Back

COMPOSIÇÃO DE PIMENTA ROSA (Schinusterebinthifolius Raddi), ATIVIDADES BIOLÓGICAS, ENCAPSULAMENTO E APLICAÇÕES EM ALIMENTOS: UMA REVISÃO

Capítulo de livro publicado no livro do II Congresso Brasileiro de Produção Animal e Vegetal: “Produção Animal e Vegetal: Inovações e Atualidades – Vol. 2. Para acessá-lo clique aqui.

DOI: https://doi.org/10.53934/9786585062039-72

Este trabalho foi escrito por:

Tatiane Jéssica Siebeneichler*; Eduarda Caetano Peixoto; Bruna da Fonseca Antunes; Vanessa Galli; Cesar Valmor Rombaldi

Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA) – (UFPel)

*Autor correspondente (Corresponding author) – Email: [email protected]

Resumo: A pimenta rosa é uma planta com ampla distribuição geográfica, com diversidade de compostos bioativos e atividades biológicas comprovadas. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo compilar informações da literatura sobre a composição, as propriedades e as possibilidades de encapsulamento e aplicações em alimentos da pimenta rosa (Schinus terebinthifolius Raddi). A pesquisa bibliográfica e descritiva foi realizada nas seguintes bases de dados: Science Direct, Web of Science, Scopus e Google Acadêmico. Inúmeros estudos têm sido realizados para caracterizar e isolar os principais compostos bioativos da pimenta rosa. Os resultados indicam que os frutos, as folhas e as cascas dessa planta apresentam em sua composição diversos compostos, como flavonoides, bioflavonoides, ácidos fenólicos, taninos, terpenoides e óleos essenciais, que conferem importantes atividades biológicas. Várias técnicas de encapsulação têm sido estudadas para proteger os compostos e potencializar as atividades biológicas da pimenta rosa. A liberação controlada dos compostos é uma funcionalidade chave que pode ser fornecida pela encapsulação. No entanto, sua aplicação em alimentos tem sido pouco explorada e representa uma área de oportunidade para novas pesquisas. Esta revisão fornece uma visão geral atualizada dos principais compostos bioativos de pimenta rosa, técnicas de encapsulação estudadas e aplicação potencial em produtos alimentícios.

Palavras–chave: antimicrobiano; antioxidantes; extratos; óleos essenciais; compostos fenólicos

Abstract: Pink pepper is a plant with wide geographic distribution, with a diversity of bioactive compounds and proven biological activities. In this sense, the present work aimed to compile information from the literature on the composition, properties and possibilities of encapsulation and applications in foods of pink pepper (Schinus terebinthifolius Raddi). Bibliographic and descriptive research was carried out in the following databases: Science Direct, Web of Science, Scopus and Google Scholar. Numerous studies have been carried out to characterize and isolate the main bioactive compounds of pink pepper. The results indicate that the fruits, leaves and bark of this plant have in their composition several compounds, such as flavonoids, bioflavonoids, phenolic acids, tannins, terpenoids and essential oils, which confer important biological activities. Several encapsulation techniques have been studied to protect the compounds and potentiate the biological activities of pink pepper. Controlled release of compounds is a key functionality that encapsulation can provide. However, its application in food has been little explored and represents an area of ​​opportunity for further research. This review provides an up-to-date overview of the main bioactive compounds in pink pepper, encapsulation techniques studied, and potential application in food products.

Key Word: antimicrobial; antioxidant; extracts; essential oils; phenolic compounds

INTRODUÇÃO

A Schinus terebinthifolius Raddi, é uma planta perene, nativa do Brasil. Devido ao seu caráter de invasora, com alta taxa de crescimento, robustez e produção de sementes prolíferas, encontra-se amplamente distribuída pela América, Europa, Ásia e África (1). Popularmente é conhecida como aroeira ou pimenta brasileira, em razão dos pequenos frutos vermelhos, também denominados de pimenta rosa (2).

