. Na Figura 4, podemos observar o uso dessas alternativas para evitar o contato direto ao sol e o aumento de temperaturas no cultivo das hortas.

Figura 4 – Estratégia utilizada pelo agricultor no cultivo das hortaliças

Fonte: Pesquisa de Campo (2021).

CONCLUSÕES       

            Com as mudanças na forma de como produzir o alimento e tentando fazer com que haja uma conscientização para produção de hortaliças, faz-se necessário uma maior valorização desta atividade. As hortas cultivadas no quintal das casas são uma alternativa para se pensar de que maneira deve-se produzir o alimento que futuramente será consumido, além de promover uma união entre a comunidade e auxiliar no processo de renda extra a ser gerada por moradores naquela região. Por fim conclui-se que esta atividade se mostra de grande importância econômica e social na vida dos moradores da comunidade de São Luís, Solânea-PB.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Presidência da República. Lei nº 11.326 de 24 de julho de 2006. Disponível em: http//www.planalto. gov .br/ccivil03/ato2004-2006lei/111326htm. Acesso em: 28 janeiro.2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Alimentos regionais brasileiros / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 484 p.

CLEMENTE, F. M. V. T; HABER, L. L, Hortas em pequenos espaços. Editora Tecnica 1ª edição Brasilia, DF: Embrapa Hortaliças, 56p, 2012.

FARIAS. I. S. Relação intergeracional por meio do cultivo de Hortas Domiciliar (MESTRADO) em Saúde e Gestão do Trabalho, Universidade do Vale do Itajái-Inivali,

f 46, 2016, Santa Catarina.

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