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FORMAS FÍSICAS DE RAÇÕES PARA AVES: REVISÃO DE LITERATURA

Capítulo de livro publicado no livro do II Congresso Brasileiro de Produção Animal e Vegetal: “Produção Animal e Vegetal: Inovações e Atualidades – Vol. 2. Para acessá-lo clique aqui.

DOI: https://doi.org/10.53934/9786585062039-42

Este trabalho foi escrito por:

Lorrayne Moraes de Paulo*1; Alison Batista Vieira Silva Gouveia1; Allan Gabriel Ferreira Dias1; João Marcos Monteiro Batista1; Júlio César Lopes Brasileiro1; Fayane Morais Vieira2; Cibele Silva Minafra2

*Autor correspondente (Corresponding author) – Email: [email protected]

1Departamento de Zootecnia, Escola de Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás.

2Departamento de Zootecnia, Instituto Federal Goiano Campus Rio Verde, Rio Verde, Goiás.

Resumo: A alimentação e o processamento dos ingredientes tornam-se fundamental para garantir benefícios e diminuir fatores anti-nutricionais como os encontrados no farelo de soja, consequentemente melhorando o desempenho dos animais monogástricos.  Além disto, representa impactos nos custos de produção e quando realizada de forma errônea interfere no desempenho a campo. É necessário conhecer a fisiologia, anatomia e hábitos dos animais para fornecer rações que atendam exatamente as exigências e tenham palatabilidade e aceitabilidade. Utilizar processos físicos e térmicos como o peletização, extrusão e expansão na fabricação de rações visam reduzir o hábito das aves em selecionar alimentos, diminuir o desperdício e aumentar a disponibilidade de nutrientes presentes na ração, além de favorecer a diminuição dos fatores antinutricionais, os quais podem afetar o desempenho zootécnico dos animais. Objetivou-se através desta revisão de literatura mostrar quais são os principais tipos de processamento (peletização, expansão, extrusão e desestruturação) que são utilizados na fabricação de rações para aves e sua influência no desempenho.

Palavras–chave: avicultura; digestibilidade; farelada; finos; granulometria.

Abstract: Feeding and processing of ingredients become essential to ensure benefits and reduce anti-nutritional factors such as those found in soybean meal, consequently improving the performance of monogastric animals. In addition, it represents impacts on production costs and, when performed incorrectly, interferes with field performance. It is necessary to know the physiology, anatomy and habits of animals to provide feeds that meet exactly the requirements and have palatability and acceptability. Using physical and thermal processes such as pelleting, extrusion and expansion in the manufacture of rations aim to reduce the birds’ habit of selecting food, reduce waste and increase the availability of nutrients present in the ration, in addition to favoring the reduction of anti-nutritional factors, which can affect the zootechnical performance of animals. The objective of this literature review was to show which are the main types of processing (pelleting, expansion, extrusion and destructuring) that are used in the manufacture of poultry feed and their influence on performance.

Key Word: poultry farming; digestibility; mash; thin; granulometry.

INTRODUÇÃO

A avicultura de corte e postura do Brasil é uma das atividades agropecuária da cadeia produtiva que mais se destaca no campo da produção animal nos últimos anos. O Brasil em 2021 produziu cerca de 14,329 milhões de  toneladas de carne de frango, e exportou cerca de 4,610 milhões de toneladas de carne(1).

A alimentação representa cerca de 70% dos custos de produção na avicultura, tornando-se principal foco de estudo para zootecnia, que busca alternativas para aliar a redução dos custos da dieta com benefício aos animais, à satisfação do mercado consumidor e reduzindo danos ao meio ambiente gerado pela excreção das aves(2).

Portanto, com todos os avanços obtidos na genética, manejo, sanidade e principalmente na nutrição de aves(3), têm se a necessidade de se obter formas físicas variadas das rações, que possam atender as necessidades produtivas e vitais destas aves. Processar uma ração ou ingredientes para que possa obter diferentes formas físicas, podendo ser oriunda da produção sob altas temperaturas e pressão, com presença ou ausência de água, por um curto período(4).

