Back

ASTAXANTINA: EXTRAÇÃO, BIODISPONIBILIDADE, POTENCIAL BIOATIVO E APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Capítulo de livro publicado no livro: Ciência e tecnologia de alimentos: Pesquisas e avanços. Para acessa-lo  clique aqui.

DOI: https://doi.org/10.53934/9786585062060-21

Este trabalho foi escrito por:

Tatiane Teixeira Tavares *; Ana Flávia Coelho Pacheco  ; Paulo Henrique Costa Paiva

*Autor correspondente (Corresponding author) – [email protected]

Dra. Tatiane Teixeira Tavares, Bolsista de pesquisa nível I do Instituto de Laticínios Cândido Tostes – EPAMIG-MG.

Prof. Dra. Ana Flávia Coelho Pacheco, Professora/pesquisadora do Instituto de Laticínios Cândido Tostes – EPAMIG-MG e Membra do Laboratório de Inovação no Processamento de Alimentos – LIPA/DTA/UFV.

Prof. Dr. Paulo Henrique Costa Paiva, Professor/pesquisador do Instituto de Laticínios Cândido Tostes – EPAMIG-MG.

Resumo: Os carotenoides apresentam uma vasta gama de benefícios à saúde humana, com elevado potencial de atividade biológica e farmacológica. A astaxantina é um carotenoide que tornou-se foco de investigação industrial devido a seu alto poder anti-oxidante e sua forte pigmentação. Sua obtenção ocorre através de fontes naturais como fungos, bactérias, algas, crustáceos e determinados peixes, enquanto que sua fórmula sintética compreende três isômeros ópticos (3S, 3′S) (3R, 3′S) e (3R, 3′R), em uma mistura racêmica. Diversos trabalhos reportaram seu elevado potencial frente a inúmeras doenças como cardiovasculares, inflamatórias, neurológicas, cancerígenas, diabéticas, hepáticas, e um potencial anti-inflamatório bastante elevado. Apesar de seus inúmeros benefícios, a aplicação da astaxantina na tecnologia de alimentos e nutracêuticos é bastante limitada devido sua baixa solubilidade aquosa e instabilidade em determinadas condições de processamento, como pHs extremos, temperatura elevada, presença de luz e oxigênio. O que motivou a escrita dessa revisão, que está centrada na importância do consumo de astaxantina como um ingrediente natural, por possuir inúmeras vantagens para a saúde humana.

Palavras-chave: atividade biológica; biomédico; carotenoides; ingrediente funcional   

INTRODUÇÃO

Os carotenoides são pigmentos naturais tetraterpênicos (C40) orgânicos nutricionalmente benéficos à saúde, os quais exercem papel crucial nas recomendações alimentares e farmacêuticas (1). Na literatura são reportados cerca de 800 carotenoides, que estão presentes em todos os organismos fotossintetizantes, obtidos principalmente pela extração vegetal ou animal, fermentação microbiana e síntese química (2). A Tabela 1 compila os principais carotenoides com algumas fontes produtoras e respectiva coloração (3). No que se refere à saúde humana, estão entre os fitoquímicos bioativos creditados na redução do risco de doenças degenerativas, como as cardiovasculares, câncer, catarata e degeneração macular, além de fortalecerem o sistema imunológico (4). A estrutura química dos carotenoides é amplamente heterogênea, o que os conferem várias funções benéficas aos organismos, que são extremamente dependentes de suas propriedades físico-químicas individuais (5). Ademais, possuem ação antioxidante devido à capacidade de sequestrar o oxigênio e reagir com radicais livres, absorvem luz e possuem a capacidade de filtrar a luz azul para garantir a saúde ocular (6).

