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SILAGEM E CASCA DE SOJA NA DIETA DE VACAS LEITEIRAS NO PERÍODO DE RESTRIÇÃO HÍDRICA

Capítulo de livro publicado no livro do II Congresso Brasileiro de Produção Animal e Vegetal: “Produção Animal e Vegetal: Inovações e Atualidades – Vol. 2. Para acessá-lo clique aqui.

DOI: https://doi.org/10.53934/9786585062039-37

Este trabalho foi escrito por:

Jéssica Coutinho Mezzomo da Silva1*; Rodrigo Schaurich Mativi Righi1; Letícia Nunes Vieira2; Yara Stefani da Silva2 ; Isis Scatolin de Oliveira2; Carlos Eduardo Avelino Cabral1; Carla Heloisa Avelino Cabral1

1Programa de Pós-graduação em Zootecnia, Universidade Federal de Rondonópolis, Rondonópolis, MT, Brasil.

2Instituto de Ciências Agrárias e Tecnológicas, Universidade Federal de Rondonópolis, Rondonópolis, MT, Brasil.

*Autor correspondente (Corresponding author) – Email: [email protected]

Resumo: A principal limitação dos sistemas de produção de leite em pastagem é a variação da taxa de acúmulo de forragem devido o déficit hídrico no período seco. O uso de suplementos volumosos e os subprodutos agrícolas são opções que evitam oscilações na produção de leite. Dentre as opções existem a silagem de milho e sorgo e a casca de soja, um subproduto fibroso. Por isso, o objetivo desta revisão é analisar o potencial da suplementação com silagem e casca de soja e suas implicações sobre o consumo, digestibilidade e desempenho na produção e composição do leite de vacas em lactação criadas em pastagem no período de escassez hídrica. O milho é considerado a cultura padrão por apresentar uma silagem com bom valor nutritivo e boa digestibilidade, contudo, o sorgo tem se mostrando uma boa opção em substituição ao milho, devido sua maior tolerância ao déficit hídrico, menor custo com adubação, possibilidade de uso de rebrota ou segunda safra de silagem. Mesmo não sendo caracterizado como volumoso, a casca de soja, considerada uma fonte de fibra fermentável, mantém o teor de fibra adequado na dieta, o que garante concentrações de acetato ruminal e teor de gordura do leite. Não foram observadas diferenças na produção e composição do leite ao comparar as silagens de milho e de sorgo. O uso de suplementos volumosos pode ocasionar uma redução de 35 minutos no tempo de pastejo. A escolha do volumoso suplementar deve considerar as características de cada sistema de produção e sua viabilidade econômica.

Palavras–chave: produção de leite; silagem de milho; silagem de sorgo; volumoso suplementar

Abstract: The main limitation of milk production systems for milk production is due to the deficit of milk accumulation in the dry period. The use of roughage supplements and agricultural by-products are options that avoid fluctuations in milk production. Among the options are corn and sorghum silage and soybean hulls, a fibrous by-product. For this reason, the objective of this review is to analyze the potential of soybean hull supplementation and its implications on consumption, digestibility and production performance and composition of milk raised on pasture during the period of water requirement. Corn is considered a standard crop because it presents a silage with good nutritional value and good digestibility, whey is expensive if it is an option to replace corn, due to its greater tolerance to water deficit, less duplication, possibility of using regrowth or second crop of silage. Even though it is not characterized as forage, soybean hulls, a source of fermentable fiber, maintain the adequate fiber content in the diet, which guarantees the fat content of ruminal acetate and the fat content of ruminal acetate. No differences were observed in milk production and composition when comparing corn and whey silages. The use of bulky supplements can lead to a 35-minute reduction in grazing time. The choice of supplementary volume must be considered as characteristics of each production system and its economic viability.

Key Word: milk production; corn silage; sorghum silage; supplementary roughage

INTRODUÇÃO

Em 2020, a produção de leite do Brasil ocupou a quinta posição mundial, antecipado pelos Estados Unidos, Índia, China e Rússia (1), com uma produção de 35,4 bilhões de litros, um aumento de cerca de 1,5% em relação ao ano anterior, conforme a Pesquisa da Pecuária Municipal – PPM 2020, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2).

