PEQUENOS FRUTOS NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS: UMA REVISÃO

Resumo: Dietas equilibradas com ingestão de vegetais são altamente recomendadas. Dentre as frutas, as do tipo “berries” ou pequenos frutos têm se destacado pelo alto conteúdo em polifenóis. O consumo dos berries são atrativos devido as características sensoriais e nos últimos anos diversos estudos têm mostrado evidências dos benefícios promovidos pela ingesta destes. Nesse contexto, o objetivo da presente revisão foi compilar estudos relacionadas aos benefícios dos pequenos frutos no que diz respeito à prevenção e profilaxia de algumas condições clínicas. As principais culturas de pequenos frutos são do morangueiro, mirtileiro, amoreira, framboeseira, groselheira, juçara, etc. Os fenóis e polifenóis contidos nesses frutos são alvos de estudos devido à alta atividade antioxidante capaz de atuar em processos oxidativos, que estão atrelados ao desenvolvimento de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNTs). Os benefícios do consumo de berries estão relacionados a fatores que contribuem para prevenção do câncer, pois os compostos bioativos presentes provocam efeito protetor sob a incidência de células cancerígenas. Os pequenos frutos podem atuar como moduladores da microbiota intestinal, causam um efeito de prebiótico, pois os polifenóis são metabolizados, em grande parte, no intestino, local onde podem agir sob diferentes grupos de microrganismos. Também possuem elevada importância no efeito cardioprotetor, podendo reduzir os fatores de risco das doenças cardiovasculares, além disso, mostram-se eficazes no estágio inicial de algumas condições clínicas e na manutenção ou melhoria do desempenho cognitivo. Esta revisão recapitula o conhecimento disponível sobre as interações entre o consumo de pequenos frutos e prevenção de câncer, doenças cardiovasculares, saúde intestinal e cerebral.