Tabela 1 – Principais carotenoides com coloração e fontes produtoras

       CarotenoideColoraçãoFontes produtora
LuteínaAmarelaChlorella sorokiniana (microalga)  Cucurbita moschata (abóbora goianinha)
ZeaxantinaAmarela a LaranjaDunaliella salina (microalga) Milho-verde
β-carotenoLaranjaRhodotorula rubra (levedura) Malpighia glabra (acerola) Daucus carota (cenoura)
BixinaLaranjaBixa orellana (urucum)
NorbixinaLaranjaBixa orellana (urucum)
CantaxantinaLaranja a VermelhaHaematococcus pluvialis (microalga) Rhodococcus maris (bactéria)
AstaxantinaVermelhaXanthophyllomyces dendrorhous (levedura) Chlorella zofingiensis (microalga)

Fonte: Mesquita et. al. (2017)

A pandemia de COVID-19 teve um impacto significativo no mercado, uma vez que a crise realçou o significado de hábitos alimentares seguros, saudáveis e nutritivos entre os consumidores de todo o mundo. Um número crescente de indivíduos preocupados com a saúde está cada mais inclinado para o consumo de corantes naturais com efeitos menos adversos, em comparação com outros produtos químicos, o que é um importante estímulo para impulsionar os avanços nos estudos dos pesquisadores nessa área (7 e 8). O mercado global de carotenoides atingiu 2 milhões de dólares em 2020, que foram principalmente consumidos em alimentação animal, alimentos saudáveis, medicamentos e cosméticos. Atualmente, cerca de 80-90% dos carotenoides presentes no mercado são sintetizados por métodos químicos. Todavia não podem ser ingeridos diretamente pelo ser humano, devido sua limitada aplicação (9). Dentre os diversos carotenoides, a astaxantina merece destaque nesse mercado, pois estima-se que será responsável por uma taxa de retorno de investimento de aproximadamente 7,8% durante o período de 2022 a 2027 (10).

A astaxantina (3,3′-dihidroxi-β, β-caroteno-4,4′-diona), é um carotenoide natural pertencente à classe das xantofilas por possuir uma hidroxila em cada um dos anéis ciclohexanos terminais de sua estrutura, a qual possui coloração laranja/avermelhado e fórmula molecular C40H52O4 (11). As fontes naturais de astaxantina advém de fungos, bactérias, algas, crustáceos e determinados peixes, enquanto que sua fórmula sintética compreende três isômeros ópticos (3S, 3′S) (3R, 3′S) e (3R, 3′R), na proporção 1:2:1, em uma mistura racêmica. Todavia, o isômero 3S, 3′S mostra um maior potencial como agente antioxidante, antienvelhecimento e maior reatividade que os demais (12). A Figura 1 exibe os três diferentes isômeros ópticos da molécula de astaxantina.

A presente revisão tem como objetivo apresentar a molécula de astaxantina, sua biodisponibilidade, métodos de extração, propriedades bioativas e promissora aplicabilidade nas indústrias de alimentos e fármacos.

METODOLOGIA

            Para o presente artigo, foram realizadas buscas sistematizadas nas bases de dados Science Direct, Pubmed e Google Acadêmico, no mês de fevereiro de 2023, por meio de descritores relacionados a carotenoides e astaxantina. Foram pré-selecionadas, inicialmente, 42 publicações, que foram avaliadas e finalmente escolhidas para discussão e síntese das informações.

BIOSSÍNTESE

            A astaxantina exibe potenciais benefícios à saúde, o que gera grande interesse nas indústrias alimentícias, farmacêuticas, cosméticas e de alimentos para determinados animais como salmão e camarão. Fazendo com que novas rotas sejam exploradas para sua produção, como a extração direta de resíduos de crustáceos, cultivo de microalgas como a Haematococcus pluviais, bactérias, como a Paracoccus sp., leveduras como Xanthophyllomyces e síntese química. Todavia, sua extração direta e cultivo de produtos naturais é bastante limitada, devido a baixos rendimentos e elevados custos (14). 

Atualmente, mais de 95% da astaxantina presente no mercado é produzida de forma sintética, por uma dupla reação Witting de 3-metil-5-(2,6,6-trimetil-3-oxo-4-hidroxi-1-ciclohexanil-2-4-pentadieniltrifenilfosfônio sal de (astaC15-trifenilfosfônio) e 2,7-dimetil-2,4,6-octatrienedial (C10-dial) (15). Entretanto, foi reportado por Koller (2014) que a astaxantina sintética possui capacidade antioxidante inferior à sua contrapartida natural, possivelmente devido a astaxantina sintética apresentar-se sob a forma de uma mistura racêmica, possuindo três isômeros ópticos, com diferentes potenciais de atividade (16). O que gera preocupações dos cientistas no consumo humano direto, devido a possibilidade de transporte de produtos intermediários e subprodutos de síntese (17).

