CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E NUTRICIONAIS DE GENÓTIPOS DE SORGO
Capítulo de livro publicado no livro do II Congresso Brasileiro de Produção Animal e Vegetal: “Produção Animal e Vegetal: Inovações e Atualidades – Vol. 2“. Para acessá-lo clique aqui.
DOI: https://doi.org/10.53934/9786585062039-27
Este trabalho foi escrito por:
Isabella Almeida Martins; Daniel Ananias de Assis pires; Marielly Maria Almeida Moura; Renê Ferreira Costa; Leandra Cristina Soares Santos; Mariana Rabelo Madureira; Irisléia Pereira Soares de Sousa
* Isabella Martins Almeida – Email: [email protected]
Resumo: Objetivou-se avaliar as respostas de diferentes híbridos de sorgo, através de suas características agronômicas, nutricionais e da digestibilidade in situ da matéria seca. O experimento foi conduzido em Janaúba – MG e foram utilizados treze genótipos de sorgo forrageiro: o BRS 655, o Volumax e onze híbridos (13F23019, 13F23028, 13F24005, 13F24006, 13F24019, 13F24028, 13F25005, 13F25006, 13F25019, 13F25028, 13F04006) obtidos através dos cruzamentos de três machos e três fêmeas. Para a condução do experimento no campo, foi utilizado um delineamento experimental em blocos casualizados (DBC), sendo treze genótipos e três repetições, totalizando 39 unidades experimentais. Os dados foram submetidos à análise estatística, utilizando-se o Sistema de Análises de Variância (SISVAR), descrito por Ferreira (2011), e para a comparação de médias, foi aplicado o teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05). Ao considerar a produção de matéria verde (PMV) e produção de matéria seca (PMS), os genótipos 13F04006 e 13F24006 foram superiores aos demais, com média de 64,08 e 66,85 t/ha e 19,9 e 21,38 t/ha, respectivamente, para (PMV) e (PMS) (p<0,05). Nas avaliações de matéria seca (MS), matéria mineral (MM), fibra insolúvel em detergente ácido (FDA), não houve diferença estatística (p>0,05). Os genótipos 13F04006 e 13F24006 são os mais indicados para a produção, pois apresentaram maior produtividade, elevado teor proteico, com baixo teor de lignina e, consequentemente, alta digestibilidade.
Palavras–chave: Digestibilidade, produtividade, resistência, sorghum bicolor
Abstract: The objective was to evaluate the responses of different sorghum hybrids, through their agronomic and nutritional characteristics and in situ dry matter digestibility. The experiment was conducted in Janaúba-MG and thirteen thirteen forage genotypes were used: BRS 655, Volumax and eleven hybrids (13f23019, 13f23028, 13f24005, 13f24006, 13f24019, 13f25005, 13f25006, 13f25019, 13f04006) through the crosses of three males and three females. To conduct the experiment in the field, an experimental design in randomized blocks (DBC) was used, with thirteen genotypes and three replications, totaling 39 experimental units. The data were submitted to statistical analysis, using the Analysis of Variance System (SISVAR), described by Ferreira (2011), and for the comparison of means, the Scott-Knott test was applied at a 5% probability level (p<0.05). When considering the production of green matter (PMV) and production of dry matter (PMS), genotypes 13F04006 and 13F24006 were superior to the others, with an average of 64.08 and 66.85 t/ha and 19.9 and 21.38 t/ha, respectively, for (PMV) and (PMS) (p<0.05). In the evaluations of dry matter (DM), mineral matter (MM), insoluble fiber in acid detergent (ADF), there was no statistical difference (p>0.05). The genotypes 13F04006 and 13F24006 are the most suitable for production, because showed higher productivity, high protein content, low lignin content and, consequently, high digestibility.