 Os processamentos utilizados são peletização, extrusão ou expansão a fim de promover as diferentes formas físicas. As vantagens e desvantagens do processamento podem influenciar nos diversos níveis de produção, desde a fábrica de ração propriamente dita até o rendimento dos animais(5). O processamento das rações por peletização, extrusão e expansão são consideradas como uma técnica que visa aumentar a digestibilidade dos nutrientes utilizados em rações para aves, por auxiliar no aumento da eficiência alimentar(6). Objetivou-se com está revisão evidenciar as diferentes formas físicas das rações utilizadas na avicultura de corte e postura e como estas podem influenciar no desempenho animal.

PROCESSAMENTO DE RAÇÕES

No processamento de rações, há várias atividades que são realizadas desde o recebimento dos ingredientes, avaliação de sua qualidade, estocagem, finalizado com o preparo da ração propriamente dita. Todas as atividades que ocorrem durante o processamento e confecção da ração têm como finalidade produzir alimento que atenda às necessidades nutricionais das aves proporcionando o ambiente adequado para que estes animais possam expressar todo o seu potencial genético(7).

Na fabricação de rações a escolha do tipo de processamento que será realizado e da forma física das rações vai depender do estado fisiológico, idade e, o potencial animal. As formas físicas de rações utilizadas na alimentação são: fareladas, peletizadas, extrusadas, expandidas(8). As diferenças nestas formas poderão ser mantidas ou desestruturadas para adequação a idade dos animais. Basicamente a diferença entre os processamentos são o tamanho da partícula, aglomeração, misturas, tratamento por calor, pressão e mudanças nas estruturas do amido, proteínas e gorduras(5).

No processamento de rações para aves, o grau de moagem dos seus ingredientes, mostra-se como um dos fatores de maior importância, quanto mais finamente moídos, maior é o custo de produção, devido ao maior consumo de energia e ao tempo de moagem. Pois a forma da ração e o tamanho médio das partículas dos cereais são fatores que merecem atenção quando da fabricação de rações para aves de acordo com as diferentes fases de criação(9). A redução do tamanho das partículas é uma prática relativamente simples e ajuda na mistura das rações, no entanto, existem limites práticos para a redução do tamanho das partículas, de modo que o tamanho da partícula não interfira no desempenho ou na disponibilidade de nutrientes(10).

O tamanho das partículas do alimento juntamente com sua forma física influência na velocidade de passagem da digesta pelo trato gastrintestinal(11,12), sendo a velocidade de partículas maiores mais lenta do que a de partículas menores, sendo assim o tamanho da partícula das dietas peletizadas possuem taxa de passagem mais rápida do que a das fareladas(13).Podendo influenciar também na utilização de nutrientes(14), desempenho de crescimento(15), desenvolvimento do trato digestivo(16) e perfil da microbiota(17).

Outro processo que influência no custo de produção de rações, é o processamento térmico, utilizado para retirar fatores antinutricionais de alguns alimentos. O aumento da intensidade do processamento térmico influência no desempenho das aves devido ao maior consumo e melhor aproveitamento dos nutrientes presentes na dieta fornecida a estes animais(6). A utilização de processos térmicos na fabricação de rações, como a peletização e extrusão, acarretam a mudança da estrutura dos carboidratos, auxiliando na melhoria da utilização destes carboidratos na dieta de aves. Esta mudança em sua estrutura ocorre porque os grânulos de amido sofrem gelatinização e fusão pela ação do calor e umidade(18).

Segundo Meurer et al.(19) na formulação e confecção de uma dieta, além do balanço nutricional, deve-se realizar o seu processamento adequado, de modo a apresentar as propriedades físicas desejáveis desta ração, as quais permitam o seu rápido consumo pelos animais, para proporcionar o melhor desempenho.