EXTRAÇÃO

A extração e purificação da astaxantina é um fator crítico que influencia diretamente na comercialização da mesma, devido ao alto valor agregado, podendo assumir de 20 a 90% dos custos totais de fabricação. Características como sensibilidade à luz e termo sensibilidade tendem a dificultar a extração, consequentemente aumentar o valor total da produção. Para extração da astaxantina, é utilizado um fluxo de trabalho com alguns passos, onde destacam-se primeiramente a colheita de células de biorreatores por centrifugação, sedimentação ou filtração, seguida da ruptura de células, secagem das células e por fim, extração de solventes e gás carbônico supercrítico, como reportado na Figura 2 (14 e 18).

BIODISPONIBILIDADE

A biodisponibilidade e a pouca solubilidade em fase aquosa da astaxantina é pequena, assim como da maioria dos carotenoides, sendo dependente da natureza do solvente e/ou da molécula carreadora. Além disso, é instável em determinadas condições de processamento, como pHs extremos, temperatura elevada, presença de luz e oxigênio, fatores que limitam a sua aplicabilidade nas indústrias de alimentos e farmacêutica (19). Visando minimizar esses problemas, alguns estudos utilizando proteínas do leite como moléculas carreadoras através da formação de nanoestruturas estáveis com a astaxantina (20; 21 e 22) e outros carotenoides (23; 24; 25; 26 e 27) são reportados na literatura e apresentam resultados promissores (28). A Tabela 2 reporta alguns desses estudos envolvendo interações entre proteínas e carotenóides.

Tabela 2 – Estudos referentes à utilização de proteínas como moléculas carreadores, através da formação de nanoestruturas estáveis com a astaxantina e outros carotenoides

InteraçãoAnoReferência
Proteína-Astaxantina202120
Proteína-Astaxantina201521
Proteína-Astaxantina201422
Proteína-Luteína202123
Proteína-β-caroteno202124
Proteína-Luteína202025
Proteína-Norbixina202026
Proteína-β-caroteno201927

Fonte: Autores

As proteínas alimentares exercem importante papel de transporte e proteção de componentes bioativos em alimentos funcionais devido sua capacidade de formação de complexos estáveis. O que leva a incorporação de astaxantina na nanodispersão ser uma alternativa promissora ao uso de astaxantina insolúvel em água e sistemas alimentares (29), fato extremante importante para melhor compreensão e estudo da interação proteína-astaxantina e/ou proteína-carotenoide, de forma geral.

POTENCIAL BIOATIVO

            A astaxantina natural é considerada mais biologicamente efetiva que sua forma sintética. Sendo apontada como um agente oxidante mais fortemente ativo que demais carotenoides, como a cantaxantina, zeaxantina, luteína, β-caroteno e outros (30). Possui diversas atividades biológicas e farmacológicas, as quais foram reportadas na Figura 3 (12).

Numerosos trabalhos demonstrando a atividade biológica e farmacológica da astaxantina tem sido reportados na literatura ao longo dos anos, o que pode ser corroborado por meio da Tabela 3.

Tabela 3 – Estudos referente às atividades biológicas e farmacológicas da astaxantina

Atividades biológicas da astaxantinaAnoReferências
Antioxidante202031
Cardioproteção202032
Antidiabético202033
Osteoprotetor201934
Anti-inflamatório201935
Anti-oxidante201936
Neuroproteção201837
Cicatrizante201738
Anticâncer201639
Hepatoproteção201540

Fonte: Autores

APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

            A demanda dos consumidores por alimentos saudáveis cresceu consideravelmente nos últimos anos. Essa conscientização levou à indústria a unir esforços à procura de novas estratégias para produção de alimentos que sejam não só saborosos, mas também nutritivos, funcionais e sustentáveis. Dentro desse cenário, ênfase deve ser dada a astaxantina, pois apresenta alto poder de pigmentação e relevantes funções biológicas, tornando-se atrativa para as empresas de alimentos e embalagens. Constatações que a permitiram ser considerada um dos três principais ingredientes a ser observado com forte potencial dentro do nicho alimentar nos últimos anos (41).