Key Word: Digestibility, productivity., resistance, sorghum bicolor
INTRODUÇÃO
A pecuária brasileira, tanto de corte quanto de leite, tem passado por um processo de intensa modernização, porém, grande parte dos sistemas de produção ainda é baseada na criação extensiva em pastagens. A estacionalidade na produção forrageira, em decorrência da escassez de chuvas associada às baixas temperaturas, e a necessidade de se produzir leite e carne durante todo o ano têm levado os pecuaristas a adotarem práticas de conservação de forragens, principalmente na forma de silagem.
O sorgo [Sorghum bicolor (L.) Moench] é uma cultura que, no contexto da agropecuária brasileira, se destaca por ser uma gramínea bastante energética, com alta digestibilidade, produtividade e adaptação a ambientes secos e quentes, nos quais é difícil o cultivo de outras espécies. No entanto, assim como as mais diversas espécies de plantas, o desenvolvimento do sorgo e sua produtividade estão associados, além da genética, a fatores ambientais, tais como, pluviosidade, temperatura e radiação solar. Como o Brasil apresenta grande diversidade em termos de condições climáticas, não se espera que o comportamento dos híbridos de sorgo seja equivalente em todas as regiões, visto que responde às mudanças ambientais, principalmente temperatura e comprimento do dia.
A identificação de cultivares de sorgo adaptados a cada região torna-se essencial à medida que a cultura se expande para plantio em diferentes épocas e regiões edafoclimáticas. Para lidar com esse percalço, a estratégia recomendada pela literatura é o uso de genótipos com adaptabilidade geral e estabilidade agronômica. Portanto, objetivou-se com esse trabalho avaliar características agronômicas e nutricionais de genótipos de sorgo cultivados na cidade de Janaúba, MG.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi desenvolvido na cidade de Janaúba, que está localizada no norte de Minas Gerais. O clima local é tropical mesotérmico, quase megatérmico, em função da altitude, com características de subúmido e semiárido, apresentando chuvas irregulares, ocasionando longos períodos de estiagem. Segundo a classificação de Koppen, o clima típico é Aw, isto é, de savana com inverno seco e temperatura média do ar do mês mais frio superior a 18°C.
Foram avaliados treze genótipos de sorgo, sendo dois forrageiros comerciais, (BRS 655 e Volumax) e onze híbridos (13F23019, 13F23028, 13F24005, 13F24006, 13F24019, 13F24028, 13F25005, 13F25006, 13F25019, 13F25028, 13F04006), obtidos através dos cruzamentos de três machos e três fêmeas.
Os treze genótipos foram plantados, em 20 de novembro de 2014 e em decorrência das primeiras chuvas que ocorreram na região, o material foi colhido no dia 5 de março de 2015. Foi verificado o acúmulo de 238,6 mm de chuva no período do plantio até a colheita, segundo os dados da EPAMIG de Janaúba – MG. Os genótipos foram distribuídos em três blocos, ao acaso, no campo. Cada bloco foi constituído de 13 parcelas, que corresponderam aos treze genótipos, totalizando 39 unidades experimentais, com seis fileiras de 6,0 metros de comprimento cada e 0,7 metros de espaçamento entre linhas. A adubação foi realizada de acordo com a análise de solo e as exigências da cultura.