De acordo com Melo et al.(5) o processo oferece algumas desvantagens, como fluxo de produção mais complicados, necessitando maior atenção dos operadores e do controle de qualidade e destruição ou prejuízo parcial de alguns nutrientes e componentes da dieta, em especial das vitaminas provocando necessidade de superdosagens.

RAÇÕES FARELADAS

Rações produzidas industrialmente para aves contêm um maior número de ingredientes que precisa ser misturado de forma homogênea(20). Devido às demandas de qualidade e a estrutura das matérias primas atualmente mais de 75% dos ingredientes devem ser moídos. O processo de redução de partículas é junto com a mistura e peletização, um dos processos-chave em uma fábrica de ração moderna. Esse processo reduz a dispersão dos ingredientes(21).

A moagem é o segundo maior consumidor de energia elétrica de uma fábrica de rações. Portanto, é de extrema importância que o processo de moagem seja corretamente dimensionado e operado de maneira eficiente.

A redução do tamanho das partículas visa obter a granulometria necessária para atender os requisitos nutricionais e do sistema digestivo do animal, uma estrutura mais uniforme possível de maneira a obter homogeneidade requerida no processo de mistura posterior, a granulometria necessária de maneira a atingir uma qualidade aceitável da ração(8). Após o processo de moagem os ingredientes são misturados, assim temos as rações fareladas. Esta pode ser usada diretamente na alimentação de aves ou utilizada para os outros processamentos, e assim dar origem a novas formas físicas destas rações(22).

Segundo Oliveira et al.(23) estudos evidenciam a influência do tamanho da partícula e forma física do alimento na ingestão, fisiologia do trato gastrointestinal e no desempenho das aves. A granulometria correta no processo de moagem é um fator chave para se alcançar um bom desempenho dos animais no campo. Uma moagem muito fina pode causar problemas de saúde nos animais, menor desenvolvimento dos órgãos do trato gastrointestinal (TGI), principalmente da moela, já que esse órgão possui uma poderosa contração muscular, onde se realiza a diminuição das partículas da ração.

A moela exerce uma pressão de moagem nos alimentos de 585 kg/cm2. Quando tal moagem é realizada em moinhos com granulometria finas, isso tem efeito negativo sobre o tamanho e função da moela e intestino. Nestas condições a moela funciona como um canal de transporte, em vez de órgão de moagem. Quando a moela está bem desenvolvida, poucas partículas de granulometria chegam ao intestino delgado, e com isso uma melhor utilização dos nutrientes pelos animais(24).

Segundo Zaefarian et al.(25) aves alimentadas com rações com granulometria maiores estimulam o desenvolvimento e a atividade da moela, aumenta o tempo de passagem do alimento pelo TGI através da moela, aumentando o tempo de exposição de nutrientes as enzimas digestivas, o que por sua vez, pode melhorar a utilização de energia e a digestibilidade de nutrientes, contribuindo para melhor utilização dos nutrientes e diminuindo o pH estomacal.

Um menor pH pode aumentar a atividade da pepsina e melhorar a digestão de proteína, consequentemente reduzindo os riscos de coccidiose, a qual e causada por espécies do gênero Eimeria, podendo causar lesões no epitélio intestinal, prejudicando a digestão e absorção de nutrientes, reduzindo o desempenho zootécnico e a eficiência alimentar das aves, tornando-se uma das doenças infecciosas de maior importância econômica na cadeia avícola(26).

As partículas menores influenciam outros órgãos do TGI, podem diminuir o tamanho e o peso do intestino delgado(27). Além dos requisitos fisiológicos dos animais, o tamanho da partícula é importante para as próximas etapas da produção. A moagem facilita a mistura dos ingredientes. Na moagem fina se tem uma maior área de superfície específica, fazendo que o material absorva uma maior quantidade de água durante o processo de peletização, isso aumentara o grau de gelatinização do amido o que leva uma melhor qualidade do pellet (28).