A planta possui múltiplas aplicações. As cascas, as folhas e as raízes são utilizadas na medicina popular por suas propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e cicatrizantes (1). Os frutos são usados como condimento alimentar substituto para a pimenta preta, e para preparar bebidas alcoólicas, enquanto as flores têm valor apicultural (1).  Nos últimos anos, estudos in vitro e in vivo têm comprovado diversos efeitos biológicos de folhas, caules e frutos de S. terebinthifolius, que incluem propriedades antioxidantes, antibacterianas, antifúngicas e antitumorais. Essas propriedades estão relacionadas ao conteúdo de óleo essencial e compostos bioativos (2–6).

Na indústria alimentícia, os aditivos sintéticos tradicionalmente empregados como antioxidantes e para controle microbiano têm sido cada vez mais rejeitados pelos consumidores, que buscam alimentos mais próximos ao seu estado natural (2). Nesse contexto, se faz necessário conhecer a composição química de extratos naturais e as respectivas atividades biológicas como potenciais alternativas para substituir ou reduzir o uso de aditivos sintéticos.

No entanto, muitos compostos bioativos são suscetíveis a reações de conversão e degradação como resultado da exposição ao calor, pressão, luz e oxigênio. Além disso, podem ter sua ação anulada pela possível ligação com outros componentes presentes no alimento (7,8). Para melhorar a estabilidade e isolar tais substâncias das condições ambientais têm sido propostas várias técnicas de encapsulamento de compostos bioativos, as quais, além de promover maior estabilidade, aumentar a solubilidade e a bioatividade dos compostos, podem mascarar aromas e sabores indesejáveis (9–13). Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo compilar informações da literatura sobre a composição, as propriedades e as possibilidades de encapsulamento e aplicações em alimentos da pimenta rosa (Schinus terebinthifolius Raddi).

METODOLOGIA

Para o desenvolvimento desta revisão foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas plataformas de busca Science Direct, Web of Science, Scopus e Google Acadêmico, utilizando as seguintes palavras: “Schinus terebinthifolius Raddi”, “encapsulation”, “composition” e “biological activities”. Foram selecionados apenas os artigos publicados na última década. Os critérios de exclusão foram: com temática discordante e extratos sem identificação dos compostos individuais (Figura 1).

Figura 1- Esquema geral do conteúdo abordado na revisão

PRINCIPAIS CONSTITUINTES DA PIMENTA ROSA

A composição química dos frutos, folhas e caules de S. terebinthifolius Raddi têm despertado interesse da comunidade científica devido às diversas propriedades bioativas de seus extratos e óleos essenciais. Os frutos são os mais estudados e apresentam alto teor de óleo essencial, caracterizado pelo sabor apimentado e composto predominantemente por sesquiterpenos. Enquanto que os óleos essenciais de folhas e caules são caracterizados pela presença majoritária de monoterpenos (Tabela 1). Os óleos essenciais são componentes bioativos altamente valorizados pelas indústrias alimentícias e farmacêuticas por seu aroma e sabor, mas principalmente por suas reconhecidas atividades antimicrobiana e antioxidante (2,9,11,14).

Os frutos possuem um exocarpo delicado e aromático. Durante o desenvolvimento esse exocarpo apresenta coloração verde, e, ao atingir a plena maturação, a coloração passa a ser vermelha em virtude da síntese de antocianinas. A avaliação de extrato etanólico de exocarpo maduro, por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada a Espectrometria de Massas (HPLC-MS/MS) detectou 11 compostos fenólicos, incluindo antocianinas (cianidina 3-O-galactosídeo, pelargonidina 3-O-galactosídeo, 7-O-metilcianidina 3-O-galactosídeo, 7-O-metilpelargonidina 3-O-galactosídeo e 7-O-metilpelargonidina 3-O-galactopiranosídeo), biflavonóides (I6,II8-biapigenina, I3′,II8-biapigenina e II-2,3-dihidro-I3′,II6-biapigenina), ácido gálico e taninos hidrolisáveis (galoil glicose, ácido galoil chiquímico) (3,4).

O perfil de compostos fenólicos de folhas também foi obtido por HPLC-MS/MS. No extrato metanólico de folhas foram identificados 20 compostos, sendo que os majoritários foram penta-O-galoil-hexosídeo e ácido 4-O-metil-gálico (15).