Na região Central do Brasil, a maior parte da produção de leite é proveniente de animais mantidos em pastagem. A principal limitação desse sistema é a variação da taxa de acúmulo de forragem ao longo do ano, devido o déficit hídrico no período seco. O desafio torna-se compatibilizar a forragem disponível com a demanda dos animais ao longo do ano.

O uso de suplementos volumosos são opções que evitam oscilações na produção de leite. Dentre as diversas opções, as forragens conservadas são as mais utilizadas, como a silagem de milho e de sorgo, por apresentarem bom valor nutritivo, qualidade constante durante o ano e menor custo, quando comparada com alimentos concentrados.

Além das forragens conservadas, também é possível o uso de subprodutos fibrosos, como a casca de soja, que pode ser considerada como um ingrediente volumoso-concentrado, pois tem a função fisiológica de fibra vegetal e a disponibilidade de energia semelhante a um grão de cereal, podendo ser utilizada em substituição à forragem ou mesmo a ingredientes concentrados tradicionais, como o milho.

Portanto, objetivou-se com esta revisão analisar o potencial da suplementação volumosa, utilizando a silagem de milho, silagem de sorgo e casca de soja e suas implicações sobre o consumo, digestibilidade e desempenho na produção e composição do leite de vacas em lactação criadas em pastagem no período de escassez hídrica.

SUPLEMENTAÇÃO VOLUMOSA E CASCA DE SOJA NA DIETA DE VACAS EM LACTAÇÃO EM PASTAGEM

Sistemas de produção de leite em pastagens enfrentam limitações ao longo do ano devido a sazonalidade da produção de forragem. Isso ocorre porque existem períodos de maior e menor produção de forragem, que normalmente estão relacionados a fatores que limitam o crescimento, como a precipitação, temperatura, fotoperíodo e radiação solar (3). Além disso, ao longo do ciclo de crescimento das plantas forrageiras, normalmente a qualidade diminui devido à redução na participação de folhas e aumento na proporção de colmos (4).

Em situações de baixa disponibilidade e qualidade nutricional do pasto, uma alternativa para manter ou mesmo aumentar a produção de vacas leiteiras é o uso de uma combinação equilibrada de um suplemento volumoso e concentrado.

A suplementação com alimento volumoso é uma alternativa em propriedades leiteiras quando a oferta de pasto não atende as exigências nutricionais dos animais, ou quando se tem um grande número de animais e pouca área disponível para o pastejo, visando à intensificação dos sistemas de produção de leite.

Para vacas de média a alta produção, a suplementação é usada durante todo o ano, pois mesmo a pastagem sendo de boa qualidade, não é possível obter toda a energia que necessitam para atingir seu potencial produtivo. Dessa maneira, o principal objetivo da suplementação de vacas leiteiras em pastejo é aumentar a ingestão de nutrientes através do aumento da ingestão total de matéria seca (MS) e elevar a produção de leite. Como evidenciado no trabalho de (5), obteve-se maior consumo de MS e de energia nas vacas suplementadas com silagem de milho quando comparadas às não suplementadas.

Em propriedades menos tecnificadas, é comum o uso da suplementação volumosa de vacas leiteiras em pastejo somente no período da seca, momento em que ocorre redução drástica no crescimento das forrageiras. No entanto, tem-se observado que a distribuição das chuvas é irregular na região Sudeste de Mato Grosso, ocasionando “veranicos” por períodos prolongados. Neste caso, têm-se todas as condições favoráveis para o crescimento dos capins tropicais, mas falta água para atividade fotossintética, o que torna importante o uso da suplementação volumosa não somente no período da seca.

Com a previsão do consumo de matéria seca necessário para se alcançar o desempenho esperado na produção de leite, pode-se determinar a quantidade e o valor nutritivo do volumoso suplementar a ser fornecido em associação com o pasto. No entanto, o uso do suplemento deve ser realizado com critério, uma vez que o máximo retorno econômico pode não ser atingido com o melhor desempenho do animal.