Para verificar a qualidade da granulometria no processo de moagem, é realizado teste de diâmetro médio geométrico das partículas (DGM), que verifica com exatidão a distribuição do tamanho das partículas(29). Existem algumas desvantagens em se utilizar uma dieta farelada para aves de corte dentre elas: dificuldades na manipulação e mistura de ingredientes, escolha do tamanho das partículas dos alimentos utilizados na fabricação da ração, excesso de pó, e perda de microcomponentes.

Analisando a anatomia e fisiologia das aves deve-se ressaltar que as aves de modo geral têm dificuldade de consumir partículas grandes ou muito pequenas quando comparadas com o tamanho de seus bicos, além de que frangos de corte ainda jovens são capazes de identificar pequenas diferenças de tamanho entre as partículas, possuindo preferência por partículas maiores, o que interfere em seu desempenho inicial, e em todo o seu desempenho produtivo durante o seu ciclo de vida. Avaliar a granulometria dos ingredientes que compõem uma ração passa a ser um ponto importante para a realização de pesquisas que possam elucidar quais seriam as melhores granulometrias e o melhor processamento a ser utilizado(30).

RAÇÕES PELETIZADAS

Um dos objetivos da peletização é formatar a ração preparada no misturador em pellet cilíndrico e compacto. Isso é realizado através do condicionamento por vapor prévio e uma compactação posterior. A peletização consiste no tratamento térmico mais utilizado na produção de rações para frangos. A peletização aglomera as partículas grossas e finas dos ingredientes moídos, gerando aumento na ingestão de alimentos e consequentemente uma maior eficiência alimentar, impossibilitando a seleção de alimento pelas aves(8, 31)

A peletização é o processamento de menor custo do equipamento comparada com extrusoras e expanders, dessa forma é a técnica mais utilizada e com maiores números de estudos sobre o processamento.

No processo de peletização é adicionado o calor, umidade e pressão mecânica. Esses três fatores causam alterações química e física no alimento, como a gelatinização do amido, desnaturação parcial de proteínas, inativação de fatores antinutricionais presentes em alguns ingredientes. A ruptura da parede celular de ingredientes vegetais no processo de peletização também proporciona maior acessibilidade das enzimas digestivas aos nutrientes. Porém, esse a peletização pode ser prejudicial à estabilidade das enzimas exógenas e vitaminas(32).

A qualidade física do pellet é um fator crítico para otimizar a eficiência alimentar e desempenho do frango de corte. Alguns parâmetros podem influenciar essa qualidade, como matéria prima (característica física, química, preparação da massa e uso de aglutinantes), controle do processo (condicionamento do vapor, ajuste da capacidade, retorno de finos e adição de líquidos) e equipamento (velocidade periférica da matriz, configuração da matriz, configuração dos rolos e a distância entre rolos e matriz)(6).

A matéria prima é fator que mais influência na qualidade do pellet. O amido é o ingrediente principal dos cereais e é vital para a fonte de energia na alimentação animal. A mudança de solubilidade do amido ocorre pelo aumento da temperatura havendo transformação da estrutura naturalmente cristalina para a estrutura em gel facilitando o ataque das enzimas ao tornar grânulos excessivamente inchados a ponto de se romperem quando submetidos à temperatura superiores a 70°C(33).

De acordo com Melo et al.5 a presença de água é um pré-requisito para o processo de gelatinização. Para ser eficaz como aglutinante o amido deve ser pré-gelatinizado na superfície das partículas. Além dos fatores diretamente relacionados aos nutrientes a gelatinização do amido contido nos alimentos provoca um efeito fisiológico nas aves aumentando o tempo de esvaziamento gástrico, reduzindo o trânsito de passagem do bolo alimentar resultando melhor digestão e absorção dos demais nutrientes.