Tabela 1 – Continuação
Tabela 1 – Continuação

ATIVIDADES BIOLÓGICAS

As plantas medicinais são utilizadas há séculos na medicina popular, pois são uma alternativa de compostos para o desenvolvimento de medicamentos mais eficazes e menos tóxicos para o organismo (21). O gênero Schinus terebinthifolius Raddi é uma fonte rica em compostos bioativos, tais como flavonoides, bioflavonoides, ácidos fenólicos, taninos, terpenóides e óleos essenciais, os quais apresentam importantes atividades biológicas (2–4,6,16,20,22).

Na medicina popular, esta planta é utilizada para tratar feridas e úlceras na pele, tumores, diarreias, artrites, bem como infecções do trato urinário e respiratório (23,24). Na literatura há relatos que a pimenta rosa apresenta várias atividades biológicas, como antimicrobiana (2,25,26), antiulcerogênica (27), anticancerígeno (28), anti-histamínico (29), anti-hipertensivo (30), anti-hiperalgésico (31), cicatrizante (32), anti-inflamatória (28,32,33), antifúngico (34), antitumoral (35), antioxidante (15) e antidiabética (15).

Em razão das potenciais atividades biológicas, a pimenta rosa tem sido aplicada em diversos produtos alimentícios. A adição de pimenta rosa aumentou a estabilidade oxidativa de azeites de oliva extra virgem (36) e de hambúrgueres de frango (37). O aumento da estabilidade oxidativa está relacionada com a migração de compostos terpenoides oriundos do fruto para o produto.

A atividade antimicrobiana do óleo essencial de pimenta rosa também foi avaliada. Testes in vitro demonstraram atividade antimicrobiana frente a Staphylococcus aureus e Listeria monocytogenes (2). E, quando aplicado em queijos, foi observado atividade antimicrobiana contra Listeria monocytogenes. Segundos os estudos, a ação do óleo essencial está relacionada aos danos na estrutura da membrana celular dos microrganismos patógenos.

Além do óleo essencial, os extratos fenólicos de pimenta rosa também possuem potencial para conservação de alimentos. A exemplo disso, um extrato rico em ácidos hidroxibenzóico e protocatecuico inibiram o escurecimento enzimático de maçãs minimamente processadas, através da inibição da enzima polifenoloxidase (14). Assim, a pimenta rosa tem demonstrado apresentar excelentes benefícios à conservação de alimentos, inclusive sendo comumente utilizada na culinária devido ao seu aroma característico.

ENCAPSULAÇÃO E APLICAÇÕES EM ALIMENTOS

A pimenta rosa tem um grande potencial biológico na preservação de alimentos, inibição de microrganismos, ação antioxidante e na prevenção de doenças. No entanto, esses compostos bioativos são instáveis e suscetíveis à degradação, volatilização e oxidação, em condições ambientais com alta temperatura, presença de luz e oxigênio. A encapsulação de compostos bioativos é uma ferramenta que vêm sendo pesquisada nas últimas décadas e cada vez mais está sendo aplicada na área de alimentos para proteger e otimizar o modo de ação desses compostos. A encapsulação pode ser definida como um processo para aprisionar uma substância dentro de outra substância, produzindo partículas com diâmetros nanométricos ou micrométricos (38).

Diversos estudos testaram diferentes técnicas de encapsulação para componentes da pimenta rosa, entre a mais estudada está a técnica de secagem por spray drying ou pulverização. A secagem por spray drying é uma técnica bem estabelecida na indústria de alimentos, utilizada para transformar soluções líquidas em pós estáveis, através da dissolução, emulsão, atomização e pulverização da mesma em uma câmara de secagem com fluxo de ar quente. Ainda, essa técnica é muito utilizada para encapsulação de compostos hidrofóbicos (10).

O spray dryer foi empregado para produzir microcápsulas de óleo essencial de pimenta rosa. A encapsulação com proteínas de soja e pectina conferiu maior preservação dos compostos presentes no óleo essencial, aumentou a solubilidade em água e melhorou a distribuição do tamanho de partícula (10). Essas características ampliam as possibilidades de aplicação do óleo essencial de pimenta rosa em produtos alimentícios, uma vez que o óleo não é solúvel em água em sua forma pura. Em um estudo para aplicação em leite, somado à melhora da solubilidade, a encapsulação também impediu a rápida volatilização e a interação do óleo essencial com outros componentes da matriz alimentar do leite, garantindo atividades antimicrobiana e antioxidante mais adequadas durante o armazenamento do produto (11).