 Assim, pode-se assumir que a digestibilidade, o consumo e o custo de produção do volumoso suplementar são de importância determinante para o desempenho animal, assim como para a análise integrada do sistema de produção planejado. Trabalhos conduzidos no Brasil, que avaliaram a qualidade de volumosos conservados utilizados em suplementação de animais em pastejo no período seco, mostraram que a qualidade dos mesmos não atende ao requerido para equiparar-se ao desempenho observado no período das águas.

Portanto, quanto melhor for o volumoso suplementar fornecido, maior será a economia com a utilização de alimento concentrado, que é mais oneroso. Além disso, o planejamento alimentar, seja ele destinado à produção de reservas estratégicas, estocagem ou compra de alimentos, fornece base aos produtores para manter a produção de leite, em uma época  na qual normalmente se obtém os melhores preços do leite no mercado, e obter equilíbrio na receita da propriedade, numa época em que a escassez de alimento se apresenta como principal razão da redução da produção de leite e do lucro do produtor.

Dentre as alternativas de volumosos, a utilização de forragens conservadas, principalmente na forma de silagem, é uma alternativa viável por garantir o fornecimento de forragem de alta qualidade durante o período de baixa oferta de alimento. Possibilita também propiciar um aumento na produção de leite individual e por hectare ou manter os níveis produtivos em épocas em que a oferta e a qualidade da forragem diminuem (6).

Inúmeras forrageiras podem ser utilizadas com esse propósito, entretanto o milho e o sorgo ocupam lugar de destaque. As silagens de milho (Zea mays L.) e sorgo (Sorghum bicolor) proporcionam desempenho satisfatório das vacas na produção de leite, aliado a grande produtividade de matéria seca, bom valor nutritivo e boa digestibilidade.

Além dos alimentos volumosos é possível também o uso de subprodutos fibrosos, como a casca de soja, que possui alta disponibilidade e que pode ser utilizada na dieta de vacas em lactação, visto que o Brasil tem uma produção expressiva de soja. Como a casca de soja é pouco aproveitada na alimentação de não ruminantes, torna-se um subproduto interessante para utilizar na alimentação de ruminantes, e normalmente tem preço inferior ao de concentrados energéticos ricos em amido.

O tipo de suplemento apresenta diferentes influências no consumo de matéria seca da forragem pastejada. As taxas de substituição são maiores quando se utiliza forragem conservada em comparação à suplementação com alimentos concentrados, devido a menor taxa de passagem e maior enchimento ruminal ocasionado pelo alimento volumoso (7).

Essa diminuição no consumo de pasto é denominada de taxa de substituição, calculada pela redução no consumo de matéria seca de pasto por kg de consumo de matéria seca ingerida do suplemento (8). O valor da taxa de substituição é influenciado por vários fatores, como o tipo de animal, a quantidade e qualidade da forragem ofertada, bem como o valor nutritivo do suplemento oferecido. Taxas de substituição mínimas podem ser encontradas quando o alimento suplementar possui menor valor nutritivo que a forrageira base, observando sobras do suplemento em relação à quantidade oferecida aos animais (5).

Pérez-Prieto e colaboradores (9) analisaram os efeitos do uso da suplementação com silagem de milho (0 e 8 kg de matéria seca de uma mistura 7:1 composta por silagem de milho e farelo de soja) sob o consumo de duas ofertas diárias de pasto (baixa oferta: 18 kg e alta oferta: 30 kg de matéria seca/animal, com a massa de forragem acima de 2,5 cm do solo), e observaram uma maior taxa de substituição (0,75) em maior oferta de pasto quando comparado com baixa oferta de pasto (0,51).

Segundo o modelo de (7), a taxa de substituição média do pasto por silagem de milho é de 0,8, sendo que de baixa para alta oferta de forragem, varia de 0,4 a 1,1, respectivamente. Em um trabalho de revisão de literatura, (10) também relata que as taxas de substituição do pasto pelo suplemento volumoso variam de 0,3 até 1,0 em baixa e alta oferta de forragem, respectivamente.