Como a gelatinização do amido, o processamento também resulta na desnaturação de proteínas, favorecendo a digestão e absorção de aminoácidos devido ao desenrolamento das proteínas contidas nos alimentos resultando em perda da forma globular tridimensional, a partir do rompimento das ligações iônicas, dissulfidicas, de hidrogênio e as forças de Van der Waals, responsáveis pela manutenção da estrutura. Essas reações proporcionam uma melhoria na qualidade da ração, por possuir propriedades adesivas que afetam positivamente na dureza dos pellets.

A presença de açúcares simples (mono e dissacarídeos) aumenta o consumo de energia elétrica, devido a maiores fricções dos rolos em contato com a matriz. No entanto, os açúcares têm efeito favorável sobre a qualidade dos grânulos, porque durante o resfriamento ocorre a recristalização e estabelecimento de sólidos.

As fibras ou também chamadas de PNAs (polissacarídeos não amiláceos) podem ser divididas em insolúvel e insolúvel em água(34). Esta divisão é muito útil, quando tentamos explicar o funcionamento do processo de peletização. As fibras solúveis em água (glucanos, arabinoxilanos e pectinas) aumentam a aderência da massa, resultando um pellet mais firme, com maior dureza. As fibras insolúveis em água, devido a presença da lignina, tornam-se mais resistentes ao processo, necessitando de uma maior retenção de material na matriz, reduzindo o fluxo.

Além de melhorar a solubilidade do amido, a peletização pode solubilizar parte da fração das fibras nas dietas, aumentando a viscosidade das digestas no intestino delgado capaz de aumentar o peso do fígado das aves na fase inicial de desenvolvimento, e reduzir o tempo que alimento permanece na moela, com redução do peso da moela intestino, quando comparamos com dietas fareladas(5).

As gorduras atuam como lubrificantes entre as partículas e as paredes da matriz e entre as próprias partículas, resultando em uma menor fricção e, assim diminuindo a pressão da matriz. Gordura devido sua natureza hidrofóbica inibem as ligações de outros componentes, isto é, amido, proteína e fibras. Uma alta inclusão de gordura nas dietas (acima de 6,5%), afeta a qualidade do pellet, por outro lado, há uma diminuição nos desgastes dos equipamentos e aumenta o fluxo de produção(35).

Dependendo da finalidade a que se destina a ração, a qualidade pode ter diferentes aspectos. Os parâmetros de qualidade são definidos segundo essa finalidade, entre os parâmetros podemos analisar dureza do pellet, comprimento, diâmetro do pellet, densidade, peso específico, valor nutritivo, atividade de água, aparência, gosto aderência e germes patogénicos(36).

Com o processo de peletização, a ração torna-se mais digestível, após sofrer aquecimento prévio sendo eliminada a possibilidade de desmistura no transporte a granel, no manuseio e na estocagem. Alguns estudos mostram que rações peletizadas favorecem o consumo, a eficiência de retenção de energia metabolizável aparente e principalmente a retenção de gordura. Isso explica por que aves alimentadas com rações peletizada tem maior deposição de gordura abdominal. A ração peletizada favorece o consumo, assim como reduzir taxa de passagem, aumentando a absorção de nutrientes pelas aves, consequentemente um maior ganho de peso. Estudos mostram uma melhor conversão alimentar(31).

O peso relativo da moela e do intestino delgado diminui quando as aves são alimentadas com rações fareladas, comparadas com rações peletizada. Uma moela desenvolvida estimula a mobilidade intestinal aumentando os níveis de liberação de colecistoquinina o que estimula a secreção pancreática e de enzimas digestivas.

Além dos benefícios nutricionais, a peletização entra nas fabricas de rações com um adicional de higienização. Para melhorar a condição bacteriológica da ração, a ração farelada passa pelo condicionado em condições definidas de temperatura e tempo de retenção. Isso acontece através da utilização de um condicionador adicional ou dos chamados redentores. Nesses casos a definição de condicionamento é substituída pelo termo higienizador(37). Ocorre à destruição ou inativação dos microrganismos patogénicos na ração, que são sensíveis a altas temperaturas, como é o caso da Salmonella, que tem dentro de uma fábrica de ração condições ideais para propagação (temperatura e umidade) (38).