            A astaxantina é comercializada industrialmente pela DSM, como componente do produto Carophyll® Stay Pink, um aditivo para rações de aves, peixes e camarões (3). Outra aplicabilidade da astaxantina, nesse caso extraída do músculo do salmão, é na produção de filmes, através da incorporação com gelatinas extraídas da pele e carcaça do mesmo peixe.  De acordo com estudos de Claudino (42), os filmes obtidos apresentaram boa aparência, homogeneidade, fácil manuseio, transparência adequada e baixo teor de umidade, sendo portanto, considerado uma ótima alternativa de produção do mesmo.

  CONCLUSÕES

            A astaxantina natural é um composto bioativo que apresenta uma série de atividades biológicas, apontada como um forte agente oxidante com perspectivas promissoras no nicho alimentar e farmacológico, devido possuir uma estrutura única. Sua obtenção ocorre por meio de fontes naturais como fungos, bactérias, algas, crustáceos e determinados peixes. Enquanto sua fórmula sintética compreende três isômeros ópticos (3S, 3′S) (3R, 3′S) e (3R, 3′R), em uma mistura racêmica.  Todavia, devido a seu elevado preço e fontes limitadas, é pouco conhecida pelos consumidores e subestimada pelos produtores de alimentos. Daí a importância da difusão de informações a seu respeito, assim como o incentivo para futuras pesquisas.

            O alto potencial antioxidante da astaxantina, assim como sua forte pigmentação, permitem aos pesquisadores trabalhar com uma gama de atrativos sensoriais e funcionais. Sua biodisponibilidade é baixa, entretanto, novos estudos reportam promissores resultados perante a sua interação com diversas proteínas alimentares, principalmente as proteínas do leite, formando sistemas nanoestruturados que possibilitam um aumento de sua solubilidade em água e em sistemas alimentares, otimizando assim sua aplicação nas industrias de alimentos e farmacêuticas.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem as instituições que contribuíram diretamente para a execução desse trabalho, como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Instituto de Laticínios Cândido Tostes (EPAMIG-ILCT).