Diante disso, a estratégia de suplementação pode variar, permitindo desde a busca do aumento do consumo e utilização da forragem existente no pasto, até a substituição total da fonte de nutriente por um alimento volumoso suplementar disponível e economicamente viável.

FONTES ALIMENTARES PARA SUPLEMENTAÇÃO VOLUMOSA

Uma grande parte dos produtores recorrem a conservação de forragem com boa qualidade para alimentar os animais no período de maior escassez de alimentos. Isso ocorre, principalmente, devido a relação custo/benefício, pois das alternativas de suplementação, a utilização de forragem conservada na forma de silagem, é menos onerosa quando comparada aos concentrados. Entre as forrageiras mais utilizadas para produção de silagem destacam-se o milho, o sorgo, a cana de açúcar e, por fim, os capins. Embora existam várias plantas forrageiras, anuais e perenes que servem para a produção de silagem, a cultura do milho é considerada uma referência, sendo o principal volumosos empregado nos sistemas mais intensivos de produção de leite, seguido pela cultura do sorgo (Tabela 1).   

O milho é considerado a cultura padrão para produção de silagem por apresentar um bom rendimento de matéria verde, excelente qualidade de fermentação e manutenção do valor nutritivo da massa ensilada, aliado ao baixo custo operacional de produção e uma boa aceitabilidade dos animais (12).

Quando o milho é cultivado em ótimas condições de clima e de fertilidade apresenta produtividades elevadas que podem ultrapassar 50 t/ha de massa verde (13). No entanto, com o avanço nas pesquisas, pode-se encontrar híbridos com produtividades acima de 70 t/ha e bem mais adaptados as diferentes regiões do país.

Contudo, o sorgo também tem se mostrado uma boa opção em substituição ao milho, devido sua maior resistência, menor exigência em fertilidade do solo, exige menos umidade para completar seu ciclo produtivo em relação à cultura do milho, o que acarreta em maior tolerância ao déficit hídrico (14), devido ao seu denso sistema radicular. Além disso, a silagem de sorgo pode apresentar boa qualidade, assemelhar-se à do milho. Por isso, a silagem de sorgo destaca-se como um alimento alternativo ao milho, devido seu alto valor nutritivo que, de modo geral, equivale a 85% da silagem do milho.

No Brasil, as cultivares de sorgo granífero são geralmente recomendadas para produção de silagem de alta qualidade devido à maior proporção de grãos, enquanto as cultivares de sorgo forrageiro são recomendadas para alta produtividade de MS (14). O sorgo sacarino também é uma boa alternativa para produção de silagem, pois o rendimento de MS é semelhante ao do sorgo forrageiro, mas com maior teor de carboidratos (15), o que pode permitir a produção de silagens de alta qualidade.

Em seu trabalho, (16) substituíram totalmente a silagem de milho pela de sorgo e não observaram diferenças no consumo de matéria seca, produção de leite, concentrações de proteína, gordura, lactose e sólidos totais no leite e digestibilidade.

O estudo desenvolvido por (17), compararam a silagem de milho e sorgo e apesar do consumo de matéria seca ter sido maior para as vacas consumindo silagem de milho, não observaram diferenças na digestibilidade, produção de leite e utilização de nitrogênio, mesmo quando a relação volumoso:concentrado foi alta. A substituição total da silagem de milho por silagem de sorgo forrageiro proporcionou um aumento da gordura sem diferenças na proteína e lactose do leite (18).

Na pesquisa de (5), as dietas contendo silagem de milho, apresentaram o maior consumo de matéria seca, reflexo da maior digestibilidade. Com o aumento do consumo, houve também o aumento da produção, uma vez que há uma correlação positiva entre o consumo de nutrientes e a produção de leite.

Avaliando os diferentes tipos de sorgo, (19) observaram que a percentagem de gordura do leite das vacas alimentadas com silagem de sorgo sacarino foi superior em comparação àquelas alimentadas com silagem de sorgo granífero ou silagem de milho. Já para percentagem de proteína no leite, os maiores valores foram observados em vacas alimentadas com silagem de milho, valor intermediário para vacas alimentadas com silagem de sorgo sacarino e o menor valor para vacas alimentadas com o uso de silagem de sorgo granífero.