Para que a higienização seja efetiva pela peletização, deve haver intensidade no processo, duração da exposição ao calor, um nível de umidade na ração a ser tratada. A temperatura de condicionamento deve ser acima de 80°C. O tempo de retenção de até 240 segundos, dependendo da contagem de bactérias e da segurança do processo(39).

O condicionador é um equipamento extremamente importante no processo de peletização.  No passado o objetivo do condicionamento era principalmente mudar as propriedades físicas e química da ração farelada por meio do aumento da temperatura e umidade. Como consequência, isso tem uma influência positiva no processo de peletização(31).

Hoje o condicionamento por vapor se tornou mais importante que nunca. Por um lado, contribuindo para um processo de peletização mais eficiente, na medida em que a qualidade e o consumo de energia elétrica são tópicos importantes. Por outro lado, o condicionamento fornece as condições ideais para um tratamento térmico de rações animais de maneira a controlar a contagem total de germes patogênicos(37).

Além dos benefícios já citados, a peletização melhora a taxa de conversão alimentar, o animal tem digestão mais lenta; melhoria na palatabilidade com o efeito de tostagem; estrutura modificada da ração, físico e químico; menos mão de obra no arraçoamento, utilizando a automatização; menor volume de armazenagem; melhor fluidez, descarga facilitada; menor risco de formar pontes nos silos; maior vida útil; menor risco de segregação e contaminação; utilização de ingredientes mais baratos. Esse processamento onera o custo das rações, porém com rações processadas o ato das aves em selecionar partículas maiores e melhor aproveitamento do tempo dos animais dos animais para alimentação quando comparadas com as fareladas(5).

Segundo Yan et al.(40) frangos de corte alimentados com dietas peletizadas tiveram melhor desempenho devido ao maior consumo de ração e redução do desperdício, além do efeito da granulometria ter variado de acordo com a forma física da dieta.

Silva et al.(41) verificaram que frangos de corte de um a 42 dias de vida alimentados com dietas peletizadas preparadas com granulometria de 650 micrômetros e teor de umidade de 1,6% obtiveram maior coeficientes de digestibilidade ileal de aminoácidos e de energia metabolizável aparente corrigida pelo balanço de nitrogênio durante todo período experimental.

Fasuyi & Odunayo(42) concluíram que a peletização de rações de frangos de corte na fase inicial proporcionou melhor taxa de crescimento das aves, melhor consumo de ração e eficiência alimentar. A peletização também melhorou as características de carcaça das aves e não influenciou os índices hematológicos e bioquímicos sanguíneos. Esperava-se que o custo da peletização das dietas iniciais de frangos trouxesse o custo extra para a produção, mas culminasse em um melhor retorno líquido total por ave, o que se traduziu em maior lucratividade para aves alimentadas com dietas peletizadas na fase inicial de produção.

Fávero et al.(43) concluíram que a dieta micropeletizada com diâmetro de 1,8 mm influenciou o consumo de ração dos perus na primeira semana de idade e atrasou o desenvolvimento da moela e do intestino delgado. Portanto dietas desintegradas são mais adequadas para o período de 1 a 14 dias de idade.

 Já avaliando a digestibilidade de perus Fávero et al.(44) que perus na fase inicial alimentados com dietas peletizadas com diferentes tamanhos de partículas não tiveram sua digestibilidade de nutrientes influenciada pela forma física da ração. Porém a moagem do milho com tamanho médio da partícula maior que 380 micrômetros melhora a digestibilidade dos nutrientes da matéria seca, nitrogênio e gordura bruta de perus na fase inicial.

RAÇÕES EXPANDIDAS

A tecnologia da expansão em ração tem como objetivo principal melhorar a qualidade do pellet. A expansão inclui o condicionamento com vapor, que hidrata e aquece o alimento, e um expander, que produz calor adicional antes da granulação(39).