As avaliações foram efetuadas em quatro linhas de cada parcela, eliminando-se 1,0 metro nas extremidades de cada linha e as duas linhas laterais de cada parcela (as bordaduras). Nas duas fileiras centrais, foram avaliadas as características agronômicas e, nas duas fileiras intermediárias avaliadas a composição bromatológica e a digestibilidade in situ das plantas de sorgo. Foram utilizadas as duas fileiras centrais de cada parcela para determinação da idade de florescimento: dias para que a planta de sorgo emita a inflorescência após o plantio; altura das plantas, através da medida do nível do solo à extremidade superior da planta, em 20% das plantas de cada parcela; produção de matéria verde, obtida a partir da pesagem de todas as plantas da área útil da parcela, realizada após corte a 15 cm do solo e produção de matéria seca, calculada a partir da produção de matéria verde e do teor de MS de cada genótipo no momento do corte. Além disso, foram separadas aleatoriamente dez plantas de cada canteiro para a avaliação nutricional e digestibilidade da folha e do colmo. Estas amostras foram picadas em picadeira estacionária, homogeneizadas, colocadas em sacos de papel e identificadas separadamente. Posteriormente, o material foi submetido à pesagem e pré-secagem em estufa de ventilação forçada a 55ºC por 72 horas. Após esse período, o material foi retirado da estufa e deixado à temperatura ambiente por 2 horas para estabilização do peso e, então, determinou-se a porcentagem de matéria pré-seca. As amostras foram transportadas para o Laboratório de Análise de Alimentos da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) – Campus Janaúba – MG, onde foram separadas e organizadas. Em seguida, o material foi moído em moinho tipo “Willey” com peneira de 1mm de diâmetro e armazenadas em recipientes de polietileno para análises posteriores. Foram determinados os seguintes parâmetros: matéria seca (MS) a 105°C, proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), matéria mineral (MM) de acordo Detmanet al. (1) celulose, hemicelulose e lignina pelo método sequencial de Van Soest et al. (10). Para a determinação da digestibilidade in situ (MS), as amostras de sorgo foram acondicionadas em sacos de fibra sintética do tipo TNT, gramatura 100, respeitando a relação de 20 mg de MS/cm2 de área superficial do saco, segundo .Os sacos foram amarrados e fixados em uma corda de náilon e introduzidos no rúmen de um bovino adulto fistulado. O período de incubação correspondeu a 144 horas, sendo os sacos colocados em duplicata. Decorrido este tempo, todos os sacos foram retirados do rúmen, lavados em água corrente até que a mesma se apresentasse limpa, procedendose, então, a secagem. A determinação da matéria seca (MS) foi feita em estufa a 55ºC por 72 horas. Os dados de digestibilidade in situ da MS foram obtidos por diferença de peso, encontrada no componente, entre as pesagens efetuadas antes e após a incubação ruminal, e expressos em porcentagem.
Os dados foram 10 submetidos à análise estatística, utilizando-se o Sistema de Análises de Variância (SISVAR), descrito por Ferreira (2011), e para a comparação de médias, foi aplicado o teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao considerar a produção de matéria verde (PMV) dos genótipos avaliados, pode-se observar, na Tabela 1, que houve diferença estatística (P<0,05).
No presente estudo, os genótipos 13F04006 e13F24006 foram semelhantes entre si e superiores aos demais, com média de 64,08 e 66,85 t ha. Valente (2) afirma que a produtividade mínima aceitável para o sorgo é de 40 toneladas de massa verde por hectare, pois, abaixo disto, é economicamente inviável. Por ser uma planta sensível ao fotoperíodo, o sorgo tem desenvolvimento variável, conforme a região de cultivo, o que resulta em variação no rendimento de forragem entre os materiais avaliados. Estudando as características agronômicas de cinco genótipos de sorgo, Perazzoet al.