Assim, observa-se que a silagem de sorgo é uma boa alternativa à silagem de milho resultando em um desempenho satisfatório das vacas. A escolha da variedade a ser utilizada deve considerar características de cada sistema de produção e, principalmente, a viabilidade econômica de cada uma. A maior vantagem que pode se destacar da cultura do sorgo é que ela pode ser produzida na safrinha, pois possui maior tolerância ao déficit hídrico e isso implica em menos risco de quebra na produção.

Além das silagens, o uso de sub e coprodutos é comum na suplementação de vacas. Dentre as alternativas, do ponto de vista nutricional, a casca de soja é um suplemento energético, chegando a 80% do valor energético do milho (grão), porém com um alto teor de fibra. Por ser uma fonte de fibra não forrageira, a composição da casca de soja apresenta potencial de utilização na nutrição animal, possuindo características nutricionais tanto do volumoso quanto do concentrado, contendo quantidades substanciais de fibra solúvel, proteína e energia, semelhante ao que ocorre a outros subprodutos agroindustriais, como a polpa cítrica e resíduo de cervejaria. Apesar do seu alto teor de fibra, esta é altamente digestível, expressando elevado potencial quando comparado ao milho.

Os resultados encontrados na literatura indicam que apesar do elevado teor de FDN apresentado pela casca de soja, este alimento possui baixo teor de FDN efetiva (186,5 g/kg FDN), que corresponde a cerca de 28% do FDN total (20) e está associado ao reduzido tamanho de partícula deste alimento (21; 22). Em virtude dos baixos teores de lignina e grande proporção de fibra digestível a casca de soja pode substituir volumosos de alta qualidade, quando a disponibilidade destes é escassa (23).

Devido ao padrão de fermentação ruminal, a casca de soja pode ser classificada como fibra fermentável, podendo ser utilizada como fonte de energia para manter ideal o teor de fibra na dieta, mantendo concentrações de acetato ruminal e teor de gordura do leite. Estes dados mostram que a casca de soja provoca um menor efeito negativo sobre a digestão da fibra, em relação aos alimentos ricos em amido, proporcionando um desempenho semelhante ao desses alimentos (24).

EFEITO DA SILAGEM E DA CASCA DE SOJA SOBRE A PRODUÇÃO E COMPOSIÇÃO DE LEITE

A resposta produtiva de vacas leiteiras à suplementação depende do potencial produtivo do animal, quantidade e valor nutritivo do suplemento e oferta e qualidade da forragem disponível.

O volumoso corresponde a uma fração significativa da dieta de vacas leiteiras e, desta forma, pode influenciar as características físico-químicas do leite e de seus derivados. Todavia, relatos da literatura (25; 26; 17) comprovam que a utilização de diferentes volumosos na dieta de vacas em lactação pode implicar em variações do consumo, da digestibilidade de nutrientes e da produção e composição do leite.

Ao avaliar o desempenho de vacas de leite de alta produção alimentadas com cana-de-açúcar in natura, silagem de cana-de-açúcar, silagem de milho e a mistura de cana-de-açúcar in natura + silagem de milho, observou-se que os animais alimentados com dietas contendo silagem de milho apresentaram menor consumo de matéria seca (21,3 kg/dia), produções de leite numericamente maiores (25,5 kg/dia), além de maior teor de gordura no leite (36,1 g/kg), o que justifica os maiores valores de eficiência obtidos com o uso da silagem de milho (27).

Os mesmos autores afirmaram que o maior teor de gordura no leite relatado para os animais que consumiram a silagem de milho pode ter ocorrido pelo fato da fibra da silagem de milho apresentar uma digestibilidade da FDN superior a 57 %, em comparação à fibra da cana-de-açúcar. Avaliando a produção de 21 híbridos comerciais de milho para silagem (28) reportaram valores de digestibilidade da FDN que variaram entre 64,2 a 67,6 %.