O processo de expansão é a combinação de umidade, temperatura e pressão em um pequeno espaço de tempo sem alterar a forma física e desta ração. Este tipo de processamento é utilizado para a fabricação de rações sem a necessidade de reduzir o tamanho da partícula, um fator que afeta o desempenho de frangos de corte(5).

Existem divergências quanto à melhoria da absorção dos nutrientes quando as rações são somente expandidas, Röhe et al.(45), verificaram que existe a possibilidade de rações que são submetidas  a processos térmicos possam resultar em utilização reduzidas de nutrientes, pois ao comparar rações fareladas e expandidas são observadas maior superfície de contato das vilosidades do intestino e maior transporte de glicose ativo no jejuno de galinhas alimentadas com dietas fareladas.

O processamento de alimentos por temperatura, pressão e umidade causa alterações físicas no amido, promovendo a chamada “gelatinização”, que é a liberação da amilose e da amilopectina, bem como a ruptura da parede celular dos vegetais, facilitando a digestão enzimática do amido. A gelatinização pode ainda ser definida como a destruição irreversível da condição cristalina do grão de amido, de modo que a superfície de toda molécula fique acessível ao ataque de reagentes, solventes e enzimas(5).

De acordo com Muramatsu et al.(32), a solubilidade das proteínas em KOH foi diminuída e a taxa de gelatinização do amido foi aumentada, quando a ração foi submetida ao processo de expansão, porém o maior espaçamento entre rolos pode aumentar o coeficiente de atrito e força de pressão sobre a alimentação antes de sua entrada no canal, o que aumenta a ruptura dos grânulos de amido (maior grau de gelatinização do amido) e desnaturação da proteína (menor solubilidade proteica em KOH).

Pois o processo de expansão aumenta a velocidade enzimática das amilases, que são responsáveis pela hidrólise da molécula de amido em carboidratos mais simples e solúveis, fazendo com que seja absorvida maior quantidade de água, o que promove aumento no coeficiente de digestibilidade e, consequentemente, melhora o ganho de peso e a conversão alimentar de frangos de corte(45)

Ingredientes ricos em fibra também recebem alguns benefícios com a expansão. Estudos demonstram diminuição de fibra bruta nas rações expandidas, resultando em uma maior digestibilidade da matéria seca, energia bruta e proteína bruta do alimento, comprovando que o processo de extrusão é eficaz em solubilizar moléculas como polissacarídeos não amiláceos, reduzindo fatores antinutricionais da fibra na digestão de monogástrico(5).

O calor excessivo durante os tratamentos hidrotérmicos é causa de significativas perdas nutricionais. Deve-se ter alguns cuidados referentes à temperatura aplicada no processo de expansão, estudos mostram que uma redução linear dos níveis de energia metabolizável aparente (EMAn) em rações que receberam temperatura de expansão de 80, 100, 120, 140°C, respectivamente. Os animais na fase inicial alimentados com rações expandidas em temperaturas de 80 e 100 °C maximizam o aproveitamento energético, enquanto os que se alimentaram com rações expandidas a 120°C tiveram altas perdas energéticas, e as moléculas de amido também sofreram processo de deterioração e provavelmente tornaram a proteína menos solúvel(46).

Estudos sobre a tecnologia de tratamento hidrotérmico conhecida como expansão são escassos na literatura no Brasil. Poucas empresas, até o momento, utilizam essa tecnologia para produção de rações avícolas, contrariamente às concorrentes internacionalmente conhecidas. Silva et al.(41) concluíram que o processo que expansão auxilia na qualidade dos pellets produzidos e auxilia na melhora da conversão alimentar de frangos de corte de um a 42 dias de vida.

RAÇÕES PELETIZADAS-EXPANDIDAS

Rações expandidas peletizadas podem possuir maior qualidade dos pellets, pois podem reduzir fungos e bactérias patogênicas que estão presentes nas rações, além de aumentar de forma significativa a digestibilidade e a energia metabolizável (47).