O óleo essencial de pimenta rosa também foi encapsulado por eletrofiação, uma técnica que, diferente do spray drying, não aplica altas temperaturas. Na eletrofiação, a solução polimérica contida na seringa é eletricamente carregada, por alta voltagem (por meio de uma fonte de alta tensão), formando um jato que sai da agulha da seringa em direção ao coletor.  Durante essa trajetória, o solvente evapora e o polímero precipita, originando uma manta de fibras de diâmetros nano ou micrométricos (39). As membranas ultrafinas produzidas por eletrofiação com ácido polilático e carregadas com o óleo essencial de pimenta rosa foram aplicadas em embalagens de requeijão. Esssas fibras apresentaram ação antimicrobiana frente a Staphylococcus aureus e Listeria monocytogenes e caráter hidrofóbico (12).

Uma técnica de dispersão aprimorada da solução de fluidos supercríticos por alta pressão também foi estudada para encapsulação de um extrato de pimenta rosa, obtendo uma eficiência de encapsulação de até 95%. Essa técnica mostrou que o aumento da pressão levou a uma redução no diâmetro das partículas, que é um parâmetro importante para estabilidade das suspensões e eficiência no desempenho das atividades biológicas (13).

As embalagens ativas desempenham um papel cada vez mais relevante na vida útil de alimentos, principalmente as que proporcionam a liberação controlada de compostos naturais. Nesse sentido, o óleo essencial de pimenta rosa foi incorporado em filmes ativos de acetato de celulose e aplicado em queijos, conferindo inibição do crescimento bacteriano. Embora o óleo essencial, na sua forma pura, também apresente atividade antimicrobiana em testes in vitro e in situ (queijo), a interferência sensorial devido às expressivas características de sabor e odor do óleo essencial impossibilitaram a aplicação direta. No entanto esse problema foi minimizado quando aplicado na embalagem ativa, mostrando que a encapsulação possui função relevante na preservação das propriedades sensoriais dos alimentos (9) (Tabela 2).

Além do óleo essencial dos frutos, o extrato fenólico também foi empregado no desenvolvimento de embalagens. Um revestimento comestível para frutas minimamente processadas foi desenvolvido com adição de extrato fenólico de pimenta rosa. O alto teor de compostos antioxidantes foi capaz de inibir a enzima polifenoloxidase em maçãs, evitando o escurecimento enzimático indesejável (14) (Tabela 2).

Nesta revisão foi possível observar que a encapsulação é capaz de proteger os compostos e potencializar as atividades biológicas da pimenta rosa. A liberação controlada dos compostos é uma funcionalidade chave que pode ser fornecida pela encapsulação. Apesar dos estudos escassos, a estabilidade no trato gastrointestinal e liberação controlada no organismo também pode ser otimizada através da encapsulação. Além disso, as características sensoriais podem ser mascaradas para possibilitar a aplicação em uma ampla gama de alimentos.

CONCLUSÕES

A pimenta rosa possui uma diversidade compostos tanto em frutos, quanto em folhas e caule. Apesar dos estudos escassos na área de alimentos, os resultados são promissores, principalmente como um agente antimicrobiano e antioxidante. A encapsulação é uma ótima aliada para melhorar a estabilidade e bioatividade dos compostos extraídos de pimenta rosa, além de ampliar as possibilidades de aplicações. Assim, a pimenta rosa é um recurso natural com grande potencial para aplicação na conservação de alimentos e enriquecimento funcional de matrizes alimentares.

AGRADECIMENTOS

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pelo apoio e concessão de bolsas.