Assim, a eficiência de suplementação para a silagem de milho pode variar de 0,4 a 0,8 kg de leite/kg de silagem de milho (7). No trabalho realizado por (29), vacas em pastejo não suplementadas que produziam 22,0 kg de leite/dia, ao consumirem em média 5 kg de silagem de milho passaram a produzir 24,4 kg de leite/dia, o que representa uma resposta leiteira de 0,5 kg de leite por kg de matéria seca de silagem consumida.

O estudo desenvolvido por (9), verificaram um aumento de 5,2 kg de leite para os animais em pastagem de azévem que foram suplementados com silagem de milho e farelo de soja (7:1) em relação ao tratamento sem suplementação. Esta resposta foi mais pronunciada pelo fato de o pasto apresentar baixa qualidade no momento do experimento.

Diversos trabalhos compararam as silagens de milho e sorgo e não observaram diferenças na produção de leite e composição do leite (17; 30; 25).

Trabalhando com diferentes estádios vegetativos do sorgo (25), avaliaram a silagem de sorgo na fase de emborrachamento e no estádio de grão leitoso e suas implicações sobre o consumo, produção e teor de gordura do leite em vacas holandesas, em comparação à silagem de milho. O maior consumo médio de matéria seca da silagem e da dieta total foi obtido pela silagem de milho, seguido pela silagem de sorgo na fase de emborrachamento e a silagem de sorgo grão leitoso, apresentando os valores de consumo médio da silagem de 4,93, 4,20 e 3,69 kg de matéria seca/dia, respectivamente, e valores de consumo da dieta total de 12,66, 11,43 e 10,68 kg de matéria seca/dia, respectivamente. Não houve efeito significativo do estádio vegetativo do sorgo sobre o consumo de silagem. As vacas que receberam silagem de milho produziram mais leite (15,23 kg/dia) em relação as que consumiram silagem de sorgo no estádio de grão leitoso (12,55 kg/dia), todavia as que consumiram silagem de sorgo na fase de emborrachamento não foram verificadas diferenças dos demais (14,28 kg/dia). Quanto ao teor de gordura do leite, não houve diferença significativa entre as silagens analisadas, apresentando valores de 3,62, 3,55 e 3,43 % para silagem de sorgo no estádio de grão leitoso, silagem de milho e silagem de sorgo na fase de emborrachamento, respectivamente.

Geralmente a suplementação com alimentos volumosos não afeta a porcentagem de gordura do leite (5; 9; 31) devendo-se basicamente a manutenção de um pH ruminal elevado, possibilitando a melhor fermentação da fibra e maior produção molar de acetato. Conforme (32), os principais fatores da dieta que influenciam a produção de gordura são a relação volumoso: concentrado e a concentração e perfil dos ácidos graxos da dieta.

O fornecimento de altas proporções de concentrado e casca de soja como fonte de fibra para borregos da raça Santa Inês, mostrou que a inclusão de 10 a 20 % da casca de soja em rações com 100% de alimento concentrado aumenta a ingestão de matéria seca e a digestibilidade da matéria seca, matéria orgânica, fibra em detergente neutro e fibra em detergente ácido. Entretanto, promoveu um decréscimo na digestibilidade da proteína bruta e retenção de nitrogênio (33).

Em seu estudo (34), testaram a substituição parcial da silagem de milho por casca de soja para vacas em lactação consumindo 1) ração completa contendo 18% de FDN oriunda da silagem de milho e 2) outra ração completa similar, contendo somente 12% de FDN oriunda da forragem em que a silagem de milho (16,5% da matéria seca) foi substituída por casca de soja. Observaram que a inclusão da casca de soja na ração completa de vacas em lactação como substituto da forragem, reduzindo o teor de FDN da forragem de 18 para 12% da MS, manteve a produção de leite e aumentou a produção de gordura do leite pelas vacas em lactação, mantendo o consumo de matéria seca.

EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO SOBRE O COMPORTAMENTO INGESTIVO

O uso de suplementos complementares ou ajustes na relação volumoso:concentrado são estratégias que visam um maior aporte nutricional aos animais de produção. Tais estratégias exercem influência sobre o consumo do alimento, o desempenho e a viabilidade econômica, assim como manifesta efeito sobre o comportamento ingestivo dos animais (35).