López & Baião(48) concluíram que não foram observadas diferenças entre o peso dos frangos que receberam as rações com granulometria grossa e processadas, e as aves alimentados com as rações fareladas e granulometria grossa foram significativamente mais leves em relação aos frangos dos outros tratamentos. Contudo, o consumo de ração não foi influenciado pela granulometria. Sendo observado efeito da interação granulometria e forma física da ração para conversão alimentar e viabilidade. Estes mesmos autores observaram diferença de peso do fígado somente entre as rações farelada e expandida granulada com granulometria média e nas rações com granulometria grossa os pesos foram semelhantes.

Lima et al.(46) verificaram que diferentes temperaturas de expansão melhoraram o desempenho de frangos de corte de acordo com a idade das aves, sendo que rações expandidas com temperatura de 80 a 100ºC as que apresentaram os melhores valores de energia metabolizável corrigida (EMAn) para frangos com idade entre 15 e 19 dias (fase inicial), enquanto para idade de 31 a 35 dias (fase crescimento) foi de 120º C.

RAÇÕES EXTRUSADAS

O processo de extrusão pode ser definido como uma etapa de processamento industrial da matéria-prima sólida, a qual junta num único equipamento várias operações unitárias e modificações físico-químicas (49). A extrusão é um processo considerado caro devido ao custo do equipamento, mão de obra e produção de ração, a principal diferença em relação à peletização é a temperatura alcançada. É um processo de cozimento sob pressão, umidade e alta temperatura, havendo hidratação do material, mistura, tratamento térmico, gelatinização do amido, desnaturação das proteínas, destruição dos microrganismos e de alguns componentes tóxicos(50).

De acordo com Silva et al.(51) o processo de extrusão pode ser promovido através da utilização de um pistão, de um conjunto de rolos ou de parafuso(s) para forçar o material, normalmente através de uma abertura estreita para chegar à forma desejada.

De acordo com Rahman et al.(52) o desempenho da digestibilidade de aves alimentadas com dietas extrusadas pode ser influenciado pelas variações nas técnicas de processamento e nas condições de extrusão. Para obter a máxima digestibilidade dos nutrientes e o desempenho das aves, as condições de extrusão devem ser mantidas em níveis padrão.

Segundo Liao et al.(53) este processamento e amplamente utilizada no campo da fabricação de rações, pois pode alterar o teor de nutrientes na ração, reduzir o número de fatores antinutricionais, melhorar a condição de higiene da ração e melhorar a eficiência na utilização de nutrientes pelos animais, pois a extrusão causa maior modificação nos carboidratos e proteínas, pois esses processos envolvem temperaturas de até 150ºC(54).

Furlan et al.(55) concluíram que o processamento de rações por extrusão provoca transformações físicas principalmente nos grânulos de amido, provocando uma mudança estrutural, favorecendo, consequentemente, a ação enzimática. Quando submetido ao calor úmido, o grão de amido absorve água, expande-se, exsuda parte da amilose, ocorrendo rupturas das ligações secundárias do hidrogênio que prendem a cadeia do polímero, tornando-se mais susceptível à degradação enzimática(42).

Segundo Ahmed et al.(56) a extrusão do farelo de canola utilizado em dietas de frangos de corte aumentou a digestibilidade aparente da proteína bruta, aminoácidos, energia bruta e energia metabolizável e reduziu o teor de fibra bruta.

Alsaftli et al.(57) concluíram que a utilização de 20% de soja extrusadas na alimentação de perus fêmeas influenciou nos parâmetros bioquímicos do sangue reduzindo o colesterol, triglicerídeos e LDL das aves e não influenciou no desempenho de perus fêmeas durante todo o período.

CONCLUSÕES

Processamento das rações visam um incremento da digestibilidade, uniformidade das partículas, melhorando a qualidade microbiológica devido ao processo térmico influenciando diretamente no desempenho animal, melhorando as características zootécnicas como ganho de peso, conversão alimentar e viabilidade.

REFERÊNCIAS

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