REFERÊNCIAS

  1. Barbosa LCA, Demuner AJ, Clemente AD, De Paula VF, Ismail FMD. Seasonal variation in the composition of volatile oils from Schinus terebinthifolius Raddi. Quim Nova. 2007;30(8):1959–65.
  2. Dannenberg G da S, Funck GD, Silva WP da, Fiorentini ÂM. Essential oil from pink pepper (Schinus terebinthifolius Raddi): Chemical composition, antibacterial activity and mechanism of action. Food Control [Internet]. 2019;95(April 2018):115–20. Available from: https://doi.org/10.1016/j.foodcont.2018.07.034
  3. Feuereisen MM, Gamero Barraza M, Zimmermann BF, Schieber A, Schulze-Kaysers N. Pressurized liquid extraction of anthocyanins and biflavonoids from Schinus terebinthifolius Raddi: A multivariate optimization. Food Chem [Internet]. 2017;214:564–71. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.foodchem.2016.07.002
  4. Feuereisen MM, Hoppe J, Zimmermann BF, Weber F, Schulze-Kaysers N, Schieber A. Characterization of phenolic compounds in brazilian pepper (schinus terebinthifolius raddi) exocarp. J Agric Food Chem. 2014;62(26):6219–26.
  5. Belhoussaine O, El Kourchi C, Harhar H, Bouyahya A, El Yadini A, Fozia F, et al. Chemical Composition, Antioxidant, Insecticidal Activity, and Comparative Analysis of Essential Oils of Leaves and Fruits of Schinus molle and Schinus terebinthifolius. Evidence-Based Complement Altern Med. 2022;2022:1–12.
  6. Ennigrou A, Casabianca H, Vulliet E, Hanchi B, Hosni K. Assessing the fatty acid, essential oil composition, their radical scavenging and antibacterial activities of Schinus terebinthifolius Raddi leaves and twigs. J Food Sci Technol. 2018;55(4):1582–90.
  7. Bitterling H, Lorenz P, Vetter W, Conrad J, Kammerer DR, Stintzing FC. Rapid spectrophotometric method for assessing hydroperoxide formation from terpenes in essential oils upon oxidative conditions. J Agric Food Chem. 2020;68(35):9576–84.
  8. Turek C, Stintzing FC. Stability of essential oils: A review. Compr Rev Food Sci Food Saf. 2013;12(1):40–53.
  9. Dannenberg G da S, Funck GD, Cruxen CE dos S, Marques J de L, Silva WP da, Fiorentini ÂM. Essential oil from pink pepper as an antimicrobial component in cellulose acetate film: Potential for application as active packaging for sliced cheese. LWT – Food Sci Technol. 2017;81:314–8.
  10. Locali Pereira AR, Gonçalves Cattelan M, Nicoletti VR. Microencapsulation of pink pepper essential oil: Properties of spray-dried pectin/SPI double-layer versus SPI single-layer stabilized emulsions. Colloids Surfaces A Physicochem Eng Asp [Internet]. 2019;581(July):123806. Available from: https://doi.org/10.1016/j.colsurfa.2019.123806
  11. Locali-Pereira AR, Lopes NA, Menis-Henrique MEC, Janzantti NS, Nicoletti VR. Modulation of volatile release and antimicrobial properties of pink pepper essential oil by microencapsulation in single- and double-layer structured matrices. Int J Food Microbiol [Internet]. 2020;335(September):108890. Available from: https://doi.org/10.1016/j.ijfoodmicro.2020.108890
  12. Ramos M, Fontes V, Ramão C, Caroline C, Moraes C, Zavareze R, et al. Antimicrobial properties of PLA membranes loaded with pink pepper ( Schinus terebinthifolius Raddi ) essential oil applied in simulated cream cheese packaging. 2022;
  13. Andrade KS, Aguiar GPS, Rebelatto EA, Lanza M, Oliveira JV, Ferreira SRS. Encapsulation of pink pepper extract by SEDS technique: Phase behavior data and process parameters. J Supercrit Fluids. 2020;161.
  14. Romani VP, Hernández CP, Martins VG. Pink pepper phenolic compounds incorporation in starch/protein blends and its potential to inhibit apple browning. Food Packag Shelf Life [Internet]. 2018;15(February 2017):151–8. Available from: https://doi.org/10.1016/j.fpsl.2018.01.003