REFERÊNCIAS

  1. Rivera-Madrid R, Carballo-Uicab V M, Cárdenas-Conejo, Y, Aguilar-Espinosa M, Silva R. Overview of carotenoids and beneficial effects on human health. Carotenoids: Properties, Processing and Applications. 2020: 1–40.
  1. Venil C K. Velmurugan P, Dufossé L, Devi P R, Ravi A V. Fungal Pigments: Potential Coloring Compounds for Wide Ranging Applications in Textile Dyeing. Journal of fungi. 2020; 6; 2: 68.
  1. Mesquita S S, Teixeira, C M L L, Sérvulo E F C. Carotenoides: Propriedades e Mercado. Revista Virtual de Química. 2017. 9; 2: 672-688.
  1. Nörnberg M L, Pinheiro N P, Do Nascimento T C, Fernades A S, Nörnberg M F B L, Lopes E J, et al. Compostos bioativos em manteigas: carotenoides e ácidos graxos. Bioactive compounds in butters: carotenoids and fatty acids. Brazilian Journal of Development, Curitiba. 2022. 8; 2: 10270-10288.
  1. Sun Z, Li T, Zhou Z G & Jiang, Y. Microalgae as a source of lutein: Chemistry, biosynthesis, and carotenogenesis. Advances in Biochemical Engineering/ Biotechnology. 2016. 10: 331.
  1. Saini R K, Lokesh V, Shang X, Shin J, Keum Y, Lee J H. Carotenoids: dietary sources, extraction, encapsulation, bioavailability, and health benefits—a review of recent advancements. Antioxidants. 2022. 11; 4: 795.
  1. Del Mar M C G, & Gomez-Caravaca A M. Underutilized sources of carotenoids. Carotenoids: Properties, processing and applications. 2020. 107-147.
  1. BCC Research (2023). The Global Market for Carotenoids [Internet, acesso em 10 de fev 2023]. Disponível em: https://www.mordorintelligence.com/industry-reports/astaxanthin-market.
  1. Jiang W, Sun J, Gao H, Tang, Y, Wang C, Jiang Y, Zhang W, Xin F, Jiang M. Carotenoids production and genome analysis of a novel carotenoid producing Rhodococcus aetherivorans N1. Enzyme and Microbial Technology. 2023. 164: 110190.
  1. BCC Research (2023). Astaxanthin market – growth, trends, covid-19 impact, and forecasts (2023-2028). [Internet, acesso em 13 de fevereiro, 2023]. Disponível em:  https://www.mordorintelligence.com/industry reports/astaxanthin-market.
  1. Lu Q, Li H, Zou Y, Liu H, Yang L. Astaxanthin as a microalgal metabolite for aquaculture: A review on the synthetic mechanisms, production techniques, and practical application. Algal Research. 2021. 54: 102178.
  1. Aneesh P A, Ajeeshkumar K K, Lekshmi R G K, Anandam R, Ravishankar C N, Mathew S. Bioactivities of astaxanthin from natural sources, augmenting itsbiomedical potential: A review. Trends in Food Science & Technology. 2022. 125: 81-90.
  1. Zheng X, & Huang Q. Assessment of the antioxidant activities of representative optical and geometric isomers of astaxanthin against singlet oxygen in solution by a spectroscopic approach. Food Chemistry. 2022. 395: 133584.
  1. Bauer A, & Minceva M. Direct extraction of astaxanthin from the microalgae Haematococcus pluvialis using liquid–liquid chromatography. RSC Advances. 2019. 9; 40: 22779–22789.
  1. Krause W, Henrich K, Paust J, Ernst H. Preparation of astaxanthin. Available. 1997. online at: https://www.google.com/patents/US5654488.
  1. Koller M, Muhr A, Braunegg G. Microalgae as versatile cellular factories for valued products. Algal Research. 2014. 6: 52–63.
  1. Shah M M, Liang Y, Cheng J J, Daroch M. Astaxanthin-producing green microalga Haematococcus pluvialis: From Single Cell to High Value Commercial Products. Front Plant Sci. 2016. 7: 531.
  1. Zhang C, Chen X, & Too HP. Microbial astaxanthin biosynthesis: recent achievements, challenges, and commercialization outlook. Applied Microbiology and Biotechnology. 2020.
  1. Xavier A A O, & Mercadante A Z. The bioaccessibility of carotenoids impacts the design of functional foods. Current Opinion in Science Direct. 2019. 26: 1-8.
  1. Qiaoa X, Yanga L, Gua J, Caoa Y, Zhaojie L, Xua J, Xuea C. Kinetic interactions of nanocomplexes between astaxanthin esters with different molecular structures and β-lactoglobulin. Food Chemistry. 2021. 335: 127633.
  2. Allahdad Z, Varidi M, Zadmard R, Saboury, A, Haertle. Binding of β-carotene to whey proteins: Multi-spectroscopic techniques and docking studies. Food Chemistry. 2019. 277: 96–106.
  1. Shen Q, Quek S Y. Microencapsulation of astaxanthin with blends of milk protein and fiber by spray drying. Journal of Food Engineering. 2014. 123: 165-171.
  1. Qi X, Xu D, Zhu J, Wang S, Peng J, Gao W, Cao Y. Studying the interaction mechanism between bovine serum albumin and lutein dipalmitate: Multi-spectroscopic and molecular docking techniques. Food Hidrocolloids, 2021. 113: 106513.