(3) obtiveram PMV (Produção de matéria verde) entre 37,18 e 52,14 t ha. Neste experimento, apenas quatro dos genótipos avaliados tiveram média superior a 40 ton./ ha, sendo eles: o Volumax, 13F24019, 13F04006 e 13F24006. Como observado na PMV, a produção de matéria seca seguiu a mesma tendência, houve variação entre os materiais (p<0,05), e os genótipos 13F04006 e13F24006 foram semelhantes entre si e superiores aos demais, com média de 19,90 e 21,38 t/ha ( Tabela 1). O maior valor desta fração atribuído a esses materiais pode ser explicado em função dos maiores teores de PMV e o teor de MS ( matéria seca ) destes genótipos. Os demais genótipos tiveram médias semelhantes, variando de 7,95 a 11,66t ha, sendo que o genótipo 13F24019 foi estatisticamente diferente dos outros, com média de 16,55 t/ha de MS. A produção de matéria seca dos materiais avaliados foi superior àquelas obtidas por Rezende et al. (4) quando avaliaram cinco híbridos de sorgo cultivados no inverno. Os autores obtiveram, em média, 8,7t/ha de MS, provavelmente, devido às condições climáticas predominantes no período do inverno, com menores precipitações e baixas temperaturas. Durante muitos anos, as cultivares de sorgo para ensilagem foram indicados com base apenas na produção de matéria verde por hectare, no intuito de reduzir o custo da tonelada de matéria verde produzida, sem considerar a qualidade desse material. Esses materiais caracterizavam-se por porte alto, ciclo longo e baixa produção de grãos. Com o passar dos anos, passou-se a dar importância nos grãos e da matéria seca, pois são eles responsáveis em elevar a produção de matéria seca e onde se concentram os nutrientes. As menores produtividades estão dentro dos parâmetros observados por Gomes et al. (5) que encontraram valores entre 6,88 e 14,83 t/ha. As variações encontradas nas produtividades da MS dos genótipos estudados neste experimento podem ser explicadas pelas suas diferentes características morfológicas e qualitativas. Sendo assim, os genótipos 13F24019, 13F04006 e 13F24006 tiveram suas médias superiores às encontradas nos trabalhos citados, com 16,55, 19,90 e 21,38 t ha de MS, respectivamente. Rodrigues Filho et al.(6) encontrou uma variação de 14,22 a 16,38 t/ha, entre os quatro híbridos de sorgo avaliados, com média de 15,17 t/ha, média considerada boa, que foi inferior à média encontrada neste trabalho.
Ao avaliar os genótipos, observa-se variação entre eles (p<0,05) quanto ao número de dias para o florescimento. Os genótipos VOLUMAX, 13F24019, 13F04006 e 13F24006 levaram mais dias para florescer. Este fato pode explicar a superioridade deste material para a PMS, já que, segundo Almeida Filho et al. (7), genótipos que apresentam ciclo mais tardio tendem a ser mais produtivos por ter a fase vegetativa mais longa.
Os valores médios de altura de plantas variaram entre os genótipos avaliados de 1,96 a 3,73 m (p<0,05). A avaliação de altura das plantas é importante por ser uma característica normalmente correlacionada aos parâmetros de produção TOMICH, (8) Assim, os híbridos experimentais 13F24019, 13F04006 e 13F24006 mostraram superiores aos demais, sendo as menores alturas atribuídas aos híbridos 13F24028 e 13F23028. Cunha e Lima (9),trabalhando com vinte e nove genótipos de sorgo forrageiro, reportaram altura média da planta de 3,20 m próximos ao presente trabalho.
Observou-se (Tabela 2) que os genótipos de sorgo avaliados neste experimento não diferiram entre si quanto aos teores de matéria seca e matéria mineral. O teor médio de matéria seca foi de 30,48 % (p>0,05). De acordo com Paiva (10), silagens de boa qualidade devem apresentar teor de MS entre 30 e 35%. Diante disso, podemos observar que os genótipos 13F25028, 13F25019, 13F25005, 13F25006, BRS 655, 13F24019, 13F04006 e13F24006 apresentaram médias entre 30 e 35% de MS, com valores de 30,53;34,00; 32,11; 31,06; 31,83; 30,20; 31,0 e 31,00 % de MS, respectivamente, indicando ótima característica para uma produção de silagem de boa qualidade.
De acordo com os percentuais de matéria mineral mostrados na Tabela 2, os genótipos não diferiram entre si (p>0,05), variando de 5,06 (13F23028) a 7,42% (13F04006) e média de 6,28%. Teores de matéria mineral implicam na determinação da quantidade de minerais presentes na forrageira, porém, altos índices podem representar alto teor de sílica, e esta não contribui nutricionalmente para os animais. A matéria mineral indica riqueza de minerais no alimento, mas nunca quais minerais presentes e seus teores. Os valores médios de PB(Proteína bruta) diferiram entre os genótipos avaliados (p<0,05) ( Tabela 2), com variação de 3,38 a 8,35% e média de 6,00%. Ao analisar estes valores, a minoria dos materiais analisados apresentaram índices de PB ideais para o atendimento dos requisitos de nitrogênio pela flora ruminal e para um bom funcionamento do rúmen, que é no mínimo 7%.