  15. dos Santos da Rocha P, de Araújo Boleti AP, do Carmo Vieira M, Carollo CA, da Silva DB, Estevinho LM, et al. Microbiological quality, chemical profile as well as antioxidant and antidiabetic activities of Schinus terebinthifolius Raddi. Comp Biochem Physiol Part – C Toxicol Pharmacol [Internet]. 2019;220(February):36–46. Available from: https://doi.org/10.1016/j.cbpc.2019.02.007
  16. Hussein HS, Salem MZM, Soliman AM. Repellent, attractive, and insecticidal effects of essential oils from Schinus terebinthifolius fruits and Corymbia citriodora leaves on two whitefly species, Bemisia tabaci, and Trialeurodes ricini. Sci Hortic (Amsterdam) [Internet]. 2017;216:111–9. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.scienta.2017.01.004
  17. Salem MZM, El-Hefny M, Ali HM, Elansary HO, Nasser RA, El-Settawy AAA, et al. Antibacterial activity of extracted bioactive molecules of Schinus terebinthifolius ripened fruits against some pathogenic bacteria. Microb Pathog [Internet]. 2018;120(April):119–27. Available from: https://doi.org/10.1016/j.micpath.2018.04.040
  18. Richter R, Von Reuß SH, König WA. Spirocyclopropane-type sesquiterpene hydrocarbons from Schinus terebinthifolius Raddi. Phytochemistry [Internet]. 2010;71(11–12):1371–4. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.phytochem.2010.05.003
  19. Bendaoud H, Romdhane M, Souchard JP, Cazaux S, Bouajila J. Chemical Composition and Anticancer and Antioxidant Activities of Schinus Molle L. and Schinus Terebinthifolius Raddi Berries Essential Oils. J Food Sci. 2010;75(6):466–72.
  20. El-Nashar HAS, Mostafa NM, El-Badry MA, Eldahshan OA, Singab ANB. Chemical composition, antimicrobial and cytotoxic activities of essential oils from Schinus polygamus (Cav.) cabrera leaf and bark grown in Egypt. Nat Prod Res. 2021;35(23):5369–72.
  21. Sharma AR, Bhatta DR, Shrestha J, Banjara MR. Antimicrobial Susceptibility Pattern of Escherichia coli Isolated from Uninary Tract Infected Patients Attending Bir Hospital. Nepal J Sci Technol. 2013;14(1):177–84.
  22. Matsuo AL, Figueiredo CR, Arruda DC, Pereira F V., Borin Scutti JA, Massaoka MH, et al. α-Pinene isolated from Schinus terebinthifolius Raddi (Anacardiaceae) induces apoptosis and confers antimetastatic protection in a melanoma model. Biochem Biophys Res Commun [Internet]. 2011;411(2):449–54. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.bbrc.2011.06.176
  23. Brandão MGL, Cosenza GP, Moreira RA, Monte-Mor RLM. Medicinal plants and other botanical products from the Brazilian Official Pharmacopoeia. Rev Bras Farmacogn. 2006;16(3):408–20.
  24. El-Massrry KF, El-Ghorab AH, Shaaban HA, Shibamoto T. Chemical compositions and antioxidant/antimicrobial activities of various samples prepared from Schinus terebinthifolius leaves cultivated in Egypt. J Agric Food Chem. 2009;57(12):5265–70.
  25. da Silva JHS, Simas NK, Alviano CS, Alviano DS, Ventura JA, de Lima EJ, et al. Anti-Escherichia coli activity of extracts from Schinus terebinthifolius fruits and leaves. Nat Prod Res [Internet]. 2018;32(11):1365–8. Available from: https://doi.org/10.1080/14786419.2017.1344657
  26. Uliana MP, Fronza M, da Silva AG, Vargas TS, de Andrade TU, Scherer R. Composition and biological activity of Brazilian rose pepper (Schinus terebinthifolius Raddi) leaves. Ind Crops Prod [Internet]. 2016;83:235–40. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.indcrop.2015.11.077
  27. Carlini EA, Duarte-Almeida JM, Tabach R. Assessment of the toxicity of the Brazilian pepper trees Schinus terebinthifolius Raddi (Aroeira-da-praia) and Myracrodruon urundeuva Allemão (Aroeira-do-sertão). Phyther Res. 2010;27(5):692–8.