O comportamento dos ruminantes pode ser caracterizado pela sucessão de três atividades básicas: alimentação, ruminação e ócio, atividades essas que podem ser influenciadas por fatores como dieta, manejo, condições ambientais e atividade dos animais do mesmo grupo (36).

O tempo gasto pastejando parece ser o principal fator que afeta a ingestão diária e as preferências dos ruminantes na seleção de uma dieta em pastejo. Consequentemente, o tempo gasto no pastejo é de importância central para modelos de dietas ótimas, que assumem que os animais escolhem uma dieta ótima dentro de conjuntos de restrições, incluindo o tempo total de alimentação, a capacidade digestiva do animal e a taxa de ingestão (37).

Segundo (38) a natureza da dieta é responsável diretamente por influenciar o tempo despendido em ruminação, sendo que o tempo gasto provavelmente é proporcional ao teor de fibra da parede celular dos volumosos. O aumento da razão volumoso:concentrado aumenta determinados nutrientes da dieta, como a FDN, que promove o enchimento do retículo-rúmen, acarretando aumento do número de mastigações por dia, do tempo de ruminação, do tempo de mastigação por unidade de matéria seca e FDN consumida (39).

Quando o suplemento tem menor valor nutritivo que a pastagem, as vacas tendem a compensar a deficiência no consumo de nutrientes aumentando o tempo gasto em pastejo. A pesquisa realizada por (40), suplementou vacas com silagem de milho de menor valor nutritivo que a forragem base, e observou que as vacas suplementadas com silagem de milho utilizaram maior proporção do tempo em que permaneceram nos piquetes pastejando (75%) em comparação as vacas não suplementadas com acesso somente ao pasto (43%). No entanto, o tempo de pastejo foi maior para os animais não suplementados (556 min/dia) em comparação aos suplementados com silagem de milho (313 min/dia). Uma das causas desse menor tempo de pastejo para os animais suplementados é o efeito da taxa de substituição.

 Diversos trabalhos e autores afirmam que um dos efeitos da suplementação é a redução no tempo de pastejo (8; 9). Estudos anteriores afirmam que para cada kg de matéria seca de silagem consumido há uma diminuição de aproximadamente 35 minutos no tempo de pastejo (41).

A influência do consumo de fibra sobre as atividades comportamentais pode ser confirmada pelos resultados apresentados por (42), que avaliaram o comportamento ingestivo de vacas em lactação de alta produção, as quais receberam silagem de milho ou cana-de-açúcar como volumoso, e verificaram maior consumo de FDN (7,2kg/dia) no tratamento com silagem de milho em comparação a cana-de-açúcar (5,0kg/dia), consequentemente os animais do tratamento com silagem de milho apresentaram um maior tempo nas atividades de alimentação e ruminação, sendo registrados valores de 306,0 e 246,0min/dia para a atividade de alimentação e 546,0 e 438,0min/dia para a atividade de ruminação, respectivamente.

O comportamento ingestivo de vacas leiteiras alimentadas com silagem de milho ou silagem de milheto como fonte de volumoso na dieta não alteraram o tempo total de alimentação, ruminação e ócio (43).

Moraes (44) que avaliou o uso da casca de soja na ração ofertada para ovinos, observou efeito linear decrescente, indicando a redução para o tempo de ingestão, de ruminação e de mastigação, à medida que houve aumento na proporção de casca de soja. Esses resultados podem ser atribuídos à redução no tamanho de partículas da dieta com a inclusão da casca de soja.

Apesar da adição da casca de soja reduzir o tempo de mastigação, observou-se que é possível o aumento no consumo de FDN por unidade de mastigação. Isso foi confirmado por (45) e citado por (44), onde o aumento da substituição as silagens de milho e de alfafa por casca de soja, de 25 % para 42 %, reduziu a atividade de mastigação em 31 %, mas aumentou de 11 g para 16 g o consumo de FDN por minuto de mastigação, respectivamente.

EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO SOBRE A VIABILIDADE ECONÔMICA

No que diz respeito a pecuária de leite, é frequente os questionamentos sobre a lucratividade da atividade. No entanto, quando se analisa os dados dos anos anteriores sobre essa atividade, observa-se um aumento na produção de leite nos últimos dez anos devido ao aumento da produtividade das fazendas. Assim, à medida que a produção de leite aumenta, entende-se que os investimentos foram feitos para a atividade e assume-se que há retorno econômico.

Neiva (46) considerou a pecuária leiteira como um negócio e constatou a existência de um enorme potencial de agregação de valor econômico à produção. Independentemente da resposta de que “leite” é um bom negócio, ou não, o fato é que a situação atual do agronegócio brasileiro exige um produtor mais capacitado, com visão empresarial mais ampla, tomando decisões acertadas e ações efetivas. No entanto, é necessário aliar as tecnologias de produção às tecnologias de gestão. Segundo (47), a análise da atividade econômica é um forte auxílio à tomada de decisão no negócio agropecuário, necessário e indispensável ao gestor.

Do ponto de vista administrativo, (48) cita que o julgamento das operações é geralmente baseado na análise da demonstração do resultado (lucro/ prejuízo); entretanto, para realizar o julgamento econômico, é necessário ajustar os dados financeiros disponíveis para que reflitam os valores e as condições econômicas atuais.

A nutrição é um fator muito importante para o desempenho animal, sendo necessária a suplementação de volumoso de boa qualidade e baixo custo no período seco para viabilizar economicamente a pecuária leiteira.

Conforme citado por (49), uma nutrição adequada é um dos vários fatores que respondem para uma exploração leiteira eficiente, pois permite que o animal expresse seu potencial genético produtivo. Porém, quanto mais produtivo, mais exigente é o animal em relação à nutrição. Segundo (38), vários fatores influenciam o valor bioeconômico da forragem, como: valor nutricional, capacidade agrícola e produtividade da região, clima, nível de produção dos animais, custos de produção e disponibilidade de recursos financeiros, disponibilidade e custo de dietas concentradas, capacidade de gerenciamento de riscos e conhecimento dos produtores.

Nussio e colaboradores (50), realizaram uma simulação de sistemas de produção com volumosos suplementares (silagens de milho e sorgo), em pastagens tropicais (exclusiva ou pasto diferido), com o objetivo de decompor o custo de produção dos volumosos suplementares. Para as silagens de culturas anuais, cerca de 50% dos custos acumulados foram representados por fertilizantes e custos associados com o processo mecanizado de ensilagem (colheita e transporte). Essa informação reitera a necessidade de profissionalização na compra desses insumos e serviços, quando se busca redução nos custos unitários desses volumosos.

A análise conjunta de variáveis relativas aos custos, alterações na taxa de lotação e de produção de leite de vacas em lactação tem sugerido que a tomada de decisão pela opção de volumoso suplementar mais apropriado não deve se basear exclusivamente no menor custo por litro de leite produzido, mas preferencialmente na maior receita líquida prevista por unidade de área explorada na propriedade. Esse conceito vem substituindo raciocínios tradicionais de “mínimo custo”.

Diante disso, surge uma questão envolvendo essas estratégias, que é determinar como a forragem suplementar deve ser introduzida no sistema, compatibilizando-a com a disponibilidade de área da propriedade, com demanda adequada por mão-de-obra e de forma operacionalmente viável (51).

CONCLUSÕES

O uso da suplementação volumosa para vacas leiteiras à pasto no período de déficit hídrico permite aos produtores manter ou até mesmo elevar a produção de leite em uma época com escassez de alimento e que proporciona os melhores preços do mercado.

O uso de forragens conservadas na forma de silagem e de subprodutos fibrosos são alternativas com bom valor nutritivo e boa digestibilidade, mas que devem ser ajustadas, em função das características da forragem e requerimento nutricional para a produção de leite almejada. Ainda, o contexto econômico e comercial deve ser considerado no planejamento da atividade.

REFERÊNCIAS

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