  1. Magalhães O F, Paula H M C, Rezende J P, Coelho Y L, Mendes T A O, Silva L H M, Pires A C S. Energetic and molecular dynamic characterization of lysozyne/ β-carotene interation. Journal of Molecular Liquids. 2021. 337: 116404.
  1. Paiva P H C, Coelho Y L, Silva L H M, Pinto M s, Vidigal M C T R, Pires A C S. Influence of protein conformation and selected Hofmeister salts on bovine
    serum albumin/lutein complex formation. Food Chemistry. 2020. 305.
  1. Møller A H, Wijaya W, Jahangiri A, Madsen B, Joernsgaard B, Vaerbak S, et al. Norbixin binding to whey protein isolate – alginate electrostatic complexes increases its solubility and stability. Food Hydrocolloids. 2020. 101: 1–8.
  1. Allahdad Z, Varidi M, Zadmard R, Saboury A, Haertle. Binding of β-carotene to whey proteins: Multi-spectroscopic techniques and docking studies. Food Chemistry. 2019. 277: 96–106.
  1. Mantovani R A, Rasera M L, Vidotto D C, Mercadante A Z, Tavares G M. Binding of carotenoids to milk proteins: Why and how. Trends inFood Science& Technology. 2021. 110: 280-290.
  1. Stachowiak B & Szulc P. Astaxanthin for the Food Industry. Molecules. 2021. 26: 2666.
  1. Capelli B, Talbott S, & Ding L. Astaxanthin sources: Suitability for human health and nutrition. Functional Foods in Health and Disease. 2019. 9; 6: 430–445.
  1. Liu H, Zhang X, Xiao J, Song M, Cao Y, Xiao H, et al. Astaxanthin
    attenuates d-galactose-induced brain aging in rats by ameliorating oxidative stress, mitochondrial dysfunction, and regulating metabolic markers. Food & Function. 2020. 11; 5: 4103–4113.
  1. Krestinina O, Baburina Y, Krestinin R, Odinokova I, Fadeeva I, & Sotnikova L. Astaxanthin prevents mitochondrial impairment induced by isoproterenol in isolated rat heart mitochondria. Antioxidants. 2020.  9; 3: 262.
  1. Penislusshiyan S, Chitra L, Ancy I, Kumaradhas P, & Palvannan, T. Novel antioxidant astaxanthin-s-allyl cysteine biconjugate diminished oxidative stress and mitochondrial dysfunction to triumph diabetes in rat model. Life Sciences. 2020. 245.
  1. El-Baz F K, Aly H F, & Abd-Alla H I. The ameliorating effect of carotenoid rich fraction extracted from Dunaliella salina microalga against inflammationassociated cardiac dysfunction in obese rats. Toxicology Reports. 2020. 7: 118–124.
  1. Yaghooti H, Mohammadtaghvaei N, & Mahboobnia K. Effects of palmitate and astaxanthin on cell viability and proinflammatory characteristics of
    mesenchymal stem cells. International Immunopharmacology. 2019. 68: 164–170.
  1. Wang X, Ma J, Bai X, Yan H, Qin C, & Ren D. Antioxidant properties of astaxanthin produced by cofermentation between Spirulina platensis and recombinant Saccharomyces cerevisiae against mouse macrophage RAW 264.7 damaged by H2O2. Food and Bioproducts Processing. 2019. 118: 318–325.           
  1. Sharma K, Sharma D, Sharma M, Sharma N, Bidve P, Prajapati N, et al. Astaxanthin ameliorates behavioral and biochemical alterations in in-vitro and in vivo model of neuropathic pain. Neuroscience Letters. 2018. 674: 162–170.
  1. Meephansan J, Rungjang A, Yingmema W, Deenonpoe R, & Ponnikorn S. Effect of astaxanthin on cutaneous wound healing. Clinical, Cosmetic and
    Investigational Dermatology. 2017. 10: 259–265.
  1. Ko J C, Chen J C, Wang T J, Zheng H Y, Chen W C, Chang P Y, et al.  Astaxanthin down-regulates Rad51 expression via inactivation of AKT kinase to enhance mitomycin C-induced cytotoxicity in human non-small cell lung câncer cells. Biochemical Pharmacology. 2016. 105: 91–100.
  1.  Yang Y, Kim B, Park Y K, Koo S I, & Lee J Y. Astaxanthin prevents TGFβ1- induced pro-fibrogenic gene expression by inhibiting Smad3 activation in hepatic stellate cells. Biochimica et Biophysica Acta (BBA) – General Subjects. 2015. 1850; 1: 178–185.
  1. Lafarga, T. Effect of microalgal biomass incorporation into foods: Nutritional and sensorial attributes of the end products. Algal Res. 2019. 41; 101566.
  1. CLAUDINO, Rayanne Leitão. Gelatina e astaxantina de resíduo do salmão (salmo salar l): extração, caracterização e aplicação para a produção de filmes antioxidantes. 2016. 71 f. Dissertação (Mestrado de Engenharia de Pesca) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016.

Fundada em 2020, a Agron tem como missão ajudar profissionais a terem experiências imersivas em ciência e tecnologia dos alimentos por meio de cursos e eventos, além das barreiras geográficas e sociais.

Leave A Reply

//
//
Jaelyson Max
Atendimento Agron

Me envie sua dúvida ou problema, estou aqui para te ajudar!

Atendimento 100% humanizado!