  28. da Silva MM, Iriguchi EKK, Kassuya CAL, Vieira M do C, Foglio MA, de Carvalho JE, et al. Schinus terebinthifolius: Phenolic constituents and in vitro antioxidant, antiproliferative and in vivo anti-inflammatory activities. Rev Bras Farmacogn [Internet]. 2017;27(4):445–52. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.bjp.2016.12.007
  29. Nunes-Neto PA, Peixoto-Sobrinho TJDS, Da Silva Júnior ED, Leopoldina Da Silva J, Rodrigo Da Silva Oliveira A, Pupo AS, et al. The Effect of Schinus terebinthifolius Raddi (Anacardiaceae) Bark Extract on Histamine-Induced Paw Edema and Ileum Smooth Muscle Contraction. Evidence-based Complement Altern Med. 2017;2017.
  30. De Lima Glória L, De Souza Arantes MB, De Faria Pereira SM, De Souza Vieira G, Martins CX, De Carvalho Junior AR, et al. Phenolic compounds present schinus terebinthifolius raddi influence the lowering of blood pressure in rats. Molecules. 2017;22(10).
  31. Piccinelli AC, Santos JA, Konkiewitz EC, Oesterreich SA, Formagio ASN, Croda J, et al. Antihyperalgesic and antidepressive actions of (R)-(+)-limonene, α-phellandrene, and essential oil from Schinus terebinthifolius fruits in a neuropathic pain model. Nutr Neurosci. 2015;18(5):217–24.
  32. Estevão LRM, Simões RS, Cassini-Vieira P, Canesso MCC, Barcelos L da S, Rachid MA, et al. Schinus terebinthifolius raddi (aroeira) leaves oil attenuates inflammatory responses in cutaneous wound healing in mice. Acta Cir Bras. 2017;32(9):726–35.
  33. Medeiros KCP, Monteiro JC, Diniz MFFM, Medeiros IA, Silva BA, Piuvezam MR. Effect of the activity of the Brazilian polyherbal formulation: Eucalyptus globulus Labill, Peltodon radicans Pohl and Schinus terebinthifolius Radd in inflammatory models. Rev Bras Farmacogn. 2007;17(1):23–8.
  34. Khan MTH. Natural Products as Potential Resources for Antifungal Substances: A Survey. Antifung Metab from Plants. 2013;1–469.
  35. Queires LC, Crépin M, Vacherot F, De la Taille A, Erlon Rodrigues L. In vitro effects of polyphenols extracted from the aroeira plant (Schinus terebinthifolius Raddi) on the growth of prostate cancer cells (Lncap, Pc-3 and Du145). Brazilian J Med Hum Heal. 2013;1(1):71–82.
  36. Bittencourt Fagundes M, Ballus CA, Perceval Soares V, de Freitas Ferreira D, Sena Vaz Leães Y, Sasso Robalo S, et al. Characterization of olive oil flavored with Brazilian pink pepper (Schinus terebinthifolius Raddi) in different maceration processes. Food Res Int [Internet]. 2020;137(July):109593. Available from: https://doi.org/10.1016/j.foodres.2020.109593
  37. Menegali BS, Selani MM, Saldaña E, Patinho I, Diniz JP, Melo PS, et al. Pink pepper extract as a natural antioxidant in chicken burger: Effects on oxidative stability and dynamic sensory profile using Temporal Dominance of Sensations. Lwt [Internet]. 2020;121(December 2019):108986. Available from: https://doi.org/10.1016/j.lwt.2019.108986
  38. Devi N, Sarmah M, Khatun B, Maji TK. Encapsulation of active ingredients in polysaccharide–protein complex coacervates. Adv Colloid Interface Sci [Internet]. 2017;239:136–45. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.cis.2016.05.009
  39. Fonseca LM, de Oliveira JP, de Oliveira PD, da Rosa Zavareze E, Dias ARG, Lim LT. Electrospinning of native and anionic corn starch fibers with different amylose contents. Food Res Int [Internet]. 2019;116(October 2018):1318–26. Available from: https://doi.org/10.1016/j.foodres.2018.10.021

Fundada em 2020, a Agron tem como missão ajudar profissionais a terem experiências imersivas em ciência e tecnologia dos alimentos por meio de cursos e eventos, além das barreiras geográficas e sociais.

Leave A Reply

//
//
Jaelyson Max
Atendimento Agron

Me envie sua dúvida ou problema, estou aqui para te ajudar!

Atendimento 100% humanizado!