O rótulo clean label é uma tendência que surgiu nos últimos anos a partir de uma demanda da população, que tem dado preferência aos alimentos minimamente processados e isentos de aditivos artificiais. Ao mesmo tempo, esses consumidores buscam por alimentos seguros, que provoquem pouco ou nenhum impacto ao meio ambiente e sejam benéficos à saúde. Nesta perspectiva, o mercado de produtos naturais, como o de óleos essenciais, tem sido cada vez mais estudado. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi sintetizar as informações disponíveis sobre a atividade antimicrobiana dos óleos essenciais e a aplicação desses compostos como conservantes alimentares, bem como destacar os desafios e tendências relacionados a essa aplicação. As propriedades dos óleos essenciais e a classificação como compostos naturais e seguros aumentam as possibilidades de utilização desses compostos em alimentos. São crescentes os estudos associando diversos óleos essenciais à produtos alimentícios e embalagens ativas, com destaque para as técnicas de microencapsulação e revestimento de frutas, produtos cárneos e de panificação. No entanto, para expansão do uso dos óleos essenciais, são necessárias mais investigações a respeito da toxicidade, dosagem e custo-benefício inerentes à aplicação desses compostos com ação antimicrobiana na indústria alimentícia.
Fornecer um alimento seguro e com atributos desejados pelos consumidores é o principal desafio da indústria alimentícia. Os óleos essenciais são compostos que apesar de um histórico antigo, demonstram potencial para atuarem como aditivos naturais em produtos de origem animal devido às características antimicrobiana, antioxidante e conservante demonstradas na aplicação de diversas matrizes. No entanto, os desafios ainda são evidentes e dependentes de maiores estudos que visam, por exemplo, equilibrar os aspectos aromáticos com a matriz cárnea.