Houve diferença entre os genótipos (p<0,05) para os teores de fibra em detergente neutro (Tabela 2). Os valores de FDN( Fibra em detergente neutro) variaram de 47,12 a 61,72 %, com média de 55,84%. Os genótipos13F24005, 13F24028, 13F23019, 13F25005, 13F25006, BRS 655, VOLUMAX, 13F04006, 13F24006 foram superiores aos demais com valores de 57,34; 57,07; 59,79 a 60,68; 58,98; 58,00; 58,58; 56,36 e 61,72%, respectivamente.
Segundo Van Soest (11), os teores de FDN devem estar entre os limites de 50 a 60%. E, apesar de um material apresentar valor superior a 60%, este mesmo não diferiu de outros que apresentaram valores dentro do limite sugerido. Já os valores de FDA(Fibra em detergente ácido) foram semelhantes entre os genótipos avaliados (p>0,05), com média de 32,91%, e variação de 30,66 a 35,08% (Tabela 2). Os genótipos apresentaram valores próximos ao recomendado por Van Soest (1994), de 30%. Gonçalves et al. (12) afirmam que teores elevados de FDA dificultam a fragmentação do alimento e sua digestão pelas bactérias ruminais. Segundo Van Soest (11), a análise de FDA representa uma estimativa do teor total de celulose e lignina da amostra, sendo inversamente relacionada com a digestibilidade da MS.
Quanto aos teores de lignina, observa-se que não houve diferença entre os genótipos (p>0,05).
A média encontrada para os genótipos foi de 6,83. De acordo com Lapierre (1993), a lignina é o componente mais negativamente correlacionado à digestibilidade, pois limita a digestão dos polissacarídeos da parede celular e reduz o valor nutricional das plantas para os ruminantes. Os genótipos não diferiram entre si quanto aos valores de DIVMS( Digestibilidade in vitro da matéria seca) (p>0,05), sendo a média observada de 77,69%. Todos os genótipos apresentaram valores de DISMS acima de 50%, sugerindo que, com boa digestibilidade ruminal, serão bem aproveitados pelos animais, pois, quanto maior a digestibilidade, maior será a absorção de nutrientes. Apesar de a FDN e FDA terem sido relativamente alta, não houve comprometimento da sua DISMS, o que pode ser justificado pelo alto teor de hemicelulose, reforçando a importância de se avaliar a qualidade da fibra do alimento.Quanto aos valores de produção de matéria seca digestível, os genótipos avaliados foram diferentes entre si (p<0,05), sendo que os valores superiores foram 12,98 e 13,63 t/ha, respectivamente, para os híbridos experimentais 13F04006 e 13F24006. Os menores valores variaram de 5,48 a 9,09 t/ha, respectivamente, para os híbridos 13F24005 e13F24019. Os maiores valores de PMSD atribuídos aos híbridos experimentais, 13F04006 e 13F24006, podem ser explicados pelos altos valores de PMS apresentados por esses materiais.
A PMSD (produção de matéria seca digestível) é função da produção de matéria seca da forrageira e de sua digestibilidade. É uma forma de conciliar produtividadecom o valor nutritivo, ou seja, a associação entre as grandezas de volume e qualidade.
CONCLUSÃO
Os genótipos 13F04006 e 13F24006 são os mais indicados para a produção animal, pois apresentaram maior produtividade, elevado teor proteico, com baixo teor de lignina e, consequentemente, alta digestibilidade.
REFERÊNCIAS
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